Ganharei oque com isso?

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O calor da discussão ainda pairava no ar, as palavras afiadas viraram nada mais que um vazio no silêncio tenso.

Sua mão tocou mais uma vez meu rosto com uma firmeza inesperada, mas não agressiva, apenas determinada. Antes que eu pudesse processar, ele me puxou para mais perto, seus olhos escuros fixos nos meus, e em um instante tudo ao nosso redor se dissolveu.

Seus lábios encontraram os meus com urgência, uma mistura de raiva e desejo, como se aquele beijo fosse a única maneira de colocar um ponto final na briga, de acalmar a tempestade que havia entre nós. O beijo era quente, intenso, suas mãos se movendo para a base do meu pescoço, enquanto meu corpo, traidor, se inclinava em direção ao dele.

Por um breve momento, meu instinto foi resistir, mas a energia entre nós era magnética, impossível de ignorar. A raiva, a tensão, a frustração — tudo isso parecia dissolver-se na intensidade daquele contato. Meus dedos se agarraram à camisa dele, como se precisasse de algo para me ancorar naquele turbilhão de sensações.

O beijo era tudo o que nossas palavras não conseguiram ser: direto, sem barreiras, sem jogos. Seus lábios moviam-se com uma precisão que conhecia exatamente o que estava fazendo, e quando ele aprofundou o beijo, era como se todo o ar tivesse sido arrancado dos meus pulmões.

Eu deveria me afastar. Repreendê-lo. Mas, naquele momento, não consegui.

—Es extremadamente fragante... ¿Y qué pasa con esa ropa? Me gustaría saber cómo es sin ella. — Dou uma risada nasal, enquanto sentia sua outra mãos passar encima da alça do meu vestido.

— Odiaría terminar con tus sueños, pero no lo verás. No tan pronto Cabrón.— Ele levanta a cabeça, enquanto seus olhos desejavam meus lábios e os meus os dele. algo que não conseguia ignorar. Carlos me olhava com uma intensidade que queimava, e cada centímetro da distância entre nós parecia eletrificado.

— Farei você mudar de ideia.— Sua voz mansa atravessava minha alma e fazia todos meus pelos arrepiarem. Suas mãos com um movimento só me puxão e ele me põe em seu colo, e voltamos a nos beijar como se não houvesse amanhã.

— Porque estamos fazendo isso?— Pergunto entre os beijos, e ele sequer responde. Concentrado em aonde suas mãos percorriam, elas desciam até a barra do meu vestido, e antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, elas adentram. As mãos geladas dele, entram em contato com a pele quente debaixo do vestido, enquanto massageava devagar, me arrancando a força um grunhido baixo e rente ao seu ouvido.

Sua mão sobe novamente para meu pescoço, e ele encosta sua boca ao lado do meu ouvido, falando baixinho.— Tinha que arrumar um jeito de acabar com isso, e esse foi o melhor que encontrei. — Seus lábios roçavam levemente contra meu pescoço, então ele volta a beijar meu pescoço, descendo para meu ombro conforme eu me arrumava, levantando a cabeça. A mão desce de encontro com a outra que permanecia no mesmo lugar.

— E porque achou que isso seria uma boa ideia.— Digo com a voz mansa enquanto tentava descer o vestido.

— Porque se trata de você, e qualquer ideia basta, quanto menos elaborada melhor.— Ele me puxa para perto novamente.

Eu sequer me seguro. Coloquei minhas mãos sobre seu rosto. Podia ver seus olhos escurecerem, parecia até que estava relutante quanto aos seus pensamentos, talvez esperasse por isso a um tempo. a pupila dilatada tremia enquanto observava cada detalhe do meu rosto, me tirando um sorriso vitorioso.

Me inclino lentamente, uma de suas mãos foi para minha nuca e passou para o cabelo, dando uma leve puxada, e minha mão subia curiosa pelo seu peitoral, e ao chegar em seu pescoço, deslizava gentilmente minhas unhas não tão longas mais o suficiente para deixar a marca.

At Hing Speed- Carlos SainzOnde histórias criam vida. Descubra agora