𝐎𝐦𝐞𝐧 𝐨𝐟 𝐝𝐞𝐚𝐭𝐡 | Dean Winchester

Capítulo 30

~ Celeste Barnes ~

Eu não queria...

Eu não queria... mas o destino quis.

Ele quis a partir do momento em que meu caminho se cruzou com o dos Winchesters... que maldito destino é esse?

Horas antes.....

Sentada no banco do passageiro, eu observava a movimentação do local pela janela, esperando que Dean e Sam me ligassem com mais informações sobre o ghoul que estávamos caçando. O tempo parecia se arrastar, e a inquietação no meu peito crescia a cada minuto.

Meu celular vibrou, interrompendo meus pensamentos. Era uma mensagem de Dean.

Dean: Está tudo bem aí?

Eu: Está. Por que está me mandando mensagem, sendo que me ligou alguns minutos atrás?

Dean: Não posso me preocupar com você?

Eu: Você deveria focar na caça, não acha?

Dean: Como poderia, sendo que você toma toda a minha mente. ;)

Revirei os olhos, um sorriso involuntário escapando dos meus lábios. Dean sempre sabia como me tirar do sério e, ao mesmo tempo, me fazer sentir um calor estranho no peito. Guardei o celular acima do painel e olhei para a estrada à frente, tentando afastar os pensamentos sobre ele. Eu precisava me concentrar. Este não era o momento para distrações, especialmente com um ghoul à solta.

Meus olhos logo se encontraram com uma enfermeira que saía do hospital e vinha em direção ao Impala. Senti uma pontada de insegurança, ainda mais quando ela se aproximou, sorrindo e inclinando a cabeça de um jeito curioso.

- Ah, oi. - Ela se aproximou mais, inclinando-se na janela do carro. - Vi que você está estacionada aqui há alguns minutos. Tá esperando alguém?

Pensei rápido, tentando encontrar uma desculpa convincente.

- Bem... meu irmão veio visitar a namorada dele. Ela teve bebê. - Menti, forçando um sorriso.

- Sério? Que bom! Parabéns, então. - Ela respondeu, parecendo genuinamente feliz com a notícia inventada.

A enfermeira olhou para o hospital e depois de volta para mim, continuou a falar ainda com um sorriso simpático.

- Está uma confusão lá dentro. Parece que uma enfermeira surtou... Eu diria que isso é algo normal aqui. - Ela comentou, rindo um pouco, como se fosse uma história cotidiana.

A menção à confusão interna despertou minha curiosidade e preocupação.

- Nossa, que estranho. Espero que não seja nada grave. - Respondi, tentando parecer desinteressada, mas com uma sensação crescente de inquietação.

- Sim. Bom...- Ela endireitou-se - Eu vou indo, espero que seu irmão Cole fique bem.

A enfermeira deu um último sorriso e caminhou em direção a um carro estacionado ao lado de uma ambulância, me deixando sozinha com meus pensamentos. A possibilidade de algo estar errado dentro do hospital me fez ponderar se eu deveria investigar um pouco mais.

Mas...eu nunca mencionei o nome do meu irmão.

Ao cair na real, ao tentar sair do carro e ir embusca da enfermeira, o celular que estava acima do painel volta a tocar.