Segredo do Liam

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CARLOS SAINZ

Ainda discutíamos sobre ela ir deixar o carro, não seria legal, Liam havia dito que era para ir sozinho, e eu sequer havia entendido já que ele me ligou enquanto eu estava no parque junto a Connor, e ele nunca havia sequer mandado mensagem.

Se conversei com Liam 2 vezes foi muito, e se conversássemos por mais de 5 minutos, começaríamos a nos estranhar e logo mais brigaríamos como crianças.
É isso com toda certeza é estranho.

— Eu vou Carlos, ponto e acabou, pega logo a droga dessa chave!— Ela pega um das chaves em uma grande gaveta na sala de convivência, e a imprensa contra meu peito.

Seu vestido verde curto grudado em seu corpo tinha um movimento inexplicável enquanto ela caminhava, mas pelo visto ela não havia gostado por eu estar olhando para ela, então desceu as escadas descendo o vestido, porém ele não a ajudava muito.
Seu salto branco da Disel quebrava os tons escuros, e ela aceitou no final ir com o casaco branco.

Ela esperava por mim enfrente a porta, segurando o filhote marrom em seus braços, que se animou quando me viu descer as escadas.

— Fica... Isa por favor.— Paro em sua frente, a olhava de cima, seu rosto nada amigável me repreendia a cada palavra.— Não quero mais confusões com seu irmão, ele está confiando em mim, e disse em todas as palavras NÃO QUERO ELA LÁ. Porfavor, tô a um tempão tentando me reconciliar.

— Ô um foda-se bem grande pra sua vontade de se aproximar.— Ela diz seria e abre a porta.— Entenda ninguém esconde nada de mim, e se por acaso você sair dessa casa com aquele carro, tenha a certeza que estarei logo atrás de você, e não adiantará nada acelera o máximo, porque a única coisa que eu não tenho medo é de velocidade, a morte é só uma consequência.— Sorriu com suas palavras, mas ela não estava muito para sorrisinho e brincadeiras.

— Vamo lá, me dá essa chave aqui.— Pego a chave da casa da sua mão e fecho a porta. Ela apenas acompanhava com os olhos, nada contente com oque estava fazendo.

— Oque você pensa que está fazendo?— Ela solta o cachorro e cruza os braços, seus olhos me perfuravam enquanto eu guardava a chave em meu bolso.

— Que tal você subir, contar até 3 se acalmar e eu te levo.— Termino e ela começa a rir. Sua risada sarcástica me fazem revirar os olhos.

— Olha aqui, ou você me leva ou quem vai ficar trancado aqui é você, e eu vou por conta própria.— Ela abre a bolsa tirando meu celular, me fazendo ficar desacreditado, já que até poucos minutos ele estava em meu bolso.

— Como?— Eu tento pegar da sua mão, mas ela o esconde em suas costas.

— A senha.— Ela estica a mão livre, e eu dou risada.

— Você tá de brincadeira.— Reviro os olhos vendo que não ganharia dela nunca da forma que estava.— Vamo lá, entenda cariño, No pude llevarte, por favor entiende.— Ela coloca o telefone em frente ao meu rosto e ao vê-lo desbloquear entro em desespero, ela sai correndo com seus salto, me tirando uma risada.

Vou correndo atrás dela, ouvindo sua risada contagiante, me fazendo rir também.
— Bom, é pertinho daqui... Quem é Liana? Marrie? Andy? Claudia de Angeles? Rose? Nossa cheio dos contatos.— Bato na porta devagar, esperando sua boa vontade. E ao perceber que ela havia se trancado no quarto de jogos, lembro que a chave estava em meu bolso, e que se eu quisesse era só sair, porém queria render aquilo mais um pouquinho, então tiro a chave do bolso e a balanço.—Não!

Ela abre a porta de uma vez e passa por mim, porém seguro seu braço antes que ela pudesse começar a correr, e tiro meu celular de suas mãos.
— Você... Não... Irá... a lugar nenhum.— Falo pausadamente.

E ela dá um passo à frente ficando muito perto de mim.— Quem é você?

— Me diga você, quem você pensa que eu sou?— Seus olhos flamejantes atravessam os meus, e era quase impossível não a beija-lá.

— Um ninguém.— Ela lê meus pensamentos, saciando minha vontade de grudar em seus lábios avermelhados. Ela me puxa para ela, enquanto dava alguns passos para trás batendo contra a parede atrás dela, e eu a prendo contra a parede, enquanto seus dedos passeavam pelo meu pescoço me arrancando leves arrepios.

— Não faz isso comigo.— Digo entre o beijo, e seu sorriso radiante aparece, me pegando de surpresa.— Não foi você que disse que não ficaríamos nunca mais?

— Uma erro não mata ninguém.— Ela me beija e eu retribuo.

— Eu não erro.— Me afasto dela e ela ri, mas minha brincadeira dura pouco, já que suas garras encostaram com minhas costas e ela me abraça.

— Mas eu sim, então você é obrigado a errar.— Suas mãos me arranhavam por baixo da camiseta azul, e eu já não podia mais me fazer de difícil, seus lábios gritavam meu nome sem ao menos sair um som.

— Você que manda.— A puxo de uma vez pela as pernas a pondo em meu colo e a levo até o sofá. Não  tinha vontade nenhuma de levar isso pra frente e eu tinha total certeza que não passaria de beijos, ela com certeza não tinha energia suficiente para fazer algo mais.

Seus olhos caiam sobre a escuridão, se enchendo de desejo, seu semblante mudava drasticamente quando ela estava assim, e eu adorava vê-la de tal forma.
E dessa vez sem beijos no pescoço nem nada do tipo, eu poderia passar o dia perdido somente em sua boca macia.

Nosso momento é interrompido pelo meu toque de celular, ele tremia em meu bolso, e eu paro para poder atender, e era Liam.

— O que diabos está fazendo?— Sua voz estridente me deixa automaticamente nervoso.

— To na sua casa.— Ele ri do outro lado da chamada e Isa se desvincula dos meus braços, saindo do sofá, e eu caio sobre o sofá odiando a interrupção.

— Eu sei, tenho câmeras.— Olho em volta assustado, vendo a câmera na minha frente ligada.

— Porra.— Digo e ele fica quieto.

— Porque está deitado? Não deveria está com a chave?— Aquilo me alivia, sua voz não parecia alterada, pelo visto ela poderia ter ligado a câmera agora e não viu nada, isso me deixava por uma lado tranquilo, porém quem me garante que ele apenas não estivesse fingindo naturalidade.

— Ah, eu tô com a chave. To só esperando a moça me deixar em paz, para que eu possa pegar o carro.— Digo e escuto sua risada no fundo junto da de Max e de Daniel, o que me deixa curioso.

— Ela quer ir né?— Olho para ela que me esperava quietinha ao lado da porta enquanto acariciava o cachorrinho.

— Quer.— Sorrio bobo, vendo ela rindo das palhaçadas do pequeno, e ao perceber paro, abominando minha ação.

— Ótimo.— Ele desliga me deixando sem entender.

— Vamos.— Me levanto e arrumo minha roupa, que estava bagunçada.

— Então vai me levar?— Ela levanta, seu sorriso me tira um pequeno sorrisinho de canto.

— Você não me deixará ir sem que eu te leve, então... Mas deixa ele.— Seus olhos caem sobre o Connor que caminhava até sua caminha em baixo do interfone.— Viu só, ele só quer dormir, não iremos demorar.— Tiro a chave do bolso e abro a porta de entrada, e ela sai primeiro.

At Hing Speed- Carlos SainzOnde histórias criam vida. Descubra agora