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ANGELINA

A manhã do casamento chegou mais rápido do que eu esperava. O sol estava alto no céu, e o som dos pássaros cantando parecia mais intenso do que nunca.

A cerimônia seria simples, realizada na fazenda, com apenas algumas poucas pessoas presentes.

Raul fez questão de comprar um vestido lindo, era simples e delicado, mas era perfeito para o casamento, era um modelo muito bonito, que realçava minhas curvas sem ser nada extravagante.

Meu coração batia forte no peito enquanto eu olhava meu reflexo no espelho.

"Tudo vai ficar bem", pensei, tentando acalmar a ansiedade que crescia dentro de mim.

A cerimônia foi montada no jardim da fazenda. Um arco de flores havia sido erguido, e algumas cadeiras estavam dispostas ao redor.

Eu nunca pensei que me casaria, e que esse casamento seria tão lindo.

Me emocionei quando vi Raul no pequeno altar fora montado quase que as pressas. Ele estava esperando ao lado do padre Bento, e ao vê-lo, senti meu coração bater descompassado.

Se por um lado eu dizia a todos que não queria aquilo e que Raul jamais me teria com esposa de verdade, por outro, o meu coração teimava em ceder ao sentimento que surgia.

Enquanto caminhava em direção a Raul, o mundo ao meu redor pareceu desaparecer. Seus olhos estavam fixos nos meus, cheios de uma intensidade que me desarmou. Quando cheguei ao seu lado, ele pegou minhas mãos com uma suavidade inesperada.

— Você está tão linda, minha Angelina. — sussurrou, seu tom de voz carregado de sinceridade.

Senti minhas bochechas corarem, e por um momento, tudo o que existia era aquele olhar, aquele toque.

O padre começou a cerimônia, suas palavras se misturando com o canto dos pássaros e o farfalhar das folhas ao vento. Raul não desviou o olhar de mim nem por um segundo, e a cada promessa que ele fazia, sentia meu coração se aquecer um pouco mais.

— Eu, Raul Duarte Faria, prometo te amar, respeitar e cuidar de você todos os dias da minha vida. — disse ele, sua voz firme, mas carregada de emoção.

Olhei para ele, as palavras presas na minha garganta. Havia algo na maneira como ele falava, como me olhava, que me fez acreditar, mesmo que por um momento, que ele realmente queria me fazer feliz.

— Eu, Angelina, prometo te amar, respeitar e cuidar de você todos os dias da minha vida. — consegui dizer, minha voz tremendo levemente.

Quando o padre nos declarou marido e mulher, Raul inclinou-se e me beijou. Não era apenas um beijo de compromisso; havia ternura, promessa e de paixão. Senti meu coração disparar.

A pequena plateia aplaudiu, mas eu mal os ouvi. Tudo o que sentia era o calor do corpo de Raul, a segurança de seus braços ao meu redor. Quando ele se afastou, seus olhos estavam brilhando de alegria.

— Estamos juntos agora, Angelina. — disse ele suavemente. — E farei de tudo para que seja feliz.

Sorri, um sorriso tímido, mas verdadeiro. Talvez o futuro reservasse algo bom para nós. A faísca de sentimento que surgira em meu coração era pequena, mas estava ali, pronta para crescer.

***

A recepção foi simples e íntima, como a cerimônia. As poucas pessoas presentes eram trabalhadores da fazenda e alguns amigos próximos de Raul. Senti-me um pouco deslocada entre eles, mas Raul fez questão de ficar ao meu lado o tempo todo, apresentando-me e assegurando que eu me sentisse acolhida.

Uma mesa foi posta com comida caseira preparada pelas cozinheiras da fazenda, e enquanto todos se serviam, Raul me conduziu até uma área mais afastada, onde podíamos conversar em particular.

— Como você está se sentindo? — perguntou ele, segurando minha mão com carinho.

— Um pouco nervosa, mas... bem. — respondi, tentando ser honesta. — Ainda estou me acostumando com tudo isso, Raul.

— Sei que é muita coisa de uma vez só. — ele disse, seu olhar cheio de compreensão. — Mas eu estou aqui.

Sorri.

Raul pegou minha mão novamente e me conduziu para a pista de dança improvisada no gramado próximo à casa grande da fazenda.

Uma música suave tocava ao fundo, e ele me segurou delicadamente pela cintura enquanto dançávamos sob o céu azul.

Os movimentos de Raul eram firmes e seguros, guiando-me com uma habilidade que denotava prática. Enquanto dançávamos, nossos olhares se encontraram várias vezes, e eu podia ver o brilho de felicidade nos olhos dele.

— Você dança muito bem. — comentei, sentindo-me relaxar aos poucos.

Raul sorriu, um sorriso sincero que iluminou seu rosto.

— Minha mãe sempre me ensinou desde pequeno. Ela dizia que um homem que não sabe dançar não sabe tratar uma mulher direito. — explicou ele, com um toque de nostalgia em sua voz.

Continuamos dançando em silêncio por um tempo, apenas aproveitando a companhia um do outro e o momento que estávamos compartilhando.

À medida que a música chegava ao fim, Raul parou de dançar e me puxou suavemente para um abraço.

Seus braços envolveram-me com calor e proteção. Ele inclinou-se um pouco e, com sua voz suave e carregada de emoção, sussurrou no meu ouvido:

— Quero que saiba que estou muito feliz por termos nos casado. Você trouxe uma luz nova para minha vida, minha menina. — disse ele, sua voz baixa e cheia de emoção.

Emocionada, ergui o rosto para olhá-lo nos olhos. Raul inclinou-se e depositou um beijo suave em minha testa, gesto que fez meu coração se aquecer ainda mais.

— Eu vou tentar, Raul. — murmurei, sentindo-me segura e amada em seus braços. Raul sorriu e acariciou meu rosto com ternura.

— Venha, vamos aproveitar o resto da festa. — sugeriu ele, oferecendo-me o braço.

Aceitei o gesto e seguimos juntos de volta à área da festa, onde nossos amigos e familiares estavam reunidos para celebrar nosso casamento.

Comprada pelo Fazendeiro Milionário [Paixões Rurais - Vol.1]Onde histórias criam vida. Descubra agora