Capítulo 35

228 20 0
                                    


~ Dean Winchester ~


Sam me avisou mais cedo, que o que havia acontecido naquela delegacia não era normal de um humano.

Por mais que ela fosse sensitiva assim como Pâmela, sensitivos normais não seriam capazes de ultrapassar o fogo sem poderes, runas ou qualquer tipo selo.

Talvez um anjo esteja ajudando-a? Mas era algo incapaz, apenas Castiel tinha formalidade com os humanos.

— O que você é?! — Refiz a minha pergunta olhando em seus olhos. — Não mente para mim, Celeste. 

— Isso vai fazer alguma diferença em sua vida? Saber o que sou?

— Você é realmente algo?

— Eu sou o que você sabe, Dean.

— Não, voce não é...se você realmente fosse normal, não mentiria e falaria sem desvios. Porque evita dizer algo? Como passou pelo fogo na delegacia? O QUE VOCÊ É?

Seu olhar baixo por um momento, como se estivesse ponderando suas palavras.

Eu estava ansioso, eu queria finalmente descarregar aquele peso e não poder desconfiar da pessoa que mais me importa.

— Meu encontro com vocês naquele bar não deveria ter acontecido.

— Isso não responde a minha pergunta.

— Não sei como, mas vocês se tornaram apenas alavancas para tudo de ruim e desastroso acontecer na minha vida.

— Está nos culpando agora?

— Estou dizendo que a presença de vocês no meu agora, interferiu totalmente no meu futuro. E agora tenho que arcar com as consequências.

— Você fala, fala e não responde. — Disse já sem paciência.

A voz calma, ao fundo da nossa conversa respondia — Isso tem haver com os acontecimentos passados? — Sam dizia na porta curioso.

— Tudo. Os selos foram quebrados só por estar junto a vocês.

Passei a mão na cabeça sem paciência. — Droga Celeste.

— O ceifeiro na delegacia falou sobre esses selos, o processo de se tornar âncora. É isso? É por isso que você vem passado?

O que Sam estava dizendo me atingiu como um soco.

Âncora? Eu repeti na minha cabeça, tentando processar. Olhei para Celeste e então de volta para ele, como se procurasse algum tipo de confirmação ou negação. Uma âncora? Como isso fazia sentido? E o que isso significava para ela? Para nós?

Sam entrou no quarto e fechou a porta, seu olhar sério como sempre. Eu conhecia aquele tom — ele estava no modo "enciclopédia de coisas sobrenaturais". Enquanto ele explicava o que eram essas âncoras, eu me forcei a prestar atenção, mas minha mente estava a mil.

Então, Celeste é uma dessas... âncoras. Uma espécie de equilíbrio entre a vida e a morte. Algo raro, nascido a cada cem anos. E claro, tudo isso estava caindo nas nossas costas agora.

— Isso não explica a forma que ela passou pelo fogo. — Minha voz saiu mais afiada do que eu pretendia, interrompendo Sam. Eu não conseguia lidar com mais uma coisa impossível acontecendo sem ter uma resposta.

𝐎𝐦𝐞𝐧 𝐨𝐟 𝐝𝐞𝐚𝐭𝐡 | Dean Winchester Onde histórias criam vida. Descubra agora