𝐎𝐦𝐞𝐧 𝐨𝐟 𝐝𝐞𝐚𝐭𝐡 | Dean Winchester

Capitulo 13

~ Celeste Barnes ~

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O ano era 1998, quando meu pai chegou bêbado em casa novamente. Como esperado, o dinheiro que havia ganhado apostando em sinuca, gastou todo em álcool.

O sol já estava alto no céu, e o cheiro de cigarro impregnava o ar da sala enquanto eu terminava meu trabalho de matemática. O Cole não estava em casa, e eu tinha ficado sozinha, esperando que ele voltasse com o nosso almoço.

— O que está fazendo?! — Meu pai questionou, sua voz áspera cortando o silêncio tenso.

— Terminando o trabalho de matemática. — Respondi, encolhendo-me de medo.

Ele se aproximou de mim com passos vacilantes e puxou o caderno das minhas mãos. Seus olhos vidrados percorreram as páginas com um misto de curiosidade e desprezo.

— Pelo menos você serve para alguma coisa. — Ele murmurou, analisando minha caligrafia e os cálculos simples que eu havia feito.

Eu abaixei o olhar, tentando ignorar o cheiro forte de álcool que emanava dele. O silêncio pesado da sala era interrompido apenas pelo som de garrafas se chocando na cozinha.

Não era a primeira vez que eu enfrentava uma situação assim, e sabia que não seria a última. A cada episódio como esse, eu sentia a dor de ser subestimada por alguém que deveria me proteger. Mas naquela tarde, enquanto meu pai vagava pela casa, eu me agarrei ao meu trabalho escolar como uma forma de escapar temporariamente da realidade amarga que me cercava.

Nesse mesmo ano, descobri a presença das minhas habilidades sobrenaturais. De alguma forma, algo ou alguém me visitava todas as noites e me prometia proteção.

Ele era alto, usava terno e tinha um rosto fino. Transmitia um ar misterioso e até um pouco amedrontador, mas estranhamente não me causava medo. Em seu dedo mínimo, ele usava um anel com uma pedra branca, que brilhava suavemente à luz fraca do meu quarto.

— Quem é você? O que quer de mim? — Perguntei, minha voz tremendo de curiosidade e um pouco de medo.

Ele sorriu de maneira enigmática. — Não se preocupe, pobre criança. Não vou te machucar, apenas venho te visita quando precisa. Celeste...

Eu me encolhi um pouco mais na cama, sem saber se deveria acreditar nas palavras dele ou não. Mas havia algo naquela figura que me fazia querer confiar.

— Como você sabe meu nome? E por que está aqui? — Insisti, tentando entender o que estava acontecendo.

O homem misterioso se aproximou ainda mais, sua presença emitindo uma sensação de segurança misturada com um leve arrepio. Ele tocou suavemente meu rosto com a ponta dos dedos.

— Estou apenas de passagem. Venho buscar algo comigo, mas não agora. Por isso, virei te ver todas as noites.

Suas palavras ecoaram na minha mente, e eu me perguntei se ele seria minha salvação ou apenas mais uma parte dos mistérios que começavam a me cercar.

Com o passar dos dias, a presença dele já não me incomodava mais. Ele se sentava à beira da minha cama, observando silenciosamente até que eu adormecesse. Sempre partia quando meu pai abria a porta do meu quarto e começava a procurar pelo dinheiro que escondia comigo.

Meu pai entrava, revirava meu quarto em busca do dinheiro e, quando não encontrava, descontava sua frustração em mim com pancadas. A violência só cessava quando Cole aparecia; ele o puxava do meu quarto e "conversava" com ele, protegendo-me da fúria do meu pai.