- Ciúmes -

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pov: Jude Bellingham, 13.08.2023
Madrid, 🇪🇸

São agora 08:20h e decido levantar-me para preparar o pequeno almoço para a Camille. Levanto-me com cuidado para não a acordar.

Passaram-se 15 minutos e já tenho o pequeno-almoço finalmente pronto. Volto a ir para o quarto para a acordar.

- Bom dia, Cami. - digo, depois de pousar o tabuleiro na cama e lhe dar um beijo na testa.

Ela abre os olhos e sorri.

- Bom dia. - diz, ajeitando o cabelo. - Acordaste cedo para fazer o pequeno almoço?

- Por ti, é o mínimo. - sento-me ao seu lado.

Tivemos algum tempo a falar sobre o jogo de ontem.

- Como está o teu pé? - pergunta, acariciando-me a coxa.

- Está melhor, já não sinto dor. - respondo.

- Queres que te faça uma massagem às pernas para aliviar o cansaço?

- Não sabia que namorar com uma fisioterapeuta seria tão benéfico. - digo de modo sarcástico.

- Não namoramos, Jude. Não fui pedida em namoro. - diz, levantando-se para ir buscar um creme. Limito-me a rir.

Sem dúvida que a massagem dela me deixou bastante melhor. Dava tudo para passar todos os dias assim. Talvez quando vivermos juntos.

Depois disso, levantamo-nos e vestimos algo prático para irmos jogar tennis.

- Gostas? - pergunta ela, depois de encontrar uma saia que era da minha mãe jogar tennis quando era mais nova.

- Acho que a minha mãe iria adorar ver que essa saia ganhou vida outra vez.

[...]

São 13:15h e eu já pedi à Nora que nos preparasse algo para o almoço. Enquanto isso, eu e a Camille fomos jogar tennis.

- Não acredito. - digo. - Já me ganhaste duas vezes seguidas!

- Acho que vou abandonar o futebol para me dedicar ao tennis. - diz ela, aproximando-se de mim.

Damos um pequeno beijo sobre a rede do campo.

[...]

- Estava tudo ótimo, Nora. Obrigada! - diz a Camille.

- Podemos, por favor, ver Peaky Blinders? Prometo que vais adorar. - peço.

- Se achar uma seca mudas.

- Combinado! - ponho a mão à volta do pescoço dela e vamos para a sala.

Passamos grande parte da tarde a ver a série. Creio que ela gostou. Faz-me imensas perguntas sobre, mas é óbvio que não respondo para a obrigar a ver até ao fim.

- Preciso de ir à casa de banho, podes pausar isso, por favor?

- Claro que sim! Fico aqui à tua espera.

Pauso a série e vejo-a sair do sofá. Nunca achei que algo assim pudesse me acontecer. Se há um mês atrás, me dissessem que teria a Camille Cartier a ver Peaky Blinders em minha casa, mais especificamente deitada ao meu lado, eu não teria acreditado.

Ouço várias notificações do telefone da Camille e penso que seja algo importante.

Será que está tudo bem?

Pego no telefone para lhe ir entregar, quando vejo as seguintes mensagens.

Pego no telefone para lhe ir entregar, quando vejo as seguintes mensagens

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"Como da última vez"?

Como assim da última vez? Ela não me tinha contado que tinha ido jantar com o Martin.

Decido pousar o telemóvel no mesmo lugar onde estava e fecho a cara, não suporto que me escondam coisas, ainda para mais relacionadas com pessoas que não tolero.

- Desculpa a demora. - disse Camille voltando.

Não digo nada, não consigo dizer nada.

- Está tudo bem?

- Sim.

- O que se passa, Jude? - pergunta, preocupada. - Aconteceu alguma coisa?

- Nada. - disse simplesmente. - O teu telefone tocou.

Assim que o disse, Camille pegou rapidamente no telemóvel e viu as mensagens de Martin.

- Estiveste a mexer no meu telemóvel? - pergunta séria.

- Fiquei preocupado. Foram quatro notificações seguidas. Podiam ser os teus pais, podia ser a Hailey. Pensei que fosse algo de facto importante, Camille. Mas tive de me deparar com as mensagem desse idiota.

- Não entendo todo o teu stress com o Martin. Sempre que nos encontramos é para resolver coisa de trabalho.

- Porque não me disseste que foste jantar com ele?

- Mais uma vez, era trabalho! E para além disso decidiste convidar-me para conhecer a tua família nesse dia! O jantar foi tão irrelevante que me esqueci por completo.

- Camille, ele quer alguma coisa contigo, é nítido. Irrita-me a proximidade que ele tenta ter contigo. - apoio os cotovelos nos joelhos.

- Estás a criar cenários que não existem na tua cabeça.

- Não estou. E tu sabes! Não sei porque é que negas. - digo.

- Porque aquilo que estás a dizer não tem cabimento nenhum, Jude. Além disso não percebo o porquê de estares tão incomodado.

- Como não? Literalmente disse que te amava, Camille, lembraste disso?

- Jude, eu e o Martin não temos nada. Somos apenas colegas de trabalho.

- Ok, então vou começar a agir assim com a Mercedes.

Que raio acabei de dizer? Sinto a raiva nos olhos dela depois de dizer aquilo.

Vejo-a simplesmente a subir as escadas e ir em direção ao quarto. Permaneço sentado no sofá, acho que esta discussão já tomou rumos que não deveria ter tomado.

- Vou embora, Jude.

- Camille... - digo, levantando-me e indo em direção a ela. - Eu não queria dizer aquilo, desc... - sou interrompido.

- Deixa-me, por favor.

- Deixa-me só levar-te a casa, não tens aqui o teu carro. - digo, passando a mão na cabeça.

- Eu chamo uber, não te preocupes. - vira costas e sai pela porta.

Mas que merda fui eu dizer? Que idiota.

Não acredito que me sujeitei a perdê-la porque tive ciúmes daquele idiota. Se isto muda algo, eu não me desculpo. Que raiva.

Inevitável - Jude Bellingham Onde histórias criam vida. Descubra agora