Capítulo 48

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~ Dean Winchester ~


O bar estava vazio, estacionei o carro e me aproximei de Crowley que estava sentado a uma mesa, enquanto ao seu lado havia um de seus capangas com um Tablet.

— Dean! — Ele me acompanhou com os olhos e quando finalmente estava frente a frente com ele, ele se levantou da cadeira e o capanga se afastou. — Como foi?

— Bem. Show...Ele tá morto e você tinha razão. Estou me sentindo ótimo.

— Ele?

— O Lester.

— O cliente? Você matou o cliente?

— Isso importa? Ele era um verme. Agora ele tá mortinho da Silva.

— É claro que importa. O trato era a mulher morta por uma alma, se a mulher não morreu, eu não levo a alma. É matemática.

— Ué... fazer o quê? — Dei as costas, ignorando a sua fala.

— Ei, não vire as costas para mim. — Crowley disse, sua voz soando como uma ordem que claramente não estava disposto a receber.

Me virei novamente, e num impulso, o empurrei. Ele caiu no chão, me olhando confuso, enquanto alguns de seus demônios, ao redor, mal conseguiam conter o riso.

— Alguma graça? — Perguntou Crowley, lançando um olhar fulminante para os demônios.

— Não, senhor. — Um deles respondeu, virando o rosto, tentando não parecer afetado pela cena.

— Ótimo. — Ele se ergueu e ficou frente a frente comigo novamente. — O que acha que está fazendo?

— Só o que me der na telha.

— Sério? Pois eu acho que você não sabe o que quer. Diga, Dean, o que você é? Demônio? Se é, por que a mulher do Lester não morreu?! — Retrucou, seu tom se tornando ameaçador. — Você teve pena dela? Talvez você seja humano... — Implicou, um sorriso sarcástico surgindo em seus lábios. — Só que você tem esses lindos olhos pretos e trabalha ao meu lado. Por que não faz um grande favor e ESCOLHE A DROGA DE UM LADO?!

— Ou vai fazer o quê? — Ergui um pouco a cabeça, me aproximando dele. — Hm? Quer me enfrentar? Tenta a sorte. Eu não sou seu bichinho de estimação e não sigo suas ordens. Quando eu quiser matar, eu mato. Então é melhor não se meter comigo.

Crowley ficou em silêncio, o semblante pesado. Por um momento, parecia que ele estava considerando suas opções, mas então respondeu:

— Tá. Acabou. — Voltou a olhar para mim, sua expressão tensa. — O que posso dizer? Os pirados são bons para um caso, mas não para um relacionamento.

Assenti, um sorriso irônico se formando nos meus lábios. — Acabamos?

— Acabamos. Quer saber, Dean? Não sou eu. É você. — Disse, antes de finalmente se retirar, sua presença se dissipando enquanto a tensão no ar permanecia.

Fiquei sozinho naquele bar imenso, sem um cliente à vista. Me aproximei do balcão e me servi uma bebida, enchendo o copo até a borda com uma despreocupação que me era familiar. A verdade é que eu não me importava com nada, nem com Crowley, nem com as ordens que ele me deu. O mundo poderia desmoronar ao meu redor, e eu ainda estaria aqui, dando um gole na bebida e ignorando o caos. O que importava era a sensação de liberdade, mesmo que por um instante.

Mas o meu descanso acabou quando senti a aproximação de alguém.

— Coragem a sua, tentar me encarar sozinho. — Disse, ainda de costas, sem saber quem estava atrás de mim. — Estava esperando a minha gangue sair para vir atrás de mim? Olha, eu acho que é uma péssima ideia, sabia? — Virei o copo e estava frente a frente com a pessoa. — Era mais fácil enfrentar o Crowley e seus capangas do que a mim sozinho. Não acha, amor?

𝐎𝐦𝐞𝐧 𝐨𝐟 𝐝𝐞𝐚𝐭𝐡 | Dean Winchester Onde histórias criam vida. Descubra agora