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Toda a família reunida na sala trocavam risadas relembrando dos bons momentos que viveram entre si.
As crianças estavam sentadas aos pés dos sofás junto com Patrícia, Nina, Antonella e Maria. Já os homens estavam em assentos preferíveis, próximos a sofá em que as duas que mais tinham a atenção de todos.

- E então, Mavi. Você se sente bem desde que chegou aqui, filha? - indagou-lhe Lúcia, a qual estava sentada no braço do sofá, no momento em que os de mais se distrairam entre si.

- Eu estou bem sim, ainda mais com a minha família.

- Que bom, minha menina.

Mavi suspirou ao relembrar do incômodo que vinha sentindo em seu coração, aquele medo que ainda não havia deixado o seu peito. Lúcia era a sua segunda mãe, era sua terceira na sua caminha cristã. Ela poderia lhe ajudar.

- Mas Lúcia...

- Sim?

- Tem uma coisa que vem me incomodando.

Os olhos escuros a encararam atentamente.

- Tem alguma coisa haver com a gravidez?

- Não, não é isso. É que...

Antes que Mavi pudesse contar o que vinha guardando por todos aqueles dias, uma dor tensa, bem em baixo da sua barriga, a interrompeu. Seus lábios e postura se curvaram com o espanto imediato que não esperavam.

Os que lhe faziam companhia, correram em sua direção.

Mavi preferiu focar em sua respiração ao atender aos chamados de cada um.

- Está tudo bem... não se preocupem... - pediu ela, inclinando seu corpo para o lado.

- É apenas uma contração... - explicou Adam, cautelosamente.

A mulher deu um pequeno sorriso ao pensar que se realmente fosse a sua hora de dar a luz, Adam estaria bem o inverso daquele momento.

- Você quer beber uma água, Mavi? - Maria a perguntou.

- Não, mãe. Eu estou bem.

- Mas você está sentindo dor!

- É bom que você se cuide, Mavi... - aconselhou seu pai.

- Vocês dizendo isso para mim, não parece que estou grávida à nove meses - disse, erguendo-se aos poucos da poltrona - Eu apenas preciso me deitar um pouco.

Vera a tocou nos ombros.

- Tem certeza, querida? Se quiser pode ficar na sala mesmo...

- Muito obrigada, tia. Mas eu prefiro ficar numa cama bem quentinha.

- Mas e a sua dor? - questionou Nina.

- Ela já passou. Não estou me sentindo tão mal agora... - respondeu, preparando-se para ir pelas escadas. Seria uma longa jornada até o quarto, mas ela estava disposta a percorrer.

Sua mãe ainda pôs a mão nas suas costas, mas a deixou quando Adam tomou lugar. O homem apoiou seus braços ao redor dos de Mavi, monitorando cada passo e respiração da sua esposa. Ao chegar no topo, esperou ela dar um longo suspiro.

- Acho que já está mais do que na hora deles porêm um elevador aqui na mansão.

- Para mim não há nenhum problema... - comentou Mavi, depois de ter puxado o máximo de ar para o seu pulmão.

- Sabia que não é normal uma grávida dizer isso?

- Pois eu não me incomodo nenhum pouco por fazer parte das anormais - murmurou, voltando a caminhar pelo corredor - Por mais que seja cansativo, as escadas me fazem esticar as pernas e até suar, é como atividade física - falou passando para dentro do quarto enquanto seu marido ligou a luz do cômodo. -... uma coisa que não faço a muito tempo graças a uma certa pessoinha.

Simplesmente, Você | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora