Cap. 6 - Aylla

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   — Nada de tomar um banho rápido, diabinha. Hoje quem vai te molhar todinha será minha língua — disse com aquela voz grossa em meu ouvido, o que me desarmava por completo.

   Não resistia àquele homem e nem queria. Nos beijamos e me agarrei a ele, quase me pendurando em seu corpo. Ele segurou uma das minhas pernas no alto e me grudei em sua cintura. Fomos assim ao banheiro e só nos soltamos para tirarmos nossas roupas.

   Tomamos um banho demorado e como prometeu, usou aquela língua por todo meu corpo, vagarosamente, sem pressa, me fazendo explodir em êxtase. Sentia a profundidade de seu amor e as sensações de prazer reverberavam por todo meu corpo. A cada toque, cada beijo e cada declaração me transmitam a sensação de que nada poderia me atingir. Nada era capaz de nos desconectar. Aquele sentimento era profundo demais para que houvesse brechas. Nada mais importava quando eu estava sendo possuída por Enrico de forma tão voraz e apaixonante.

   Quando nos aconchegamos em nossa cama, estava vidrada naquele rosto lindo e passava meus dedos por suas tatuagens, como se estivesse novamente as desenhando.

   — Vai passar a noite admirando minhas tatuagens? — falou, tirando-me do transe em que me encontrava.

   — Poderia fazer isso facilmente. Me sentiria uma exploradora nesse corpo gostoso.

   — Não. Hoje é meu dia de explorador.  Serei seu Cristóvão Colombo e você minha selva inexplorada.

   — Amor, acho que não restou nenhum pedaço de floresta para ser desbravada aqui. Você me conhece desde minhas nascentes até minhas afluentes— rimos alto, mas ele parou, intensificou seu olhar sobre mim e me puxou para baixo de seu enorme corpo. 

   — Ainda não te mostrei todas as minhas habilidades de explorador. Se segure que vou ir ainda mais fundo em você. — dizendo isso, se ajoelhou entre minhas pernas, me segurou pelo quadril, me erguendo, até quase me deixar de ponta cabeça e me chupou com suavidade, porém colocando a pressão na hora e no lugar certo.

   — Amor, não vou aguentar muito tempo assim, Enrico, ahhhh! Minha nossa!! Hummmm!! — Sentia minhas pernas formigarem por aquele toque macio, quase inexistente, mas que me fazia sentir como se tudo estivesse formigando, meu corpo inteiro reagia quase num frenesi hipnótico e sem conseguir me segurar, gozei em sua boca. Enrico não parou mesmo eu pedindo e pouco tempo depois senti novamente aqueles espasmos me atingirem, me fazendo explodir num gozo quase que irreal. Apenas quando me acalmei por completo e consegui controlar minha respiração foi que ele me tirou de sua boca e, com leves beijos entre minhas coxas, foi me abaixando, até me sentir largada e entregue naquela imensa cama. Assim que ele percebeu que eu havia relaxado um pouco, me levantou, me sentando em seu colo de frente para ele e me beijou intensamente, como se minha boca fosse a água para matar sua sede. Eu me esfregava nele como uma louca e aos poucos ele foi se enfiando em mim, me penetrando e conduzindo tudo com maestria. Cheguei novamente ao orgasmo, mas daquela vez, juntamente com ele, que se derramou em mim e me cobriu de beijos e carinhos em seguida.

   Permanecemos calados, esperando nossos corações voltarem às suas batidas normais. Pegamos no sono ainda agarrados, sem forças para sair daquele pequeno espaço em que ocupávamos de tão compactados que ficamos.

   Acordei e senti algo em meus pés. Era Enrico fazendo uma massagem bem relaxante, dei um gemido bem gostoso por estar sentindo suas mãos me tocarem tão deliciosamente e me espreguicei sonolenta ainda.

   — Acho que fiz algo de bom para merecer um toque tão bom logo cedo.

   — Nem comecei a agradecer a altura por tudo o que me fez sentir ontem, pequena. Essa massagem vai demorar bem mais do que imagina.

Vidas Cruzadas Parte IVOnde histórias criam vida. Descubra agora