luiza point of view
📍chácara fernandes – 17:00pmas meninas tavam' até ficando menos insuportáveis, até os meninos chegarem pra conversar com a gente e elas voltarem a ser o que eram antes. acho uma graça essas garotas que trocam de personalidade na frente de homem, tudo pra receber aprovação e chamar atenção.
e se eu dissesse que não gostei do corte que a japa recebeu do rogerio eu estaria mentindo, viu? não era como se eu me sentisse insegura ou sei lá. talvez fosse ciúmes, talvez fosse meu ego sendo machucado por pensar que eles acabariam ficando até o fim do dia, eu realmente não sabia ao certo.
saí dos meus pensamentos assim que ouvi a kakau fingir uma tosse do meu lado, me fazendo a encarar confusa.
— olha pra frente.
ela diz entre dentes e eu fiz careta, levantando o rosto levemente pra ver o que se passava. quando olhei, a japa tava' entrando na piscina e indo em direção a apollo, que apoiava seu corpo na borda, com um sorrisinho no rosto. não é possível isso.
— vou até sair daqui, não sou obrigada a ver isso de novo – falo me levantando o mais rápido possível, sem nem se quer escutar se a kakau falaria mais alguma coisa, entrando na cozinha — que esse pesadelo acabe logo, Deus.
— tá' falando sozinha, garota? – neo diz me fazendo perceber que eu não estava sozinha no cômodo — parece maluca.
— ai, neo! que susto – falo com a mão sob o peito, encostando meu corpo no balcão e ele ri — tava' pensando alto só.
— vou fingir que nem sei que essa sua cara de poucos amigos é ciúmes do meu parceiro ali – aponta com a cabeça lá pra fora e eu ri — todo mundo sacou já, não precisa fingir mais. ele tá' é num' chororô da porra querendo ficar com você de novo.
— cê' disse que todo mundo já sacou? – encarei ele assustada, como assim todo mundo? — me diz que isso foi modo de dizer, por favor!
— é, mais ou menos – diz bebendo do seu copo — só sendo muito lerdo pra não sacar mesmo. mas então é verdade, né? porquê tu acabou de admitir.
— meu deus, para de entrar na minha mente – falo e vejo ele rir, achando a maior graça — finge que não sabe de nada! meu irmão não pode nem sonhar com uma coisa dessas.
— eu tô' ligado, pô'. vivo falando pra ele soltar sua camisa, cê' some por uns minutos e ele já fica agoniado – diz rindo, caminhando até a porta pra sair — mas fica suave, lu. sou muita coisa mas x9 não é uma delas.
— por isso que eu gosto de você, rio de janeo.
ele me da um sorriso largo e sai da cozinha, me deixando sozinha. eu não sabia o que fazer, se ficava aqui dentro pra não ver o que não queria, ou se saía lá pra fora pra poder ver com meus próprios olhos e poder usar contra ele mais tarde. minha curiosidade tava' gritando mais alto e o álcool no meu sangue deixava tudo mais intenso. puta que pariu, eu vou surtar!
quer saber? eu não 'tô nem aí, prefiro ver essa cena ridícula, pelo menos vai me fazer perder total o interesse que eu ainda sinto por ele.
quando saí, achei que os dois estariam na piscina aos amassos, mas não! tava' geral lá fora, mas os dois tinham sumido. acho que eu deveria ter ficado lá dentro mesmo...
caminhei até ana e kakau, que conversavam ainda na beira da piscina. agachei pra ficar da altura delas e conseguir falar sem que ninguém ali escutasse.
— gente, cadê a alice e o rogerio?
— ai amiga, era disso que a gente tava' falando agora – ana diz baixo, ficando mais perto pra terminar de falar — pelo que eu vi, os dois foram lá pra garagem ou sei lá, sei que não entraram em casa não.
— não tem como terem entrado, eu tava' na cozinha – falo quase em um sussurro — não tô' acreditando que ele vai transar com ela...
— não acho que ele faria isso – foi a vez de kakau, que defendeu o amigo — amiga, vai atrás pra ver! eu e a ana poderíamos até ir, mas ia dar muito na cara que era pra bisbilhotar eles. vai você e disfarça!
— vou mesmo – falo me pondo de pé novamente — eu tô' meio alterada mesmo, qualquer coisa essa é minha desculpa amanhã.
— se flagrar algo muito chocante, grava pra' nois'!
ana diz e eu ri, balançando a cabeça. aproveitei que não tinha ninguém prestando atenção e fui em direção a parte da frente de casa, pensando que a qualquer momento eu flagraria algo não muito legal. bêbado é idiota mesmo viu, como pode...
— nossa, mas o que custa cê' me dar um beijo? – ela dizia pra ele, que desviava o olhar apoiado em um dos carros que estavam na coragem — ninguém vai saber!
— custa muito, alice – respondeu, cruzando os braços — já falei pra você parar de insistir, fica feião, mano! só não te dei um fora na frente de geral lá na piscina porque também acho zoado, mas eu deveria, vai que assim cê' se tocava.
— para de se fazer de difícil, mano – a garota insistia. meu deus, que papelão — eu pensei que você quisesse... o que foi? você me acha feia?
— cê' tá' bêbada, né? – ele diz e ela nega, se aproximando mais — não te acho feia não, nem é por isso, é que...
— o que? não tem motivo, né? – diz logo em cima — então deixa eu te beijar, garanto que cê' não vai se arrepender.
— nossa, alice. não tô' nem acreditando que tô' escutando isso – ele diz e ri, incrédulo. até eu tava' — sabe o que é? é que eu já tô' ficando com uma pessoa e pá, acho zoado sair ficando com outras ao mesmo tempo...
— como se isso fosse um problema pra mim – diz e da uma risada perversa. ótimo, além de fútil é biscate — ela não vai saber, quem for que seja, não deve chegar aos meus pés.
foi aí que meu sangue ferveu. não era raiva, não era nem perto disso, era só adrenalina. no mesmo instante, meu corpo quis ir pra frente, tomar uma atitude na qual nem me cabia ali. mas eu não ia ver isso e não fazer nada.
só se vive uma vez mesmo.
[...]
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𝐌𝐀𝐃𝐑𝐔𝐆𝐀𝐃𝐀, 𝖺𝗉𝗈𝗅𝗅𝗈 𝗆𝖼.
Fanfic"𝖼𝖾̂' 𝗆𝖾 𝖿𝖺𝗓 𝖽𝖾𝗅𝗂𝗋𝖺𝗋 𝗇𝗈 𝗋𝖺𝗉 𝖽𝖾 𝗂𝗆𝗉𝗋𝗈𝗏𝗂𝗌𝗈 𝖾 𝗆𝖾 𝖿𝖺𝗓 𝗍𝖾 𝖻𝖾𝗂𝗃𝖺𝗋 𝖼𝗈𝗆 𝖾𝗌𝗌𝖾 𝗌𝖾𝗎 𝗌𝗈𝗋𝗋𝗂𝗌𝗈. 𝖽𝖾𝗌𝖼𝗋𝖾𝗏𝖾𝗋𝗂𝖺 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ 𝖾𝗆 𝗅𝗂𝗇𝗁𝖺𝗌, 𝖺𝗌 𝗏𝖾𝗓𝖾𝗌 𝗉𝖾𝗇𝗌𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝗂𝗌𝗌𝗈 𝖾́ 𝗌𝗈́...