Emma Grace Myers estava concluindo a faculdade e sentia um turbilhão de emoções em relação ao seu relacionamento com Georgie Farmer. O que antes era um amor fervoroso e cheio de planos, agora se transformara em dúvidas e incertezas. Ela sabia que nã...
Olá pessoal! Tudo bem com vocês? Me desculpem pela demora. Espero que gostem desse capítulo, votem e comentem bastante. Adoro ler os comentários de vocês. Qualquer erro ortográfico me avisem e boa leitura!
( Não revisado )
• Cover by @foxybles
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Enquanto voltava para dentro da delegacia, o som abafado dos passos ecoando pelos corredores estreitos, ela se viu tomada por uma nova determinação. O cheiro estéril do local - uma mistura de desinfetante e café velho - parecia agora mais suportável. O ambiente frio e de cores neutras não ajudava a suavizar a tensão que sentia, mas ela sabia que tinha um propósito ali. Ao alcançar o balcão novamente, o policial que havia conversado com ela minutos antes levantou o olhar de alguns papéis que estava revisando.
── Precisamos conversar um pouco mais sobre o que você viu no orfanato, sobre o tratamento das crianças e os funcionários. ── comentou, com um tom mais sério ── Será importante para a nossa investigação. ── ela concordou, puxando uma cadeira próxima e sentando-se com um leve suspiro.
── Claro, o que você precisa saber? ── ele ajustou o bloco de notas e a caneta, pronto para ouvir.
── Comece descrevendo como era o ambiente geral. ── sugeriu, os olhos atentos ── Você mencionou que as crianças pareciam retraídas, como se estivessem com medo. ── ela fez um esforço para organizar seus pensamentos, lembrando da atmosfera pesada daquele lugar.
── Sim. ── começou, hesitante no início, mas logo ganhando confiança ── Havia um silêncio estranho, sabe? Não aquele silêncio normal de um ambiente tranquilo, mas um silêncio tenso, como se cada criança estivesse com medo de fazer qualquer som. As crianças evitavam olhar nos olhos dos adultos... até mesmo entre elas, pareciam nervosas para interagir. Vi algumas com roupas sujas, claramente mal ajustadas, e havia marcas de cansaço em seus rostos. Como se não estivessem dormindo direito. ── o policial acenou, anotando tudo com precisão.
── E os funcionários? Como eram eles?
── Frígidos. ── respondeu ela quase de imediato, o tom mais firme agora ── Pareciam impacientes, quase irritados com qualquer pergunta ou interação. Uma das mulheres, acho que era a supervisora, tinha uma expressão constantemente fechada, como se estivesse sempre prestes a perder a paciência. As crianças reagiam como se ela fosse alguém a ser temida. ── o homem fez uma pequena pausa, absorvendo suas palavras.
── E as instalações? Como estavam? ── ela fechou os olhos por um momento, visualizando o cenário.
── Desgastadas. ── disse, abrindo-os novamente ── Paredes sujas, pisos quebrados... tudo parecia negligenciado. O refeitório era pequeno demais para acomodar todas as crianças de uma vez, e o cheiro de comida parecia velho, rançoso. Nada ali parecia ter sido cuidado com o devido carinho. Era como se... como se tudo tivesse sido abandonado ao descaso. ── a seriedade no rosto do policial se aprofundou. Ele assentiu novamente, parecendo entender a gravidade da situação.
