Tentando manter a calma e não surtar com Akainu diante de mim, desligo o chuveiro.
Calma, S/n, você tá chapada e tá alucinando.
Respira.
Me enrolo na toalha e saio rapidamente do banheiro em direção ao meu quarto. É o lugar mais seguro que eu consigo pensar para passar por isso.
Merda. A noite vai ser longa.
Eu já não sei precisar há quanto tempo estou alucinando.
Será que o banho estava extremamente bom por isso?
Não sei nem sei vou conseguir fazer bom uso da minha fruta. E se em vez de me silenciar, eu aumentar o volume em proporções gigantescas por engano?
O terror me invade quando vejo um Akainu nervoso na minha frente.
Me encolho em resposta, de medo.
_ Quantas vezes vou ter que te falar pra não passar as noites fora? Isso não é coisa que a filha de um Capitão da Marinha faz! – ele grita.
Estou adolescente de novo, nos meus jeans favoritos, as unhas escuras, ouvindo seus gritos enquanto olho para o chão.
_ Está de castigo! E pode esquecer sua vida boa! Você vai se alistar na Marinha assim que fizer 18!
Sinto uma raiva misturada com medo se corroerem dentro de mim e as lágrimas rolarem em meu rosto. Que humilhação. Muita humilhação.
Então ele me levanta, me pegando pelo braço e me tranca em meu quarto.
_ Só vai sair quando eu deixar, nem que eu tenha que te prender o resto da vida!
Batendo a porta atrás de mim, eu forço a trava da janela e pulo por ela.
Me vejo em outro cômodo. Diante de mim está minha mãe doente, sentada em sua poltrona perto à lareira.
Estou com 10 anos.
_ Mãe!
A raiva dá lugar a saudade então eu choro me jogando em seu colo.
Ela passa a mão por meus cabelos.
_ Oh, S/n. Me promete que você vai encontrar nossa história. É muito importante que você saiba sua origem – ela me diz tirando o medalhão de seu pescoço e entregando para mim.
Eu aperto o colo de minha mãe quando ela me mostra o velho caderno de bordo com o símbolo do sol. Akainu entra na sala e ela joga o caderno no fogo, no desespero.
_ NÃO! – grito.
Vou até a lareira a ponto de colocar a mão no fogo para salvar o caderno, mas Akainu me puxa para longe e começa a gritar para eu sair dali.
Saio pela porta aos prantos e entro numa cabana. Está frio. Muito frio.
A luz se ajusta aos meus olhos e vejo Zoro e Hiyori juntos, com os corpos entrelaçados, dormindo seminus.
_ Não, por favor, aqui de novo não! – eu choramingo.
Saio correndo pela porta onde entrei me esforçando pra não olhar para frente, mas bato em alguém e caio no chão.
Zoro me estende a mão e eu começo a chorar compulsivamente, sendo engolida pela minha própria tristeza.
_ Sai da minha cabeça, porra! Me deixa em paz! Eu quero esquecer que você existe!
Visceralmente abraço meus joelhos e deixo sair um longo choro, dando urros de dor.
O choro dá lugar à soluços.
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Imagine - One Piece
FanfictionVocê trabalha para o Governo Mundial e conhece os Chapéus de Palha em uma missão. Não esperava se encantar pelo bando e jamais imaginaria que se juntaria a eles para ir atrás do seu sonho. Seu pai é um almirante da Marinha, você tem um passado com Z...