11. apelido original

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se preparem pro surto que vai ser esse cap, disparado um dos que mais gostei de escrever kkkkkk bom dia suas lindas!! votem e comentem mt

luiza point of view
📍chácara fernandes – 00:45pm

— caraca, garota! que susto mano, tá' parecendo uma assombração aí.

— e ir se fuder, quer ir não? – digo e ele ri, deitando sob o meu colo. folgado demais — tá' fazendo o que acordado essa hora?

— zero sono, mano. sepá' que tomei muito energético hoje, não consigo pregar os olhos – diz, me encarando — e você? tá' fazendo o que aqui fora sozinha?

— insônia – sorri fraco — mas normal, fico assim direto. nem lembro a última vez que dormi direito.

— isso é espiritual, menina! – diz de uma forma engraçada e eu ri, dando um leve tapa nele — porra, cê' tá' mó' cheirosa mano.

— eu sou cheirosa, apollinho. cê que nunca chegou tão' perto de mim assim pra sentir – falo convencida e ele ri. aliás, que sorrisinho de filho da puta! — escutei a música que cê' lançou no banho hoje.

— eu sei, eu tava no corredor, lembra? – diz e eu fecho os olhos, lembrando da cena — mano, por que cê' não tomou banho no banheiro do teu quarto?

— a resistência do meu chuveiro queimou.

— porra, cheio de gente na casa, era só pedir pra qualquer um que nois' arrumava – fala e eu ri, eu tinha pensado nisso, óbvio que eu tinha, mas não gosto de pedir favor — mas enfim, o que cê' achou? curtiu?

— se eu curti? eu amei, ficou boa demais – falo sincera e vejo o olhinho dele se espremer, enquanto ele sorria — cê' tem que fazer o clipe dela urgentemente.

— só se você for a modelo.

— depende, o cachê vai ser alto? não trampo de graça não – falo e escuto ele rir — se você me chamar eu topo!

— combinado então.

fizemos um toquinho com a mão e eu ri, achando graça da situação. ficamos em silêncio logo em seguida, e a única coisa que eu escutava era sua respiração e o vento batendo na varanda. de alguma forma, não estar sozinha ali, me fez bem. não era como se eu instantaneamente tivesse feliz, nada disso, mas eu senti um conforto maior.

quase que automaticamente, comecei a fazer cafuné no cabelo do moço deitado no meu colo, que por mais que quieto, também tava confortável ali. quando eu penso que ele vai fechar os olhos ou coisa assim, ele me encara.

— mano, vamo' comer alguma coisa?

— apollo, a gente jantou não faz nem duas horas mano – falo e ele ri, levantando do meu colo e se pondo de pé rapidamente — o que cê' quer comer?

— sei lá, viado. deu fome e eu tô' no tédio – deu de ombros — cê' podia fazer um brigadeiro pra nois' né? seus' doce' é muito bom.

— só porque não tem nada pra fazer, tá? – digo e ele faz uma mini comemoração silenciosa, e eu ri, levantando do mini sofá — vai lá pegar as coisas na dispensa.

entramos em casa e ele foi até a dispensa pegar os ingredientes, enquanto eu ligava as luzes da cozinha e a panela. ele rapidamente trouxe as coisas e eu comecei a preparar, enquanto o bonitinho sentou no balcão e começou a me observar. ri da cena e logo voltei minha concentração para o que eu estava fazendo.

via story cf apollo.emici

o brigadeiro estava no fogo e enquanto eu mexia, resolvi pegar no celular pra ver se o tempo passava mais rápido

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o brigadeiro estava no fogo e enquanto eu mexia, resolvi pegar no celular pra ver se o tempo passava mais rápido. ri sozinha assim que me deparei com o story que o apollo tinha postado no close friends, que mano cara de pau!

— você teve que dar aulas? seu folgado!

— é verdade mano, ainda tenho que fazer tudo! pegar ingrediente, mexer brigadeiro, lavar panela! – observei ele fazer drama e não pude segurar o riso — é foda mano, os cara me faz de capacho!

— a cara nem treme, né? – falo e ele da de ombros — e outra, que apelido ridículo é esse? lulu?

— ô luiza, cala boca mano. não chama meu apelido de ridículo – ele fingiu se ofender — eu gosto de inovar, ninguém nunca te chamou assim. eu criei, o pai gosta de originalidade.

— é, cê tem um ponto.

ele fez um gesto como se dissesse um "eu avisei" e eu ri. o japa saiu da minha vista, disse que ia no banheiro ou coisa assim. o brigadeiro estava no ponto de comer de colher, então resolvi botar no prato e colocar pra gelar no congelador.

fui arrumar a bagunça e deixar tudo no lugar, quando escuto uns barulhos vindo da direção do banheiro. imaginei que fosse o apollo vindo, mas nada dele.

esperei mais alguns instantes e nada dele, comecei a achar estranho e fui atrás do garoto. imaginei que ele pudesse ter ficado preso no banheiro, já que o daqui debaixo tem um segredinho pra abrir a porta, praticamente todo mundo já ficou preso lá, chega até a ser engraçado.

caminhei pelo mini corredor que havia ali, estava um escuro total e muito silencio. antes de chegar em frente ao banheiro, escuto um barulho atrás de mim, me fazendo assustar e quase gritar.

— faz silêncio, luiza. — sussurrou — quer acordar a casa toda? não tem brigadeiro pra todo mundo.

o garoto a minha frente diz, com uma das mãos em minha cintura e a outra tapando minha boca. percebi um pouco depois que estávamos próximos demais, a centímetros de distância. meu corpo colado na parede e o silêncio me fazendo escutar somente nossas respirações, que me fez por um segundo, sentir um pico de adrenalina correr pelo meu sangue.

apollo tava perto demais, perto o suficiente pra me fazer sentir o cheiro do seu perfume e seu olhar nada discreto sob meu busto.

a luiza de anos atrás estaria em completo surto, só por estar tão' perto da pessoa que ela era completamente apaixonada. e estaria em mais surto ainda agora, por estar com a boca colada na de apollo.

eu não sei como, quando eu vi, ele já tinha me beijado. sua mão na minha cintura me puxando pra mais perto, e a outra segurando meu rosto levemente me pedindo pra não me afastar era tudo que eu sentia ali. mil coisas passavam pela minha cabeça. era como se meu corpo agradecesse por isso, não querendo mais parar aquele beijo.

e eu não ia, até a maldita falta de ar chegar. eu estava mais ofegante que antes, e nem sabia porquê.

nos afastamos o suficiente pra eu conseguir olhar nos seus olhos, que rapidamente se espremeu, indicando um sorrisinho no rosto do garoto. eu tentava falar algo, mas não saía. porra, que ódio! eu parecia uma menininha de quinze anos tendo o primeiro beijo!

— vem logo, quero comer brigadeiro.

[...]

𝐌𝐀𝐃𝐑𝐔𝐆𝐀𝐃𝐀, 𝖺𝗉𝗈𝗅𝗅𝗈 𝗆𝖼.Onde histórias criam vida. Descubra agora