~ Dean Winchester ~
A noite estava cerrada, e a estrada parecia se estender infinitamente à minha frente. Cada quilômetro rodado me fazia sentir mais distante da Celeste, e a ansiedade crescia no meu peito. Crowley, sentado no banco do passageiro, ia me dando as coordenadas, mas não parecia que o caminho tinha fim.— Onde a Celeste está, Crowley? — Perguntei, tentando controlar a frustração.
— A nossa querida âncora está no inferno, — ele respondeu, casualmente, como se estivesse me informando sobre o tempo.
— No inferno? — Repeti, incrédulo. — O que ela faz lá?
— Um círculo de oração, é claro, — Crowley respondeu com seu habitual sarcasmo. — Os demônios a pegaram, para a libertação das almas. O que mais ela faria?
Meu coração acelerou, mas tentei manter a calma. Cada palavra de Crowley parecia uma provocação, e a única coisa que me mantinha focado era a necessidade de tirá-la de lá.
— E você? O que estava fazendo enquanto isso acontecia? — Perguntei, não conseguindo esconder o veneno na minha voz.
— Eu? Tentando não ser morto por uma rebelião no inferno, — ele disse, como se fosse algo trivial. — Se não fosse por mim, sua adorada Celeste já estaria em pedaços. Então, um pouco mais de gratidão seria adequado, não acha?
— Essa história tá me parecendo muito mal contada. — Fiquei desconfiado.
Apertei o volante com força, sentindo a tensão aumentar a cada segundo que passava. A vontade de acabar com Crowley ali mesmo era tentadora, mas eu sabia que precisava manter o foco. Agora não era hora para perder a cabeça.
— Meu querido Winchester, se não acredita em mim, tire suas próprias conclusões, — disse Crowley, com aquele sorriso provocador, enquanto erguia a mão em direção a um pequeno galpão isolado no meio do nada.
— Clinviland? — murmurei, guiando o Impala até estacionar próximo ao local. O lugar parecia velho e abandonado, o tipo de cenário que você esperaria encontrar no inferno. — Esse é o inferno? — questionei, ainda tentando processar o que via.
— Uma das portas, — Crowley respondeu casualmente, saindo do carro e caminhando em direção ao grande portão de ferro. — Vamos dizer que, por essa aqui, eu tenho um passe VIP.
— Passe VIP, é? — retruquei, seguindo atrás dele. — Espero que sim. Porque, se não der certo, vou matar você e quem estiver lá dentro.
— Sempre tão delicado, não é, Dean? — Ele lançou um olhar divertido para mim antes de se aproximar e bater levemente seis vezes no portão. As batidas ecoaram de forma quase sinistra, ressoando no silêncio da noite.
Um momento depois, o portão rangeu, e alguém do outro lado o abriu. A pessoa, ou melhor, a coisa, que estava lá era alta e encapuzada, uma figura sombria que mal deixava transparecer seu rosto. Crowley acenou com a cabeça, e sem dizer uma palavra, a figura nos deixou passar.
O cheiro de enxofre e morte era inconfundível. Eu já estive em lugares assim antes, mas dessa vez era diferente. Dessa vez, Celeste estava lá dentro, e eu faria qualquer coisa para tirá-la de lá.
— Agora vamos brincar de teatro. — Crowley dizia se pondo nas minhas costas, quase me encoxando.
— Tá maluco, rapaz? — Me distancie rapidamente.
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𝐎𝐦𝐞𝐧 𝐨𝐟 𝐝𝐞𝐚𝐭𝐡 | Dean Winchester
Fanfic𝐂𝐞𝐥𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐁𝐚𝐫𝐧𝐞𝐬- ❝ Busca desesperadamente uma vida normal, longe do legado sobrenatural de sua família. Prima da renomada psíquica Pamela Barnes, Celeste foi treinada desde jovem para lidar com suas habilidades psíquicas. Ao completar 19...