Sedução

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Narrador: Como ia trabalhar no outro dia, Malu, assim que chegou, subiu ao quarto pra tomar banho e ajeitar suas coisas, enquanto Daniela estava lá embaixo conversando ao telefone com sua assessora sobre seus próximos compromissos. 

Quando terminou de bater sua agenda, Daniela repassou algumas coisas também com Maria, sobre o dia de amanhã. Pediu que a outra fizesse um desjejum bem gostoso, pra levar na cama para sua amada no outro dia pela manhã, como mimo do primeiro dia dela de volta ao trabalho.

Ao fim, subiu ao quarto pra ver a mulher e aproveitar pra tomar um banho. Relaxaria nos braços da jornalista, mas resolveu mudar os planos, já que estava louca de saudades dela. Há muito tempo, não sentia tanta falta de fazer amor com uma pessoa, como estava no momento. Suas outras relações, exceto a última, viveu bem com seus pares, mas não tinha essa ligação tão intensa, como tem com a atual, seja no âmbito pessoal ou sexual. E fazer amor com ela era sempre um momento de êxtase. Ela sabia exatamente onde lhe acariciar, sabia onde beijar com avidez e acarinhar com leveza.
Foi subindo as escadas pensando nisso tudo e naquela noite, amaria sua mulher. Estavam afastadas já há umas duas semanas por conta do acidente de Malu... mas, assim como ela, não aguentava mais ficar longe uma da outra.
Abriu a porta e a encontrou digitando no notebook... certamente era a pauta do dia seguinte. Pegou uma peça de roupa e se encaminhou até o banheiro para o banho:

- Dam? - ouviu a outra lhe chamar.

- Oi, Amor - disse de lá de dentro.

- Tá tudo bem? - sentiu a supresa na sua voz.

- Maravilhosamente bem, meu amor - sorriu sem que a outra visse.

Ao terminar o banho, tinha no corpo uma camisola branca de cetim com detalhes em renda no colo. Se olhou no espelho e gostou do que viu. Embaixo, uma calcinha rendada também. Passou a mão no seu pescoço e por um milésimo de  segundo, veio à sua mente os últimos acontecimentos vividos com seu ex. Balançou a cabeça e retirou rapidamente aquele pensamento intruso da sua mente. Ajeitou os cabelos e passou seu perfume doce que Malu adorava. Fechou o robe em sua cintura e partiu para o quarto.

Ao chegar no campo de visão da namorada/esposa, viu ela levantar o rosto colocando o cabelo cacheado pra trás:

- Meu Deus!!! - baixou a tampa do notebook - que deusa é essa???

- Gostou? - disse timidamente.

- Uma visão!!! - se aconchegou na cabeceira da cama.

- É só pra você... - mantinha uma pequena distância da amada.

- Não acredito! Mas eu estava de repouso agora mesmo - riu.

- Ué, o fato de estar assim, não quer dizer que vai acontecer nada - a pirraçou.

- Você não seria tão má desse jeito - a cobiçava, olhando a mulher de cima abaixo.

Daniela sempre mantivera o corpo enxuto, apesar de ter 48 anos de idade, mantinha a dieta em dia e a musculação também. E era sempre elogiada por onde passava por sua beleza e por seu esbelto corpo, além de claro, por ser uma mulher culta e inteligente.

- Estou louca de saudades, Malu... mas - a outra a interrompeu.

- Eu estou bem... de verdade - quase implorou pra que a outra continuasse seja lá o que fosse fazer.

Não disse nada... se aproximou dela e lhe deu um beijo gostoso, fazendo a jornalista pegar em sua cintura:

- Você quer? - parou o beijo e ficou a olhando, esperando pela resposta.

- Tudo o que mais quero, é te amar - passou os dedos nos lábios inferiores da outra que já estavam ávidos pelo seu toque.

A cantora se desvencilhou dela, deu um passo pra trás e devagar, abriu o robe que estava, dando à Malu a visão do seu corpo naquele pequeno pedaço de pano.

Quando viu Daniela se afastar, o seu desejo era puxa-la pra que ela não saísse do seu cerco. Mas não fez. Deixaria que a outra conduzisse naquela noite... ela parecia bem à vontade. Não conseguia mais ver aquela mulher acuada e assustada que presenciou na fatídica noite que Maria havia lhe ligado.

