Benjamin, o garoto silencioso que esconde um trauma da sua família. Ben, como é chamado pelos mais íntimos, sente que não Pode amar, e muito menos ser amado Por Alguém! Liliana, que possui uma doença rara do coração, mostrará que o amor é muito mais...
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Eu não existia mais em próprio corpo. acho que não ouvir muito bem o que a sua boca me dizia. eu estava em completo choque com o que eu ouvir. Porque eu me sentia tão culpada quando não percebi o seu pedido de socorro? Isso não só o quebrou, como o matou completamente por dentro.
Como ele pôde suportar toda essa angústia calado por tanto tempo. Ele era apenas uma criança, e mesmo assim, se não fosse uma, ninguém merecia passar por isso nem nos seus piores pesadelos.
Deus, isso é tão cruel que chega a me despedaçar por dentro. E eu só posso imaginar como ele suportou tudo isso estando sozinho quando se permitiu que outro alguém soubesse.
Arrancar algo de você com total crueldade levando a sua inocência, é tão Maldito que não tenho nome para expressar o que isso seja.
Passava as mãos sobre o seu cabelo grosso e macio, ainda estando na minha própria bolha, fazia com que o seu sono sobre o meu colo se tornasse algo que poderia lhe salvar. Eu me sentia tão inútil quando não podia fazer nada a respeito ou até mesmo tirar a sua dor.
Como um ser humano pode fazer isso com outro ser, e esse ser, ser pequeno por estar curioso sobre a vida.
Deixei os seus cabelos e comecei a chorar tampando a boca para abafar o choro que doía dentro de mim, Mateo olhava do retrovisor do seu banco, enquanto Benjamim dormia no meu colo estando completamente fora de si.
Tentava fazer com o quê o meu corpo não mostrasse o quanto isso me afetou, Mas era inevitável, completamente um desastre quando estou derramando as lágrimas. o meu corpo tremia, ainda sentia o olhar do Mateo sobre o retrovisor, ele não questionava, apenas parou o carro esperando que eu me acalmasse, o que não está acontecendo.
— Li.— Mateo disse, enquanto a chuva caia lá fora. eu via os pingos descendo pelo vidro. tampei a boca com as costas da mão.
Trouxe os meus olhos para Benjamim, que ainda dormia profundamente estando com a cabeça sobre o meu colo. alisei os seus cabelos negros mais uma vez, ele permanece no seu sono, provavelmente pedindo que tudo desaparecesse por completo.
Alisava os seus fios como se ele fosse uma criança que precisasse de todo amor e carinho. as lágrimas desciam pelo meu nariz, fungava evitando que elas caíssem sobre o seu cabelo.
— Os meus tios sabem?— Mateo tornou a perguntar.
Neguei ainda com os olhos sobre Ben.
— Não acha melhor que eles estejam cientes?— levantei o meu rosto para o seu.
Limpei as lágrimas me recompondo ou até mesmo tentando quando estava abalada o suficiente para não raciocinar muito bem.
— Eu não sei.. eu simplesmente não sei o que devo fazer, Mateo!— disse olhando para o retrovisor.
