—Ei, ei, Froz, você está bem? — Ele estava gradualmente recuperando a consciência. Após sua vitória, o acomodamos sentado, apoiado em um dos pilares do palácio.
—Sim, estou. E vocês? — Pergunta, tossindo entre as palavras.
—Sim, estamos. — Responde Luke, de maneira apressada.
—Que bom... — Ele fecha seus olhos novamente. Com certeza estava exausto pela luta, afinal, não era pra menos. Conseguiu salvar um mundo inteiro de ser engolido por puro ouro.
—Muito bem pessoal, nossa nave está intacta, já podemos voltar. — Informa Erika, caminhando até nós.
—Mas já vamos? E quanto aos estragos que ocorreram durante a luta? E as pessoas que sofreram opressão por todo esse tempo? Vamos simplesmente abandoná-las e deixar que se virem sem qualquer apoio? — Indaga Maya. Uma das coisas que mais admiro nela é seu grande senso de justiça...
—Não se preocupe quanto a isso, a pessoa que nos contatou já está até mesmo tomando as devidas providências. — Responde Erika, de maneira educada, mostrando um belíssimo sorriso para ela.
—Então acredito que podemos ir — Falo. Todos confirmaram com a cabeça. —Você consegue andar, Froz?
—Que pergunta besta. É claro que consigo. — Ele não conseguia. Assim que se levantou, caiu com o rosto no chão. O apoiei em meu ombro e o levei, vagarosamente, até a nave.
Desta vez seria Erika quem iria pilotar. Acomodei Froz em seu quarto para repouso e fui à sala de comandos.
—Você acha que ele irá ficar realmente bem?
—Com certeza! Isso não foi nada para ele. — Diz Erika, exalando confiança em sua fala, isso realmente me tranquilizou.
Realizamos uma viagem tranquila até a base da Equipe Saihara. Ao chegarmos, Froz já foi levado para a senhorita Luke, no caso de ele ter sofrido algum dano grave, foi apenas por uma preocupação, nada que corresse risco de vida.
—Olha só! Meus aprendizes se saíram bem, hein! — Kurosaki chegou animado para nos recepcionar.
—Aprendizes? — Questionam Luke e Maya, simultaneamente. Ele mal havia dado bola.
—Meus parabéns, sinceramente, não esperava que vocês fossem mesmo sobreviver.
—VOCÊ NOS MANDOU PARA QUE MORRÊSSEMOS? — Gritamos todos ao mesmo tempo.
—Hahaha! Claro que não, foi apenas uma piada.
—Hilário. —Sussurro.
—De verdade , vocês se saíram muito bem para uma missão de nível A, apenas espero que da próxima vez não nos passem a informação incorreta. — Franziu a testa.
—Agradecemos pelos parabéns, mas...conversamos durante a volta e achamos que não merecemos esse prestígio. Foi o Froz e a Erika que fizeram tudo, apenas estávamos lá para servir de meros peões.
—Você já jogou xadrez, correto?
—Já sim.
—Pois bem. Me responda uma coisa, para que você dê xeque-mate em seu adversário, é possível fazer isso utilizando apenas o rei?
—Não. Claro que não. Ele seria facilmente vencido logo de cara pelos peões inimigos.
—Aí está sua resposta. Se vocês não estivessem lá para dar apoio ao Froz, nem ele, nem a Erika teriam sobrevivido. Então aceitem os aplausos um pouco. — Ao terminar de falar, ele bate com a mão em minha cabeça.
—Ah, à noite teremos uma pequena celebração para vocês. Por favor, descansem e se arrumem. — Dizendo isso, ele foi embora.
—Acho que ele tem um favorito, né? — Sussurra Luke no ouvido de Maya.
—Pensei que só eu achava isso. — Responde ela, em baixo tom de voz.
—Eu não sou favorito de ninguém!
—Não? Então o que você é dela? — Questiona Luke.
—Namorado. — Afirmo.
—Aí está sua resposta. — Responde Luke, de maneira irônica, imitando a voz de Kuro.
—Bem, até mais para vocês, garotos. Irei descansar um pouco. — Despede-se Erika, esticando os braços.
—Até! — Pronunciamos os três em uníssono.
—Então, o que querem fazer agora? — Pergunto. Confesso que estava exausto, mas seria agradável se fôssemos.
—Eu estava pensando em ir para o meu quarto... — Diz Maya.
—Por que não comemos antes? — Esse é meu amigo! Ajuda até indiretamente.
—Sim, sim, seria ótimo. Faz um tempo desde que não comemos juntos.
—Tudo bem, tudo bem, já que insistem tanto assim, eu faço essa honra para vocês. — Sorrio para ela. Nos dirigimos até a cafeteria da base, era diferente de onde costumávamos comer, afinal, se tratava justamente de uma cafeteria.
O ambiente era climatizado e temático de acordo com as estações do ano, além de ter muita natureza ao redor, estávamos no outono, então, todas as plantas eram laranjas e algumas folhas já estavam caindo.
Luke pediu, para variar, um pedaço de torta. Adoro torta, mas não entendo o que ele tem com essa comida, se ela fosse uma pessoa, com certeza estariam casados. Maya pediu um cupcake e um cappuccino e eu apenas um cappuccino, não estava com muita fome nesse momento. Queria apenas passar um momento tranquilo com meus amigos, sem pensar em problemas, dificuldades, desafios ou qualquer preocupação que viesse. Iria ignorar todo e qualquer pensamento presunçoso.
—Eu estava pensando...talvez esses momentos especiais não durem por muito tempo...acho que deveríamos aproveitar sempre que possível. Então, vamos a um museu semana que vem? — Pergunto, com um sorriso radiante estampado no rosto. Devia estar com uma cara de bobo.
—Vamos! — Concordam Maya e Luke, também sorrindo para mim. Eu desejo do fundo do meu coração que mais momentos assim ocorram durante nossa aventura.
Então só por um minuto
Eu quero mudar de ideia
Porque isso não parece certo para mim
Eu quero te animar
Eu quero te ver sorrir
Happier (Marshmello ft. Bastille)
Finalmente eles poderão desfrutar de um momento de descanso, cai entre nós, muito mais do que merecido!
Vejo vocês amanhã!
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TODO FIM TEM UM COMEÇO (NEXUS) | VOLUME 1
AventuraVivendo uma vida pacata e normal, Peter Nelime é levado ao a um plano espiritual e descobre verdades a respeito de seu destino. Um Multiverso o aguarda, mas...será que ele estará pronto para correr riscos no caminho?