Entre Grades e Sentimentos: Caminhos Traçados

Capítulo 28

Eu voltando aqui pra atualizar como se nada tivesse acontecido. 🤡

Boa leitura!

 
Macarena despertou sentindo o incomodo que um dos raios de sol da manhã trouxe ao tocar seu rosto. Seus olhos tiveram dificuldade em abrir, não só pela claridade reduzida que entrava pelas janelas de vidro fumê, mas também por ainda sentir sono após a longa noite que teve com Zulema.

Zulema...

Abriu seus olhos com pressa, se arrependendo de imediato ao sentir sua cabeça rodar, dando a impressão de que aquele carro estava se movendo, apesar de ainda estar estacionado no exato mesmo lugar na frente da casa. Passou as mãos pelos cabelos livres da peruca ainda se sentindo um tanto atordoada pelo sono, piscou os olhos algumas vezes finalmente começando a reconhecer aos poucos onde estava. O painel do veículo ainda ligado para que deixasse o ar condicionado funcionando, tornando o calor que sentiam ao ter seus corpos se movendo juntos ao decorrer da noite quente um tanto mais suportáveis, ainda que as 8h da manhã como mostrava no visor aceso estivesse bastante fria. Naquela noite intensa, Macarena acreditava que a árabe havia lhe sugado tudo, inclusive suas forças ao fazê-la cair deitada nos bancos cobertos pelo couro em exaustão depois de mais um orgasmo incrível. Se sentia fraca como nunca antes, sequer conseguindo se levantar de onde estava, apenas observando com um sorriso no rosto Zulema retirar a camisinha para atingir seu ápice por conta própria, liberando os jatos quentes em sua barriga e seios antes de se juntar ao lado de seu corpo exausto.

Macarena tentou se sentar, mas um braço envolvia sua cintura a impedindo de conseguir o que pretendia. Ao deixar que seu olhar caísse um tanto para o lado, pôde ter a visão que fez seu coração acelerar. Zulema descansava ao seu lado nos assentos um tanto pequenos para as duas compartilharem, abraçada ao seu corpo enquanto sua face mantinha uma expressão tranquila, totalmente diferente do olhar predatório que sempre carregava ao parecer poder devorá-la quando bem entendesse.

Odiava ter que admitir a si mesma, mas aquela era a cena mais fofa que acreditou já ter visto. A mão direita de Macarena hesitou por um instante tocar o rosto da árabe com a ponta dos dedos, se permitindo aproveitar e acariciar a pele macia que tanto adorava. Não resistiu com tamanha fofura ter aquela mulher sempre tão forte parecendo momentaneamente tão frágil, deixando um longo beijinho em sua testa, fazendo Zulema se encolher ainda mais contra seu corpo. A loira riu com a atitude infantil da mais velha, repetindo o ato, finalmente fazendo com que Zulema acordasse resmungando.

- Não queria acordar?

- O que te custa só ficar aqui e me deixar continuar dormindo abraçada à você?

Macarena sentiu seu rosto esquentar com o pedido manhoso que havia saído de maneira tão natural, se não conhecesse Zulema diria até que impensada, quase a convencendo a simplesmente fazer o que a árabe pedia.

- Nada disso, já passam das 8 da manhã e ainda estamos nuas. - O olhar de Zulema percorreu todo o corpo livre de qualquer roupa, a fazendo deixar que um breve meio sorriso surgisse com as lembranças. - Eu conheço esse olhar, Zahir.

Zulema se perdeu por um momento na montanha-russa que era se envolver com aquela puta rubia, as marcas da noite intensa ainda estavam frescas em sua pele, e para a sua infelicidade, não só em seu corpo. Tocou o rosto com uma das mãos, deixando que seu polegar deslizasse pela pele macia de sua bochecha como um carinho contido que foi o suficiente para fazer Macarena fechar os olhos para aproveitar melhor, apenas esperando pelo próximo passo óbvio. Seu olhar caiu sobre os lábios rosados e tão macios quanto conseguia se lembrar, sentia uma repentina vontade de prová-los como havia feito anteriormente, apenas deixando que se conectassem sem qualquer pressa. Zulema ainda não havia aprendido a lidar com aquele conflito interno, onde uma parte sua se esforçava para não se permitir ceder a uma situação na qual sabia que inevitavelmente se arrependeria no futuro, enquanto uma outra parte ainda maior parecia pedir por aquele contato. Algo no meio daquela confusão pareceu fazê-la travar, não completando de fato o que havia começado.