- Lucca e Melissa, tirem essa massinha da boca. Daniel olha seus irmãos, filho. Não deixa eles colocarem coisas na boca. Onde está a Lorena? ... Sim, mas o contrato implicará em multa se vocês não cumprirem o que combinamos, esse material é de responsabilidade... Não pode Mel, dá pra mamãe... Desculpe, onde estávamos?... Ah sim, se você não entregar esse material até segunda, não terei como dar continuidade na obra e isso custará caro para.... Só um instante. Desce daí Lucca. RUTH!! CORRE AQUI... Preciso terminar essa ligação, olha eles um minuto.- Eu cuido deles agora Aylla, pode ir atender com calma, acabei de arrumar as malas.
- Obrigada Ruth. Onde está a Lorena? - perguntei tirando o celular do ouvido.
- Lá no estábulo. Foi ver o Pé de Pano.
- Pra quem será que aquela menina puxou pra gostar tanto de cavalos. - Senti mãos grandes entrelaçar em mim e uma barba roçar em meu pescoço, me fazendo arrepiar.
- Eu darei até segunda Felipe, se não resolver, não falaram mais comigo e sim com o senhor Barysh. Te garanto que a conversa não será tão amigável. - desliguei o telefone e o joguei longe.
- Você demorou, grandão - me virei e abracei aquele pedaço de mal caminho. Ele estava suado, pois tinha ido treinar judô com Karim. - Hummm está do jeitinho que eu gosto, todo suado.
- Papai!! - As crianças o viram, acabando com nosso momento. Nunca mais soubemos o que era nos abraçar sem que fossemos interrompidos no meio. Mas aqueles bracinhos em nós eram ainda melhores.
Enrico se jogou no chão, me levando junto e todos caíram por cima de nós. Lorena que estava toda suja, entrou correndo e se juntou à manada.
- Oi princesa, por que está toda suja assim?
- É que fui ver o Pé de Pano e depois fui no jardim da mamãe pegar uma rosa para dar ao senhor papai. - ela esticou o bracinho e entregou uma rosa cheias de espinhos para o pai que, mesmo furando os dedos abriu um sorriso.
- Viu só, esposa, minha princesa se lembra de dar flores para o papai.
- Não reclama. Te dei uma flor hoje de manhã, bem perfumada.
- Que flor, mamãe? Eu não vi nenhuma no seu quarto.
- É um perfume com aroma de flor, filha. Seu pai ama esse perfume.
- Amo os perfumes que a mamãe da, mas essa rosa é mais que especial, não é amor?
- Não tem como competir, essa é muito melhor, papai. - Me apressei em dizer antes que Lorena ficasse chateada. Aquela menina era sensível demais para tudo.
Fazíamos uma bagunça sem fim e as crianças riam sem parar.
- Para papai de fazer cócegas, vamos ficar gagos - reclamou Daniel, nervoso. - Aquele menino era uma cópia do pai na aparência, mas era genioso como a mãe.
- Sua avó Meryem já fez a cabeça de vocês, eu sabia. Certas coisas não mudam.
Estávamos ainda esparramados no chão quando a campainha tocou. Nos levantamos, mas antes de alguém abrir a porta, meus sogros entraram.
- E então, quem vai passar a noite acordado na festa do pijama na casa do vovô Augusto?
- Euuuu!! - meus filhos gritaram em coro e saíram correndo para abraça-los.
- Será que darão conta dessa penca de crianças? É a primeira vez deles passarem a noite toda com elas.
- Isso meu amor, só saberemos amanhã, porque hoje só quero saber é de você.
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Vidas Cruzadas Parte IV
Romance🌹 Não há remédio para o amor, a não ser amar mais 🌹 O amor de Enrico é posto à prova quando Aylla se fecha em suas feridas e tenta a todo custo protegê-lo. Esse amor não poderá ser vivido plenamente até que consigam se livrar do mal que os asso...