A boate está lotada, vibrando com a energia intensa de uma festa exclusiva. As luzes neon dançam ao ritmo da música eletrônica que ecoa pelas paredes escuras do clube. O ar é carregado de perfumes caros e o brilho das joias reluz sob as luzes, enquanto risadas e conversas se misturam ao som pulsante. No canto VIP, há grupos de pilotos rindo e brindando, alguns dançando perto da pista iluminada.
Eu estava junto a Artur, encostada no balcão do bar, bebendo bebida colorida, ele ao meu lado decidiu apostar no óbvio, um bom drink de limão sem muito "fru-fru". Conversávamos de tudo um pouco, nossos pensamentos distantes um do outro, e a formas que enxergarmos as coisas era ainda mais distinta.
De repente, durante nosso papo, ele perguntava coisas óbvias, quase como um bate e volta. Perguntávamos a cor favorita um do outro e discutíamos sobre o nossos temperamentos, oque era engraçado, já que sempre que falava que as pessoas normalmente me odiavam ele ria e descordava completamente.Uma voz logo ao meu lado me chama atenção. Me viro, vendo Carlos encostado no balcão esperando a bebida que havia acabado de pedir. Ele estava quieto, e eu não me importei tanto com sua presença, e continue minha conversa agradável com o Leclerc mais novo.
A bebida estava demorando um pouco e seus sopros frustrados por conta da demora tirava minha concentração.
Ao longe Charles passa acenando, e logo em seguida chama o irmão, que põe o copo ao meu lado de forma que me desse a certeza que ele iria voltar.Ele suspirou uma última vez, até que eu começa-se realmente a ficar incomodada com aquilo.
Há uma tensão palpável entre nós dois agora, já que ele bufava incansavelmente e eu me estressava a cada movimento brusco feito por ele.— Algo de errado?— Quebro o silêncio entre nós assim que chego em meu limite, porém não perco o controle.
— Não.— Sainz me responde sem dar importância para minha presença.
— Então teria como ficar quieto, ou ao menos parar de bufar aqui ao meu lado. Está parecendo um cavalo raivoso.— Seus olhos se virar para mim em um olhar nada contente, e logo entendo que meu comentário que era para ser descontraído, apenas para dar um ar mais divertido, não havia chegado de tal maneira até ele.
— Para você levar um coice falta pouco.— Ele me responde ironicamente, tirando a minha certeza que ele havia ficado bravo com o comentário, assim demonstrando que entendeu a brincadeira.
as palavras que trocam logo se transformam em um desentendimento sutil. Ele faz um comentário provocativo, algo sobre eu sempre estar à sombra do meu irmão, e que me importo muito com os problemas dele, o que me faz levantar a sobrancelha, respondendo com ironia sobre o fato de ele estar sempre sob os holofotes e precisar de toda aquela atenção. As palavras são afiadas, mas há um brilho nos olhos dele que eu não podia ignorar.
Enfim a bebida dele chega, um Martini caprichado. O garçom se desculpa pela demora, e Carlos já parecia estar mais confortável, assim apenas agradecendo e ignorando o fato.
— Você parece gostar de aparecer, não é? — O provoco. Um sorriso quase imperceptível nos lábios aparecem enquanto toma um gole de sua bebida.
Ele inclina a cabeça para o lado, cruzando os braços com um sorriso de canto, claramente gostando da troca.
— E você parece gostar de provocar — ele rebate, sua voz baixa o suficiente para que só eu pudesse a ouvir, claramente desafiador.
O tom de voz começa a suavizar, mas a tensão permanece. A discussão perde a força, mas a energia entre nós apenas cresce. Ele se aproxima um pouco mais, os olhos nunca deixando os meus, e aquilo me irrita levemente. A música alta disfarça o som das palavras que agora saem de seus lábios de forma quase casual, mas carregadas de um subtexto que ambos entendem.
— Cuidado, você pode se machucar jogando desse jeito — ele diz, com um sorriso astuto, a voz carregada de duplo sentido.
Ela o encara, os lábios curvando-se em um sorriso igualmente desafiador.
— Eu sei exatamente como jogar — O respondo, dando um passo para mais perto.
— Vamos parar com isso.— Aquele ar estranho que se foi formado se expande quase parando de existir. Eu recuo vendo Arthur se juntar novamente a nós.
