~ Dean Winchester ~O som do rádio preenchia o carro com uma música suave, sua melodia me puxando lentamente da névoa do sono. As letras ressoavam em minha mente, uma mistura de tristeza e esperança que quase me fazia esquecer onde estava.
"Eu desejaria da eternidade para tocá-la. Pois eu sei que você me sente de alguma forma. Você é o mais próximo que estarei do paraíso e eu não quero ir para casa agora."
— Desligue isso. — Finalmente abri os olhos, a luz do dia me cegando momentaneamente.
Meu olhar vagou pelo interior do Impala, reconhecendo os assentos de couro e a familiaridade do lugar. Estava deitado no banco de trás, e logo percebi que Sam estava dirigindo, seus olhos focados na estrada à frente.
— Acordou? — Ele perguntou, abaixando o som do rádio, mas não antes que a música se dissipasse, deixando um eco da sua mensagem.
— É só eu dar um deslize que você coloca essas músicas melosas? — Eu disse, forçando um sorriso, mesmo sabendo que meu tom era mais brincalhão do que eu pretendia.
— Era a estação de rádio. Não me culpe. — Ele respondeu, mas não conseguiu esconder a leve risada que escapou de seus lábios.
A familiaridade do momento era reconfortante, mas eu sabia que algo estava errado. As lembranças dos eventos recentes começaram a se infiltrar em minha mente, e a realidade se impôs, lembrando-me da fragilidade de tudo.
— Pra onde a gente tá indo? — perguntei, tentando sacudir a sensação de confusão que me envolvia.
— Para o bunker. Para onde mais? — Sam respondeu, mantendo os olhos fixos na estrada.
— Sammy... Que dia é hoje? — eu insistia, o nó na garganta começando a apertar.
— Hoje? Dia 08 de janeiro. Por quê? — Ele parecia mais preocupado com a minha reação do que qualquer outra coisa.
Um arrepio percorreu minha espinha ao ouvir a data. Para mim, ainda era 16 de dezembro, um dia que eu gostaria de esquecer.
— Aonde está a Celeste? — A pergunta saiu mais rápida do que eu pretendia, e a mudança em seu rosto foi instantânea. Ele relaxou, como se estivesse evitando me contar algo.
— Dean...
— O que foi? Pra que tanto mistério? — eu insistia, a ansiedade crescendo dentro de mim.
— A Celeste se foi. — As palavras caíram como uma pedra no meu estômago, pesadas e inegáveis.
O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. As lembranças dela, suas risadas e os momentos que compartilhamos, inundaram minha mente. Eu queria gritar, perguntar o porquê, mas a realidade estava se formando diante de mim, e eu sabia que não poderia escapar dela.
— Os ceifeiro a levaram. Ela se foi para te manter vivo...— Ele dizia.
Meu mundo caiu...
Os flash das lembranças passadas, tomavam de conta de mim agora.
16 de dezembro, mês passado.
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𝐎𝐦𝐞𝐧 𝐨𝐟 𝐝𝐞𝐚𝐭𝐡 | Dean Winchester
Hayran Kurgu𝐂𝐞𝐥𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐁𝐚𝐫𝐧𝐞𝐬- ❝ Busca desesperadamente uma vida normal, longe do legado sobrenatural de sua família. Prima da renomada psíquica Pamela Barnes, Celeste foi treinada desde jovem para lidar com suas habilidades psíquicas. Ao completar 19...