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ANGELINA

A festa de casamento continuava animada, com risadas e conversas ecoando pelo jardim da fazenda. Raul e eu nos misturamos aos convidados, recebendo felicitações e bons votos de todos os presentes.

Raul me apresentou a alguns fazendeiros que faziam negócios com ele, sempre mantendo uma mão protetora nas minhas costas.

— Angelina, este é o Rodrigues, um dos melhores criadores de gado da região. — disse Raul, me apresentando a um homem de meia-idade.

— É um prazer finalmente conhecer a senhora Duarte Faria. — cumprimentou ele, se curvando ligeiramente em um gesto respeitoso.

— O prazer é meu, senhor Rodrigues. — respondi, com um pequeno sorriso. Sentia o calor do olhar de Raul sobre mim. Havia algo reconfortante na maneira como Raul sempre estava ao meu lado.

Rodrigues ergueu os olhos para Raul e depois para mim, como se estivesse avaliando nossa união. Seu sorriso se alargou, e ele assentiu com aprovação.

— É bom ver que finalmente Raul encontrou alguém tão especial. Já estava passando da hora. — brincou.

— Se não fosse Angelina, não seria ninguém, pode ter certeza. — Meu marido disse, sem tirar os olhos dos meus.

Nesse momento, senti um calor subir pelas minhas bochechas. Os olhos de Raul eram intensos e a minha respiração ficou um pouco mais rápida, e o rubor em meu rosto se intensificou.

Raul segurou minha mão com um pouco mais de força, e seu polegar acariciou suavemente minha pele. O sorriso que se formou em seus lábios era cheio de ternura, e eu retribuí.

Rodrigues, deu um passo para trás, nos observando por um breve instante. Ele sorriu, um gesto que denotava aprovação.

— Vocês são um casal abençoado. — comentou ele levantando a taça com vinho para cima, antes de se afastar.

Fiquei ali, ainda corada, com o olhar fixo em Raul. Ele se inclinou, aproximando nossos rostos, e sussurrou:

Você é tudo para mim, linda.

Sorri timidamente, baixando o olhar.

Enquanto caminhávamos pelo jardim, avistei meu irmãozinho Antônio, que corria alegremente entre os convidados. Ele estava com um terno e gravata borboleta, parecendo um pequeno cavalheiro. Quando ele me viu, correu na minha direção e pulou em meus braços.

— Você tá tão bonita, mana! Tá parecendo até uma princesa. — disse ele com os olhos brilhando.

— Obrigada, meu amor. Você também está muito elegante, sabia? — respondi, abraçando ele com força. — Um verdadeiro príncipe.

Raul observava a cena com um sorriso, e quando Antônio se soltou do meu abraço, Raul se abaixou para ficar na altura dele.

— E aí, campeão? Tá aproveitando a festa? — perguntou Raul, bagunçando o cabelo dele.

— Muito! Tem tanta comida gostosa aqui. — respondeu Antônio animadamente.

— Cadê a mamãe? Não quero que você coma muitos doces, ouviu?

— Linda. — Raul chamou a minha atenção. — Não precisa de preocupar com os doces, todos eles são próprios para a condição do Antônio.

O que?

Raul olhou para mim dando uma piscadela e depois voltou a atenção para meu irmão.

— Que bom que está gostando da festa e principalmente dos doces, Antônio. Se precisar de alguma coisa, pode vir falar diretamente comigo, certo? — disse Raul.

Comprada pelo Fazendeiro Milionário [Paixões Rurais - Vol.1]Onde histórias criam vida. Descubra agora