Cap. 18 - Enrico

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   — Está melhor cara? - Mal entrei em meu escritório e Brad entrou logo atrás. Amava meu amigo e aquela preocupação genuína que sentia por mim.

- Um pouco, sim. Mas melhor mesmo só estarei quando tudo isso acabar e eu ver o corpo daquele maldito estraçalhado no chão.

- Ah, meu irmão voltou... que emoção. - Brad fingiu alguns trejeitos e veio até mim para me abraçar com um zelo exagerado.

- Sai pra lá ou te dou um murro. Não gosto de aproximação com macho. - Claro que estava brincando. Jamais negaria um momento fofura com meu brother.

- Vem cá grandão, me dá um cheiro vem... vou te consolar até sua ruiva chegar, vem pro seu amigão. - o peguei de jeito com um golpe de judô e o joguei ao chão e subi em cima dele. - Aqueles momentos eram tão raros que quis aproveitar e me divertir um pouco com ele.

- Agora quem manda na situação, hein? É o grandão aqui!

- Se não sair de cima de mim vai sentir algo furar tuas calças, melhor se afastar.

- Sai fora cara, sou macho.

- Eu também, mas ficar nessa posição duvidosa é perigoso.

Sai de cima dele e me deitei ao seu lado. Os dois largado no chão, bem a vontade como dois adolescentes e como se o mundo não estivesse desabando em nossas costas.

- Tudo vai terminar bem cara, sei que vai. Você é o fodão Enrico Cavalcante, não se esqueça disso.

-Não vou esquecer. Agora vai caçar o que fazer. Já tive contato demais com você hoje.

- Aí reclamão, vem cá pra eu te dar um abraço por trás, vem grandão? - Ele continuou a zoação e veio pra cima de mim. - Bem naquele momento a porta se abriu e dei de cara com Aylla e Karim entrando.

Na mesma hora nos colocamos de pé e arrumamos nossas roupas que estavam amarrotadas no corpo.

- Espero que Brad esteja passando mal e você o esteja socorrendo, caso contrário, será difícil explicar essa situação para meu abi, amor.

- Não é nada disso que estão pensando. Seu noivo que é doido Aylla! Não pense besteira de nós. - Brad parecia um pimentão e se enrolava cada vez mais para tentar explicar o o inexplicável. Me aproximei e cumprimentei Karim com um forte aperto de mãos e dei um beijo suave em Aylla, que segurava uma risada.

- E melhor você ir brow, não está sendo muito convincente sua explicação.

- É melhor mesmo, tchau Karin... Aylla. - Ele saiu muito sem jeito e apressadamente.

- O que foi? - falei vendo olhares acusadores para mim. — Não aconteceu nada, estávamos tendo um momento relaxante entre amigos, só isso.

- İyi ki arkadaşım yok, benimle böyle tatlı bir an geçirmeye asla cesaret edemez. (Ainda bem que não tenho amigo, ele não se atreveria a ter um momento fofo desses comigo, jamais). - Karim falou baixinho para Aylla e levou um tapa no braço da irmã.

- Karim'i rahatsız etme, asla rahatlamaz, onunla dalga geçmeyi bırak (Não enche Karim, ele nunca relaxa, para de pegar no pé dele).

- Será que vocês podem tirar sarro de mim na minha língua?

- Não estamos tirando sarro amor. Apenas não sabíamos que você e Brad eram tão íntimos - e riram da minha cara.

Vidas Cruzadas Parte IVOnde histórias criam vida. Descubra agora