Capitulo 18

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~Dean Winchester ~

A pior coisa que eu fiz foi tê-la deixado. O que passou na minha cabeça? Claro que ela não ia dar conta de Abaddon...ela é inexperiente ainda.

Eu não vou me perdoar se algo tiver acontecido com ela.

Dean, a Celeste está bem. Ela sabe se virar. — Meu irmão dizia no banco do passageiro.

— Eu espero, Sam. — Dizia com a minha voz preocupada. — Foi burrice minha tê-la deixado. Nem que eu saísse ferido, eu deveria ter ficado.

— Não se culpe, ela sabia o que estava fazendo quando mandou você seguir sem ela. — Sam respondeu, tentando me confortar.

— Eu sei, mas não consigo evitar. — Suspirei, apertando o volante. — Se algo tiver acontecido com ela, eu nunca vou me perdoar.


Dirigimos em silêncio por alguns quilômetros, o sol da manhã iluminando a estrada à nossa frente. De repente, o ponteiro do combustível começou a descer perigosamente, e percebi que precisávamos parar para abastecer.

— Droga, estamos quase sem gasolina. — Murmurei, avistando um posto de gasolina à frente.

— Paramos lá. — Sam apontou para o posto iluminado pelos primeiros raios de sol.

Encostei o carro na bomba de gasolina e desliguei o motor. Enquanto eu saía para abastecer, Sam abriu a porta do passageiro.

— Vou entrar na lojinha e pegar algumas coisas. Quer algo? — Ele perguntou.

— Só uma água. — Respondi, começando a encher o tanque do carro.

Sam entrou na lojinha enquanto eu observava o contador da bomba de gasolina girar. Minha mente ainda estava cheia de preocupações sobre Celeste. Cada segundo que passava parecia uma eternidade. O som da gasolina fluindo não conseguia abafar o turbilhão de pensamentos na minha cabeça.

O som da campainha da porta da lojinha chamou minha atenção, e vi Sam saindo com uma garrafa de água e alguns lanches.

— Aqui está. — Ele me entregou a água. — E peguei uns lanches também, caso tenhamos que continuar por mais tempo.

— Valeu. — Peguei a garrafa e dei um gole, sentindo a água fria deslizar pela minha garganta seca. — Vamos torcer para que Celeste esteja bem e que possamos encontrá-la logo. — Dizia com o meu olhar no contador.

Logo, um Mustang vermelho começou a se aproximar do posto e logo encostar.

Quando eu estava prestes a tirar a mangueira do tanque, escuto meu nome soar vindo de uma voz feminina. Levantei o meu olhar e tive a conclusão.

— Dean, é a Celeste. — Ele disse, seu rosto revelando um misto de alívio e preocupação.

Meus olhos se arregalaram de surpresa e alívio ao vê-la. Abandonei a mangueira no tanque, correndo em sua direção.

Não me importava mais nada, deixei o carro, a mangueira, a gasolina...

Foda-se ela ultrapassar o limite do tanque. Ela estava bem.

Corri em sua direção e, sem hesitar, a puxei para um abraço. Foi como se o tempo tivesse parado por um instante. O calor do seu corpo contra o meu, o cheiro familiar de seu cabelo, tudo me inundava com um sentimento avassalador de alívio e alegria. A sensação de tê-la nos meus braços novamente, sã e salva, era indescritível. Era como se um peso enorme tivesse sido retirado dos meus ombros, substituído por uma calma reconfortante.

𝐎𝐦𝐞𝐧 𝐨𝐟 𝐝𝐞𝐚𝐭𝐡 | Dean Winchester Onde histórias criam vida. Descubra agora