Capitulo 16

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~ Celeste Barnes ~

Ela desceu as escadas vindo ao nosso encontro.

Aquela presença macabra se aproximava mais, deixando o ar ao nosso redor quase tóxico.
Abaddon me encontrou...depois de semanas fugindo, ela me encontrou...

— Olha só, dois ratinhos presos numa gaiola só. — Ela disse olhando para mim e para o Dean com um sorriso formando em seus lábios. Aquele sorriso de conquista...me dava mais arrepios quando mostrava os dentes.

— Abaddon...— Disse, tentando me manter firme, mas o medo me tomava. — Então, nós encontramos. — Tentei parecer casual.

— Oh querida...— Ela se aproximou de mim, ficando perto o suficiente para que os nossos olhos se tornassem próximos. — Finalmente, não é? Estava demorando.

Naquele momento a minha respiração desregulou e sentir o medo me tomar de conta. A energia dela era tão pesada, que me deixava quase sem movimento. E presa a uma cadeira, amarrada por cordas, deixava as coisas ainda mais complexas.

— E você Dean? Como está? — Ela se distanciou de mim e aproximou se do Dean. — Ainda está com aquela marca "Demônios não são bem vindos?"  — Tocou em sua camisa, puxando-a de lado e revelando a tatuagem de uma cilada do diabo no peito. — Ah, que pena...ainda está aqui.

— Seu problema é comigo. — Intercedi

— Com os dois. — Ela voltou seu olhar para mim.

— Mas é de mim que você precisa mais. Não é?

Ela soltou riso estridente — Ciúmes Celly? Isso é ciúmes do Dean?

Meu olhar encontrou com o do Dean brevemente, e logo voltou para ela. Não queria admitir, mas ela estava certa. Eu estava me corroendo para não fazer nada impulsivo e colocar nos dois em perigo por causa de ciúmes.

— É segurança, eu coloquei nós dois nesse problema. Não quero que ninguém saia ferido.

— Você está dizendo de qual parte de sair ferido? Acredito que seja vocês, não é?

— Talvez vocês. — Dean falou — Quando saímos daqui, vamos detonar com todos dessa sala...

— Principalmente a velhinha ali. — Disse, com continuidade da fala do Dean.

— Vocês são confiantes. Mas vão fazer o que amarrados?

Antes que eu respondesse, Dean com um movimento rápido e calculado, balançou a cadeira até ela tombar no chão, libertando-se das amarras que o prendiam. O demônio que estava próximo, surpreso com a repentina ação de Dean, não teve tempo de reagir.

Dean agarrou as cordas soltas e, com um movimento ágil, envolveu-as em torno do pescoço do demônio. Ele usou a força da cadeira caída para puxar o demônio para mais perto, enquanto eu observava, impressionada e um pouco preocupada com sua audácia.

Ele é idiota?

Enquanto Dean lutava com o demônio, aproveitei a distração para me desamarrar das cordas. Com um esforço concentrado, consegui me libertar rapidamente e me levantei, partindo para cima de Abaddon com a faca que mata demônios que peguei escondido dos meninos.

Com Abaddon me segurando pelo pescoço, senti o desespero começar a se infiltrar em mim. Cada movimento era difícil com o vestido volumoso que usava, restringindo meus movimentos. Seus dedos apertavam com força, cortando meu ar enquanto ela sorria de forma sinistra.

— Você é bem idiota, não é? — Ela zombou, seus olhos brilhando com malícia.

Dean, ao perceber a situação, soltou inadvertidamente o demônio que capturava. O ser demoníaco caiu no chão, liberando-se da sua prisão temporária. Dean praguejou baixinho ao vê-la me segurando com tanta facilidade.

𝐎𝐦𝐞𝐧 𝐨𝐟 𝐝𝐞𝐚𝐭𝐡 | Dean Winchester Onde histórias criam vida. Descubra agora