— Estão conversando faz muito tempo? Desculpa a demora, Charles precisava que eu o ajudasse.— Ele passa o braço por trás de mim pegando o copo no balcão.
— Não muito, já estou de saída, divirtam-se.— O sorriso cínico que Sainz deixa escapar me enche de raiva, e eu sequer entendo o porquê de me irritar com coisas tão fúteis.
— Nos vemos depois?— Ainda o provocando pergunto, enquanto ele caminhava devagar se afastando. Ele se vira jugando o cabelo de lado e nos olhando sobre os ombros.
— Não.— Ele diz sorrindo e eu reviro os olhos ignorando sua ironia.
— Como assim?— Arthur me olha engraçado, talvez enciumado.
— Vim com ele ou seja preciso o levar de volta.— Joguei qualquer papo furado afinal não tinha um porquê era apenas brincadeira boba.
— Ah claro.— Ele parecia um pouco incomodado, mas nada de mais.
— Oque acha de irmos para outro lugar? Aqui está ficando muito quente e o tumulto só aumenta.— Sua sobrancelha se arqueia conforme eu falava. Assim terminando de tomar sua bebida ele inclina a cabeça indicando para o seguir.
— Ei!— Um puxão em meu braço me assusta, logo Lando me agarra, segurando em meus ombros.— Vai pra onde?
— Estou indo dar uma volta.— Digo simples tentando me soltar gentilmente dele.
— Onde é o after?— Em seus lábios se abre um sorriso esplêndido, enorme e engraçado, me tirando uma risada.
— Não sei! Mas quando você descobrir me diz!— Grito para ele enquanto me afastava.
A música alta e vibrante preenchia o ambiente da festa, enquanto luzes coloridas dançavam pelas paredes e pelo chão. No meio da pista de dança, a música volta a ser impressionantemente boa, e tomo essa oportunidade para me jogar, vendo Alex dançar e me chamar para ir junto a ela. Sem trocar muitas palavras, eu e Arthur nos juntamos ao seu irmão e sua cunhada. Eu e ele começamos a nós mover ao ritmo da música, nossos corpos se aproximando cada vez mais.
A princípio, era apenas uma dança casual, mas logo o clima começou a mudar. Os olhares trocados se tornaram mais intensos, e a proximidade entre nós aumentou. Eu sentia uma mistura de excitação e nervosismo, enquanto o loiro parecia igualmente envolvido naquele momento.
De longe, era possível ver o cabelo brilhante e preto se aproximando, acompanhado dos olhos mais desbravadores do ambiente que observava a cena. Seus olhos seguiam cada movimento feito por Arthur, uma expressão indecifrável em seu rosto. A presença dele adicionava uma tensão sutil ao ambiente, algo que a era impossível de ignorar completamente.
Carlos se junta a nós, acompanhado de Rebecca, que não parecia muito feliz dês estar ali, já que repetia diversas vezes que gostaria de ir embora, porém Carlos a forçava socializar, e tentava ao máximo a alegrar, talvez querendo igualar à energia, já que o clima foi "quebrado" assim que ele chegou.
Apesar disso, eu tentava me concentrar no rapaz à minha frente, deixando-me levar pela música e pelo momento. A dança continuava, e a conexão entre nós se tornava mais intensa, enquanto o observador distante permanecia uma sombra inquietante na periferia de sua visão.
Ele tentava chamar atenção de Rebecca a chamando pra dançar, mesmo ela estando sem ânimo, ela tentava se soltar, sacudindo o quadril de um lado para o outro em uma dança inquietante dos seus braços finos.
E não demorou muito para que eu e Arthur sumíssemos dali.
Do camarote onde estávamos, tínhamos a visão perfeita do seu irmão e de quem estava próximo, e era óbvio que la de baixo conseguiam ver oque acontecia lá em cima, tanto que os olhos de Carlos perfuravam o vidro duplo.
Enquanto eu e Arthur nos divertimos somente entre nós dois.
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At Hing Speed- Carlos Sainz
Fanfiction✸❝Carlos Sainz, um piloto de Fórmula 1 espanhol, vive para a velocidade. Criado apenas para as pistas, Sainz, não é lá a melhor pessoa para se dar um 𝐍𝐚̃𝐨❞ ✸❝ Isa Martini, uma das modelos mais caras de toda a América Latina, conhecida por sua bel...