Capitulo 1

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~ Celeste Barnes ~

São 20:00...

O "Roadside Haven" estava como sempre: lotado. Bêbados se amontoavam nas quinas, e alguns já tinham as cabeças postas sobre o balcão de bebidas. O ar estava carregado de risos altos, conversas abafadas e o tilintar constante de copos.

Meu trabalho era criar novos drinques, uma tarefa que me mantinha ocupada e, em certo sentido, distante do caos da pista de dança. Paul, meu colega, costumava cuidar dessa área, enfrentando a multidão barulhenta e os clientes impacientes. Às vezes revezávamos, mas nem sempre isso acontecia.

Enquanto misturava um coquetel pedido por um cliente habitual, observei o movimento ao redor. Um grupo de amigos riam alto em uma mesa próxima, celebrando algo que parecia ser uma vitória por algo. No outro extremo, um casal trocava olhares intensos, alheios ao barulho ao redor.

Estava prestes a entregar o coquetel quando a porta do bar se abriu com um rangido. Um homem alto, com vestes de segunda mão, entra imediatamente atraindo minha atenção. Ele tinha um ar de seriedade que destoava do ambiente festivo ao redor. O moço de olhos penetrantes, parecia escanear o local antes de se dirigir aos balcão.

— Boa noite. — cumprimentei, tentando ser casual. - O que posso preparar pra você?

Com a sua voz grave, logo corta a cacofonia do bar.

— Whisky. Apenas... — Disse seguro, sem tirar seus olhos negros dos meus.

Assenti e me virei para pegar uma garrafa de whisky da prateleira. Enquanto enchia o copo, senti seus olhos fixos em mim, como se tentasse decifrar algo. Havia uma intensidade em seu olhar que me deixou desconfortável, mas ao mesmo tempo, curiosa.

Entreguei o copo a ele, observando-o cuidadosamente.

— Aqui está. — disse, tentando esconder minha inquietação. — Mais alguma coisa? — Ele pegou o copo, seus dedos fortes envolvendo o vidro.

— Só o whisky, por enquanto. Obrigado.

Eu dei um leve aceno de cabeça e me virei para atender outro cliente, mas não pude deixar de sentir a presença dele, uma sombra séria em meio à vibração animada do bar. Havia algo nele que parecia deslocado, como se ele não pertencesse àquele lugar.

Que cheiro de...enxofre..

Disse para mim mesma antes de me virar de costas e perceber que a figura tenebrosa já não estava mais sentada no balcão. Fiquei incrédula, já que o copo de whisky permanecia cheio e sobre a mesa no mesmo lugar em que o homem estava.

— Paul, pode vir aqui. — Chamei a atenção dele, que logo caminhou até a mim.

— Algum problema? — perguntou Paul, com uma expressão de leve preocupação.

Apontei para o copo de whisky intocado. - Você viu o homem que estava aqui? Alto, com roupas de segunda mão? Ele pediu um whisky, mas parece que desapareceu do nada.

Paul olhou para o copo e depois para mim, franzindo a testa. — Não vi ninguém assim entrar ou sair. Tem certeza de que não estava imaginando coisas?

Balancei a cabeça, confusa. — Não estou louca, Paul. Ele estava bem aqui, falando comigo. Eu servi o whisky e, em um piscar de olhos, ele se foi.

Paul coçou a cabeça, claramente perplexo. — Talvez ele tenha ido ao banheiro ou algo assim. Eu vou dar uma olhada.

Enquanto Paul se afastava para verificar, fiquei parada atrás do balcão, tentando juntar os pedaços do que acabara de acontecer. A sensação de inquietação não me abandonava, e o cheiro de enxofre ainda pairava no ar, fraco, mas inconfundível.

𝐎𝐦𝐞𝐧 𝐨𝐟 𝐝𝐞𝐚𝐭𝐡 | Dean Winchester Onde histórias criam vida. Descubra agora