Por onde começamos?

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Era engraçado andar com Lando e Carlos, já que os assuntos nunca eram repetitivos, sempre tinha uma fofoca envolvida e muita falação de carros, não podemos esquecer de falar que eles falavam sobre a vida um do outro sempre condenando-se.

— Vamos nos ver quando?— Lando para em frente ao hotel. E vejo pelo retrovisor Carlos descer de seu carro.

— Se você não tirar esse óculos, nunca mais.— Digo e ameaço abrir a porta.

— Ei, parou! Meu óculos é lindo e caro, igual eu.— Ele arruma o óculos vermelho em seu rosto.

— Eu não pagaria nem um centavo nisso.— Ele tira o óculos e esfrega seus olhos, que estavam vermelhos.— Não dormiu bem?

— Não muito.— Ele sorri.— Vai ficar no Brasil até quando? Te teremos na Austrália?

— Sim, provavelmente sim. Meu pai esta doente, então vou ficar com ele esse tempo e prometo estar com o Liam pelo resto da temporada.— começo a procurar algum espelho no carro porém desisto por preguiça de tocar nas coisas.

— Seu irmão tem sorte. Você é um amuleto... Bom a propósito, foi ótimo ter você nessa corrida e foi ótimo também te conhecer, ter compartilhar um pouquinho do meu tempo contigo, obrigado por me fazer seu amigo.— Ele diz rápido e se estica para abrir minha porta.

— Gostaria de te da um abraço, que não ficasse estranho por estarmos dentro do carro a um tempo considerável, porém acho que estou atrasada e é bem provável que Liam esteja virando um touro lá em cima.— Dou um sorriso leve  e Lando faz o mesmo e abre sua porta.

— Que não seja por isso.— Ele desce e eu faço o mesmo. — Vou te deixar lá em cima, tô com tempo, e qualquer último momento contigo vale a pena.

— Para de falar assim, parece que vou morrer.— Ele me estica a mão e fecha a porta do carro, entrelaçando meu braço com o dele.— Isso é muito estranho.

— Que nada!— Ele ri enquanto subimos os degraus e passamos pela recepção.

Ao entrar no elevador, Lando começa a contar como havia perdido sua blusa preferida, que a propósito era a que ele havia usado na festa que nos conhecemos. E ao abrir a porta Rebecca a esperava abrir junto a Carlos que mexia em seu telefone enquanto estava rodeado de malas, ela me fuzilava com os olhos, enquanto Lando continuava a contar sua história e me arrastava para sair do elevador.

— Já vai?— Pergunta a Carlos que murmura "uhum" e Lando bufa com a resposta.— Boa sorte, quer dizer boa viagem amigo querido do meu coração, eu te amo Carlitos, ela talvez não.— Ele aponta pra mim e eu reviro os olho batendo em sua mão.— Mas nós desejamos que tenha uma boa viagem.— A porta do elevador se fecha enquanto Carlos apenas balançava a mão dando tchau.—Ao lado dessa alienígena, eu duvido muito que ele consiga dormir... Reparou nas suas olheiras? Ele com certeza não prega os olhos a semanas, talvez com medo de dormir e acorda olhando para ela. No lugar dele eu teria medo.

— Para com isso! Eu em oque você tem contra a moça, ela é linda e gente boa?...— faço uma careta, com certeza não concordo com isso.—Ela é gente boa!

— Ata! Onde já si viu modelos serem gente boas?— ao franzir minhas sobrancelhas ele percebe oque havia dito e volta dizendo.— Você não, você é gente boa... A propósito se não for confortável responder quantos anos você tem, parece ser mais velha que eu, mas ao mesmo tempo mais nova.

— vinte e três porém beirando o 4 já que faço dia 4 de abril.— Ele se espanta e fica em silêncio por um tempo até chegarmos ao meu quarto.

— Quanto 4... Sabia que não era tanto assim, sou mais velho oque me tranquiliza, ainda sim logo teremos a mesma idade.— Ele respira fundo e dá dois toques na porta.— Por enquanto.

At Hing Speed- Carlos SainzOnde histórias criam vida. Descubra agora