14. me segue mas disfarça

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apollo point of view
📍praia do tenório – 14:40pm

ficamos conversando e bebendo até o pedido do almoço chegar. eu comi pra cacete, já tava no fim do primeiro copo e pensando em ir pedir o próximo. meu corpo tava começando a adormecer.

a essa altura, a luiza tava' mais atraente que antes e as encaradas estavam mais constantes. eu já tava' querendo tacar o fodase' e ir sentar lá do lado dela, o trunks grudado na garota e falando gracinha no ouvido dela fazendo ela rir já tava' começando a me incomodar. porra, por que o leo deixa ele e não vai deixar eu? a conta não bate.

— aí, mano – bmo puxa, me tirando dos meus pensamentos — quando que a gente vai naquela boate nova que abriu lá no centro, em?

— o mano nem mora aqui e sabe até as boates que abriram, irmão – kant diz — é muito tempo livre memo', viu.

— papo é reto – neo concorda rindo — mas eu animo também, só marcar.

— amanhã então nois' vai – leozin diz, aparentemente já bêbado — vou ligar pra lá e pegar um camarote, podepá'? eu pago.

— por isso que cê' já parou de falar de ice, irmão – bigão diz — já tá' rico pra porra memo'.

— me chama pro feat, leozin – schuler diz — eu faço uma de freestyle aqui na hora se você quiser.

— você nem canta, schuler.

— idaí, mano? eu aprendo a cantar agora – responde a kakau, fazendo a turma rir — o mano tá' ostentando e pagando camarote pra mais de dez nego, eu quero essa vida também.

— encher o camarote de mina, né? – thiago diz e ele concorda empolgado, fazendo um toque com o mesmo — seloco', estouro.

[...]

os cara tudo decidiu ir pra água, só eu e coincidentemente luiza que não. e dessa vez foi mesmo coincidência.

trunks também ia, mas mudou de ideia e se ofereceu pra passar protetor na luiza, que tinha alugado uma espreguiçadeira pra ela, um pouco na frente da nossa mesa.

— calma aí', lu. já já passo em tu.

— ou, irmão, pode deixar que eu passo protetor nela – falo e vejo ele me encarar estranhando, nem julgo — pode ir pra água com os cara.

— precisa não, pô' – respondeu ainda sem entender o motivo de eu ter me oferecido — eu passo e vou lá rapidão.

— relaxa, mano. eu passo.

insisto e vejo ele finalmente aceitar, me entregando a embalagem e tirando a camisa, largando em algum lugar e correndo pra alcançar os caras, que tavam' lá na frente. sento atrás de luiza na espreguiçadeira e vejo ela rir.

— você gosta de causar, né?

— mesmo que sem intenção, luizinha – falo e ela nega com a cabeça, achando graça — eu ia perder a oportunidade de ficar pertinho dessa cheirosa?

— pensei que tava querendo a oportunidade de ficar pertinho da atendente do quiosque – diz ríspida me fazendo rir fraco. ela tava incomodada? — só faltou sentar no seu colo quando foi na mesa nos atender.

— porra, faltou isso mesmo, quando ela vier aqui de novo vou falar pra ela sentar – falo provocativo e vejo ela me fuzilar com os olhos — tô' brincando ou, eu tô' armando ela pro schuler.

— hum, entendi.

comecei a espalhar o protetor pelas costas da mais baixa. não sei o que tava mais me fazendo sentir o corpo dela quente, o sol ou minha vontade de agarrar ela igual na noite anterior. a garota levantou o cabelo com ajuda das duas mãos pra me ajudar e eu aproveito pra dar um beijo no pescoço dela, rapidão. que se dane, não tinha ninguém vendo mesmo.

— apollo!

— que foi, ué? – pergunto e ela vira pra trás pra me olhar, me repreendendo — só um beijinho, não tem ninguém aqui.

— mas ninguém tá' cego – retruca – da água da pra ver o que tá' rolando aqui.

— então vamo' pra outro lugar, aí eu posso te beijar em paz – digo e vejo o bico no rosto da garota se desmanchar na hora. eu tenho a senha memo' — aí, tá' vendo como cê' gosta.

— besta, fica longe de mim vai – me empurrou da espreguiçadeira e eu levanto rindo — tô' tendo que me controlar e cê' vindo me atazanar.

— jae, sua chata.

faço um joinha fingindo estar bravo e vejo ela rir, mandando um beijo no ar pra mim. mandada pra um caralho essa aí, pena que eu me amarro em garota assim.

sentei novamente na minha cadeira um pouco afastado da garota, só tomando meu copinho' e admirando a vista a minha frente. dela e da praia.

quando eu já tava' aceitando que não ia conseguir ficar com ela hoje, vejo ela se levantar e passar do lado da minha cadeira, me encarando com cara de perversa.

— me segue mas disfarça.

ela diz e é o suficiente pra me fazer levantar também. bebo mais um gole do meu copo que chegou ao fim e deixo em cima da mesa, indo na mesma direção que ela, mas um pouco mais atrás.

vejo ela entrar numa' espécie de quartinho da limpeza ou algo do tipo e já começo a rir sozinho. que problema gostoso que eu arrumei, namoral'.

— porra luiza, já tá' me levando pro quartinho? – falo depois de entrar no mini cômodo e encostar a porta, vendo ela achar graça — cê' tá' foda em mano.

— você fala demais, nossa.

repete a mesma frase que eu disse pra ela ontem. vingativa? jamais, mano.

puxo ela pela cintura, colando nossos corpos e beijando ela no mesmo instante. eu sentia gosto de melancia e vodka na língua da garota, que já tava' nitidamente balançada pelo efeito do álcool.

a ponta dos seus dedos deslizou do meu peitoral até meu abdômen, arranhando levemente e me beijando com mais intensidade.

duvido que eu saio dessa porra de quartinho hoje.

[...]

𝐌𝐀𝐃𝐑𝐔𝐆𝐀𝐃𝐀, 𝖺𝗉𝗈𝗅𝗅𝗈 𝗆𝖼.Onde histórias criam vida. Descubra agora