Capítulo 49

82 7 0
                                    


~ Celeste Barnes ~

A música melancólica preenchia o ambiente, misturando-se com o cheiro enjoativo de enxofre que parecia impregnar o lugar. Os dois demônios na entrada me observaram, mas não fizeram nada para impedir a minha passagem. No interior do bar, outros dois demônios, surpresos com a minha presença, me encaravam com expressões de cautela.

— Engraçado... eu que sou quase algo do Dean não estou sofrendo como você. — Falei, deixando um leve tom de ironia transparecer enquanto caminhava até eles, parando lado a lado dos demônios que tremiam levemente ao meu lado. — A energia de vocês é pesada... desgastante. — Dei um passo atrás, observando os dois de ternos que desviaram o olhar, tensos.

Crowley, sentado do outro lado do bar, segurava uma foto de Dean, o olhar distante, como se estivesse em outra realidade. Sem levantar os olhos, ele respondeu com um suspiro irritado:

 Sem levantar os olhos, ele respondeu com um suspiro irritado:

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Dean não está aqui.

— Ainda está de luto? Parece um término. — Comentei, me acomodando na cadeira ao lado, sob o olhar atento e hesitante dos demônios ao redor.

Crowley soltou o telefone com uma expressão cansada, como se fosse um peso que ele finalmente decidira largar. — Porque é isso mesmo... — respondeu, amargurado. — Sabe como é, não? Fazer tudo por alguém, cada sacrifício, e, no fim, ser descartado como um guardanapo sujo?

Suspirei, meu olhar percorrendo o bar e notando os rostos desconfiados dos demônios. — Talvez um pouco. — Admiti, voltando meu olhar para ele.

Ele pareceu se recompor por um momento, encarando-me com uma firmeza que escondia a dor. — Então, o que veio fazer aqui? Sabe que a alternativa de me matar está fora de questão, certo?

— Sei que posso, Crowley, você sabe disso. — Olhei para ele com determinação, mantendo o tom sereno. — Mas... não é o que quero.

— Se é sobre o Dean, Sam o levou. — Crowley respondeu com indiferença. — Tivemos um trato. Dean pela espada.

A informação era tudo o que eu precisava. Levantei-me devagar, deixando o ar entre nós mais pesado enquanto estudava o rosto de Crowley.

— Conseguiu financiar bem o seu lado, não é? — perguntei, me afastando da cadeira com uma satisfação contida.

Ele sorriu de canto. — Você também.

Parei, surpresa pelo tom enigmático, e me voltei para encará-lo. — Do que está falando?

Crowley manteve o sorriso frio, os olhos brilhando com uma provocação calculada. — Posso ser o demônio dos pactos, mas você… se saiu bem também.

𝐎𝐦𝐞𝐧 𝐨𝐟 𝐝𝐞𝐚𝐭𝐡 | Dean Winchester Onde histórias criam vida. Descubra agora