- Então, vamos fazer bem devagarzinho pra você não fazer esforço! Ok? - viu a mulher fechar os olhos em sinal de afirmação - não se preocupa... eu vou fazer bem gostosinho, minha mulher - repetiu as palavras que a outra tinha lhe dito na primeira noite de amor delas... adorava também verbalizar o termo minha mulher em relação à outra. Dava uma sensação de pertencimento, de possessão, mas sem agressão, sem ser obsessão.

- Eu confio em você, meu amor - apenas disse isso e deixou que a outra se aproximasse novamente, lhe beijando.

Daniela a beijava pegando nos seus cachos, inclinada lhe dando a visão dos seus seios fartos, enquanto Malu a tinha entre as suas pernas, passeando suas mãos sob a camisola. Quando pararam novamente o beijo, a cantora desceu os chupões por toda a extensão do colo da jornalista, parando na sua blusinha que ainda tampava a visão que tanto queria ter da amada. Pegou na barrinha da peça e suspendeu lentamente, a jogando no lado esquerdo da cama. Passou o dorso da sua mão devagar pelos seios dela que ofegava só em sentir o seu toque:

- Eu nunca vou cansar de dizer o quanto você é maravilhosa, Maluzinha - estava enfeitiçada pela visão dos seios da outra. Se abaixou um pouco e passou o nariz pelo caminho entre os dois, esbarrando na correntinha que havia lhe dado com o trevo da sorte. Sorriu ao vê-lo ali e continuou sentindo Malu apoiar a mão esquerda na cama, tentando se equilibrar.

- Dam... - foi só o que conseguiu falar quando sentiu a boca sedenta da amada sugando seus bicos.

Fazia um trabalho maestroso com aquelas preliminares, até que ouviu sua amada sussurrar dizendo que precisava dela, encostando sua cabeça no ventre da cantora, a abraçando:

- Meu amor.... - Daniela beijou seus lábios, deixando na sua boca a saliva da outra quando se separaram - você já me tem - tinha as mãos emaranhadas nos cachos de Malu. Em um segundo, se afastou um pouco dela e tirou sua camisola lentamente por cima, deixando a outra ver seu colo que subia e descia só em sentir os olhos de cobiça da jornalista nela.

Nessa hora, Malu não aguentou, se levantou e a trouxe pra perto do seu corpo e olhando em seus olhos, atacou sua boca sedenta de sua língua macia. Ao passo que iam se beijando, Daniela virou de costas, tendo Malu mais colada ao seu corpo:

- Malu... - tinha a cabeça inclinada no ombro da outra - só você sabe me tocar desse jeito - pegou as mãos dela e pôs sobre seus seios já descobertos - e são só as suas mãos que quero ter em meu corpo nu - se esfregava na outra.

Continuou:

- Só você me leva a lugares nunca imaginados por mim, quando estamos com nossos corpos em um ritmo gostoso de vai e vem sob a luz fraca do quarto, ouvindo nossos sussurros, chamando uma pela outra - sentia a jornalista lhe apertar cada vez mais o colo, dando combustível ao seu corpo - são só os seus lábios que quero sentir sobre a minha pele suada, misturando meu cheiro e meu gosto ao seu - pegou nos cabelos dela por trás - a sua língua quente e macia percorrendo cada pedacinho do meu corpo, terminando no meu ponto de prazer que você domina tão bem - virou de frente - você. Somente você, que me fez sua naquela primeira noite na sua cama - passava os lábios nos de Malu em um ritual de provocação - só você meu amor! - a olhou e não resistindo mais, lhe beijou a levando de volta pra cama. A deitou no acolchoado de frente pra ela e tirou o short que a mulher usava. Sentiu com os dedos, por cima da calcinha, o quanto Malu já cobiçava o término daquele jogo de sedução:

- Quer que eu pare? - estava por cima da mulher e fazia os movimentos dentro da calcinha dela que mordiscava seu próprio lábio inferior, tamanho era o torpor que aquilo lhe causava.

Não conseguiu verbalizar, apenas disse que não com a cabeça, pegando nos dedos da cantora para continuar.

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