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ANGELINA

Acordei com a luz do sol batendo no meu rosto e iluminando o quarto. Meus olhos se abriram lentamente, se ajustando à claridade.

Eu ainda vestia o vestido de noiva, o tecido estava pesado contra minha pele, me lembrando da noite anterior. Sentei na cama, tentando organizar meus pensamentos.

Será que Raul havia voltado durante a noite?

Minha mente estava em branco. Com um suspiro profundo, decidi levantar. Precisava tomar um banho para limpar a mente e o corpo.

Enquanto me levantava, meus olhos foram atraídos para a mesa de cabeceira ao lado da cama. Ali, repousava uma rosa cor lavanda e um bilhete.

Meu coração bateu mais rápido. Peguei o bilhete com mãos trêmulas, desdobrando com cuidado.

Esposa,

A noite passada foi apenas o começo de uma vida toda. Você é a minha casa, o lugar onde encontro paz. Prometo fazer tudo que estiver ao meu alcance para que nosso casamento seja um refúgio de amor e alegria para nós dois, não apenas para mim. Apesar de não ter ficado até o final da festa, meus pensamentos estavam completamente voltados para você a todo instante.

Escolhi a rosa cor lavanda porque ela simboliza adoração e amor à primeira vista, exatamente o que senti desde o momento em que coloquei os olhos em você. Sabia naquele instante que ali estava a minha esposa.

Com todo o meu coração,

Raul

Um sorriso se formou em meus lábios ao concluir a leitura e segurei a rosa com ternura contra o meu peito.

Eu precisava encontrar ele.

Depois de tomar banho e me vestir com um vestido simples, adequado para um dia na fazenda, fui até ao quarto dele.

Bati na porta, mas não houve resposta. Hesitante, abri a porta lentamente, apenas para encontrar o quarto vazio e a cama feita.

— Cadê você, Raul? — murmurei baixinho para mim mesma.

Desci as escadas, sentindo a casa muito silenciosa, até chegar à cozinha.

Lá, encontrei Teresa e Matilde, que estavam ocupadas com os afazeres da manhã.

Matilde era uma senhora baixinha que tinha por volta de 60 anos. Assim que cheguei aqui, ela logo precisou fazer uma viagem, então quase não tivemos contato além de um rápido cumprimento e troca de sorrisos quando Raul nos apresentou.

Ignorei a presença de Teresa, falando com Matilde:

— Bom dia, Matilde. — cumprimentei, sorrindo. — Você sabe onde tá o Raul?

— Bom dia, minha filha. — respondeu Matilde, com um olhar compreensivo. — Ele saiu assim que o sol nasceu pra vistoriar o estábulo com o veterinário.

Suspirei, tentando disfarçar minha decepção.

Mesmo sendo muito cedo, ele já havia saído, e eu teria que tomar café sozinha.

Comprada pelo Fazendeiro Milionário [Paixões Rurais - Vol.1]Onde histórias criam vida. Descubra agora