O meu lugar

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— Boa noite.— Digo ao senhorzinho que regava as suas flores em frente a recepção do prédio. Seu sorriso gentil poderia fale mil palavras.

Entro no elevador lendo algumas mensagens da agência, pareciam nervosos, já que uma das modos havia torcido o pé e a sua substituta estava sumida a semanas e aparentemente fugia do compromisso, e por falta de garotas para fazer um ensaio semi nua, eles me mandavam mensagem loucamente, me oferecendo uma grana maior que o cachê oferecido.
Eu até poderia aceitar, mas não pegaria bem no final.

Meu celular começa a tremer, e meu toque irritante me assusta. Era Liam.

— Tá em casa?— Sua voz não parecia muito legal, talvez tenha ficado doente. Porém algo me cheirava estranho. Sua voz além de rouca parecia nervosa, ele com certeza estava impaciente com algo.

— O que aconteceu?— Pergunto e a porta do elevador se abre.

— Preciso que você ache a chave da McLaren e entregue ao Sainz.— Aquilo me deixou curiosa.

— Pro Sainz? Porque?— paro enfrente a porta e vejo as luzes ligadas, talvez as tenha esquecido ligadas.

— Sainz irá entregar o carro para uma pessoa, não quero te meter nisso. Por isso estou mandando o recado por ele.— Seu nervosismo me assustava.

— Porque está nervoso? O que tá acontecendo? Liam!— Ele desliga o telefone, e meu coração aperta. Não tá tudo bem.

Abro a porta da casa e as luzes antes ligadas não estavam mais. O pequeno Connor vem da cozinha correndo até mim, parecia animado em me ver. Eu o pego no colo e tiro minhas sandálias, as jogando no canto ao lado do vaso de planta.
Com ele em meus braços vou caminhando até o interruptor e ligo as luzes.

— Até que enfim chegou.— O Moreno aparece vestido em um avental, me tirando um susto enorme.

— Porque diabos você está aqui?— Connor lambia meu rosto animado, balançando desesperado seu rabinho felpudo.

Carlos tira o avental e o põe em cima do balcão e vem até mim, pegando o pequeno dos meus braços de jeito desengonçado, e aparentemente Connor havia adorado sua nova companheira.

— Comprei alguns presentinhos pra ele...— Ele girava o pequeno cachorro, mostrando sua coleira de passeio nova, junto a uma coleira com seu nome gravado.

— Gentil da sua parte.— Não dou atenção, já que sentia um cheiro doce e maravilhoso vindo da cozinha, e vou até lá.

— Ah, fiz panquecas, não sei se gosta. Mas se não gostar sobra mais pra mim.— Ele vem atrás de mim segurando o pequeno cachorro que se escondia em seus braços.

— Gosto.— Me viro para ele, cruzando meus braços e o encarando sem pudor.— Porque Liam me mandou te entregar a chave do seu carro preferido, para VOCÊ entregá-la a alguém que sequer disse o nome? Não minta.

— Como?— Ele ria nervoso.— Não sei do que está falando.— Ele solta Connor cuidadosamente no chão, e o pequeno corre até sua casinha no fim do corredor pegando um brinquedo que possivelmente teria ganhado de Carlos.

— Você sabe sim, para de se fazer...Fala logo.— Ele põe um pouco mais de massa na frigideira.

— Se fosse algo da sua conta ele teria te contado...— Ele espera um pouco e vira a panqueca.— Não é mesmo.

— Apenas responda, não contorne a situação! Ele tá estranho e isso está me deixando impaciente.— Ele fica quieto, e retira a paciência pondo o no prato junto às outras.— RESPONDA!

— Ele também não me disse nada garota!— Ele se altera.

— E você vai fazer a tal entrega sem ao menos saber o seu motivo? Porque aceitou? Ou melhor, porque ele não contou?— Chego perto do homem. Que colocava a frigideira e os utensílios utilizados dentro do lava louça.

At Hing Speed- Carlos SainzOnde histórias criam vida. Descubra agora