Emma Grace Myers estava concluindo a faculdade e sentia um turbilhão de emoções em relação ao seu relacionamento com Georgie Farmer. O que antes era um amor fervoroso e cheio de planos, agora se transformara em dúvidas e incertezas. Ela sabia que nã...
Olá pessoal! Tudo bem com vocês? Espero que gostem desse capítulo, votem e comentem bastante. Adoro ler os comentários de vocês. Qualquer erro ortográfico me avisem e boa leitura!
• Cover by @foxybles
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Jenna caminhava apressada pelas ruas, ansiosa para finalmente chegar em casa e ligar para sua namorada. O turno da manhã no trabalho havia sido cansativo, mas agora ela estava livre para o restante do dia, algo que lhe dava um alívio palpável. O céu estava coberto de nuvens cinzentas, criando uma atmosfera melancólica que contrastava com a vivacidade usual do outono. As folhas secas, de um laranja vibrante, estalavam sob seus pés enquanto ela caminhava, e Marie observava as árvores ao longo do caminho, agora quase desprovidas de folhagem. Ela suspirou levemente, sentindo uma pontada de tristeza ao perceber que o outono estava se despedindo — sua estação favorita.
Ela passou por um parque, que parecia deserto naquele dia nublado, mas foi aí que algo incomum chamou sua atenção. O som de um choro infantil ecoou pelo ar, fraco mas insistente, fazendo com que Jenna parasse abruptamente. Confusa, ela olhou ao redor, tentando localizar a origem do som. Seu olhar finalmente pousou em um garoto, sentado ao pé de uma árvore, encolhido sobre si mesmo, com o rosto enterrado nas mãos.
Ortega franziu o cenho, a preocupação substituindo sua ansiedade inicial. Ela não via nenhum adulto por perto — nenhuma figura que pudesse ser um pai ou responsável. O coração de Jenna acelerou um pouco, e ela decidiu se aproximar, preocupada que o menino estivesse perdido ou precisando de ajuda. Ela se agachou na frente do garoto, tentando não parecer intimidante. Com uma expressão suave e acolhedora, murmurou para ele:
── Ei, garotinho, o que aconteceu?
O menino levantou a cabeça devagar, revelando olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. Ele enxugou as lágrimas com as costas da mão, mas permaneceu em silêncio, apenas encarando Marie com uma mistura de medo e desconfiança. Havia algo de vulnerável na sua postura, que fez o coração de Jenna apertar ainda mais.
── Você se perdeu dos seus pais? ── ela perguntou, a voz gentil e cheia de preocupação. O menino balançou a cabeça negativamente, sua expressão se tornando mais fechada.
── Não tenho pais. ── respondeu ele, a simplicidade de suas palavras cortando Ortega profundamente. Ela sentiu o peito apertar com aquela revelação ── Eu fugi... ── o menino acrescentou, sua voz pequena e trêmula, como se estivesse dividindo um segredo terrível. Jenna piscou, tentando processar o que ele havia dito.
── Fugiu de onde? ── perguntou, a confusão estampada em seu rosto.
── O lugar ruim... ── o garoto respondeu, seus olhos novamente se enchendo de lágrimas. Marie sentiu o sangue gelar.
── Lugar ruim? ── repetiu, mas logo percebeu que ele estava falando de algo mais específico. Tentando ser cuidadosa, ela continuou ── Você estava em um lugar cheio de crianças como você? ── o garoto assentiu, os olhos fixos nos dela. A realização atingiu Jenna como uma onda gelada. Ele havia fugido de um orfanato.
