Capítulo 45

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~ Celeste Barnes ~


Sam e Castiel saíram, deixando-me sozinha com Dean, que eu não sabia se era a melhor pessoa para vigiar. A tensão no ar era palpável, e meu coração estava em um misto de ansiedade e preocupação.

Me aproximei da sala de interrogatório, afastando algumas prateleiras e revelando a enorme porta de metal, que tinha uma pequena janelinha. Por um momento, hesitei, mas a preocupação com Dean me fez avançar.

— Sam! — Ele gritou, a urgência em sua voz ecoando pelo corredor. — Sammy, eu sou a única forma de matar Metatron!

Aquelas palavras me atingiram como um soco no estômago. Eu sabia que a marca estava o afetando, mas não tinha certeza de quão longe ele estava disposto a ir para provar isso. Ele estava lutando contra a dor e o desespero, e a última coisa que eu queria era que ele se colocasse em perigo.

— Por que não me falou de Metatron? — perguntei, a frustração crescendo dentro de mim.

— Celeste, me tire daqui. Podemos conversar quando eu sair. Eu explico tudo — ele respondeu, a urgência em sua voz deixava claro que ele estava perdendo a paciência.

— Me explique agora — continuei, a determinação me dando coragem. — Você está cedendo à marca, Dean. Você machucou Gadriel.

— Você não sabe um terço da história para defender aquele anjo cretino — ele rebateu, sua expressão se tornando defensiva.

— Não tem como eu saber de algo se não me contarem! — respondi, sentindo a adrenalina subir. — Iam trabalhar nisso sozinhos até quando?

Ele suspirou, passando a mão pelos cabelos em um gesto que eu conhecia bem. A frustração estava evidente em seus olhos, mas havia algo mais: uma vulnerabilidade que ele raramente mostrava.

Ele não respondeu; ao contrário disso, bateu contra o portão com força, fazendo ecoar o som metálico pela sala. A frustração estampada em seu rosto era inegável, e meu coração acelerou com a gravidade da situação.

Eu me afastei, me retirando daquela sala e retornando à biblioteca, onde estava a dita cuja: A Primeira Espada.

Me sentei á mesa e observei aquela caixa enferrujada. Abri lentamente segurando aquele objeto grotesco que transmitia uma energia de morte.

A espada estava empoeirada e desgastada pelo tempo, mas a essência de sua letalidade era palpável. O metal escurecido parecia absorver a luz ao seu redor, e uma onda de poder antigo emanava dela, fazendo os pelos do meu braço se arrepiarem.

Segurei-a firmemente, sentindo a vibração da lâmina em minhas mãos. Era como se ela estivesse viva, pulsando em sintonia com a minha determinação. Eu sabia que aquela espada era a chave para acabar com Metraton e as ameaças que cercavam Dean.

— A última vez que eu a vi foi quando tive que levar Abel para o limbo. — A voz rouca de Heraum ressoou pelas paredes do bunker, me fazendo virar de costas.

— Você sempre aparece em situações críticas, ou é só porque estava com saudades? — respondi, voltando a guardar a espada e fechando o caixote com cuidado.

Ele deu um leve sorriso, mas seus olhos permaneceram sombrios. O terno preto que vestia parecia consumir a pouca luz que pairava sobre nós, intensificando a atmosfera pesada do ambiente. Era típico dele surgir nos momentos mais inoportunos. Três da manhã? Claro, o horário perfeito para uma visita sombria.

— Hora crítica ou não, eu venho quando sou necessário — ele disse, cruzando os braços enquanto me observava.

— Então, estamos no meio de outra catástrofe? Ou você está aqui para jogar conversa fora? — perguntei, o tom irônico mascarando o nervosismo crescente.

𝐎𝐦𝐞𝐧 𝐨𝐟 𝐝𝐞𝐚𝐭𝐡 | Dean Winchester Onde histórias criam vida. Descubra agora