Capítulo 44

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~ Celeste Barnes ~

Dean dormiu no meu quarto na noite passada. Não posso dizer que aconteceu algo além de um beijo, porque, na verdade, não aconteceu.

Após a sua declaração, meus pensamentos se corromperam, mergulhando em um turbilhão de sentimentos e lembranças. A verdade é que se ele ultrapassasse os limites, eu também teria que enfrentar os meus. E isso me aterrorizava.

Tentei afastar essa ideia da mente enquanto me sentava na beira da cama, observando-o dormir. Ele parecia tão tranquilo, tão distante da realidade caótica que sempre nos cercava. Mas, enquanto eu o observava, percebi que minha própria tranquilidade era apenas uma fachada, uma camada fina que podia se romper a qualquer momento.

As implicações do que ele havia dito eram esmagadoras. Eu estava lutando para entender o que significava isso para nós, para o que tínhamos e o que ainda podíamos ter. Sabia que havia um peso em sua declaração, um compromisso implícito que eu não estava pronta para aceitar. A marca que ele carregava poderia trazê-lo de volta à violência e ao caos, e eu não sabia se poderia acompanhá-lo nesse caminho.

Minha palma passeou suavemente pela sua barba mal feita, acariciando suas bochechas enquanto o observava dormir.

Por que tinha que ser você? — murmurei para mim mesma, perdendo-me em pensamentos.

Seus olhos se abriram lentamente e, ao me ver à sua frente, um pequeno sorriso manhoso apareceu em seus lábios.

Seus olhos se abriram lentamente e, ao me ver à sua frente, um pequeno sorriso manhoso apareceu em seus lábios

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— O que você está fazendo acordada tão cedo? — Dean perguntou, sua voz rouca e sonolenta ecoando no quarto.

— Pensando... — respondi, tentando esconder a confusão que se formava dentro de mim.

Ele se espreguiçou na cama, como um gato preguiçoso. — Pensando em quê? Em como sou irresistível?

Ri, balançando a cabeça. — Na verdade, eu estava pensando em como você consegue ser tão insuportável e ainda assim tão atraente.

— Isso é um elogio disfarçado? — Ele sorriu, os olhos ainda semicerrados.

— Se você quiser encarar assim.

Ele se ergueu e me puxou para perto, deixando-me encostada em seu peito.

— Depois de tudo que passamos, isso é até inacreditável — ele disse, tirando uma mecha de cabelo que caíra sobre o meu rosto.

Senti seu toque, suave e protetor, e não consegui evitar o sorriso que se formou nos meus lábios. — Você acha? — perguntei, olhando em seus olhos. — Às vezes, você só sonha demais com o impossível.

— O meu impossível está deitado sobre o meu peito agora — ele respondeu, com a voz firme e um brilho intenso nos olhos. — Então, acho que a coisa mais fácil não seja o que estou buscando agora.

𝐎𝐦𝐞𝐧 𝐨𝐟 𝐝𝐞𝐚𝐭𝐡 | Dean Winchester Onde histórias criam vida. Descubra agora