05. tia da merenda

5.1K 418 46
                                    

apollo point of view
📍chácara fernandes – 14:40pm

— porra, tá' parecendo fila pra pegar merenda na época da escola – neo diz — a tia da merenda é logo o bigão.

— ala' bigão, o cara te tirando aí – bask diz, com seu prato na mão — cuidado ein, neo. cê' não aguenta na porradaria contra ele não.

— já que eu sou tia da merenda, hoje vou servir linguiça – bigão responde, e o pessoal começa a gritar. esses cara alopra muito, maturidade passa longe — ó, já tenho uma decorada pra mandar contra o neo na próxima bda.

— tia, cê' já se arrependeu de ter liberado a casa pra nois', né? – guri pergunta pra liliane — seloco, nunca mais nois' vem.

— lógico, ficam falando pederastia na frente da minha mulher liliane! – foi a vez de schuler, que já tava comendo sentado na mesa. e os cara na minha frente fazendo uma montanha de comida no prato, bando de passa fome — aí não da né.

— ô cuzão', ainda bem que cê' falou o nome todo – magrão diz — se tu lança só o "lili" eu que ia lançar esse prato na sua cabeça.

— tá' tirando, schuler? – leo diz, fingindo estar bravo — meu pai tá' pra chegar aí, negócio vai ficar embaçado pro teu lado.

— pô, irmao – schuler diz — era só uma zoeirinha, não curto muito coroas.

ele diz e o pessoal ri. schuler é muito louco, papo reto! ainda bem que a tia já tava acostumada, nem ligava mais. depois que geral se serviu, já estávamos sentados, mas eu tava sentindo que faltava alguém.

— eita porra, é a visão do paraíso? – tavin diz.

— que isso, leo, deixa eu entrar pra família, pai – foi a vez de ajota.

e eu não tava entendendo porra nenhuma, até levantar a cabeça e ver a luiza passando só de biquíni na minha frente. e porra, era a visão do paraíso memo'. sabia que ela era gostosa, mas nunca tinha prestado atenção assim.

— ô lá em casa – trunks diz — com todo respeito, lógico.

— respeita a irmã do cara, seus viado! – thiago diz, tentando segurar o riso, já sabendo que o leo não ia gostar dessa parada — se eu fosse ele, mandava todo mundo embora dessa porra também!

— que isso, tava só brincando – ajota diz e o pessoal ri — mas porra, luizinha mudou pra caralho! até ontem ela era uma adolescente chatinha, viado.

— nossa mano, luiza as vezes chapa – leozin diz, aparentemente bravo com a situação. e nem julgo ele, se fosse com a minha irmã eu ficaria puto — pra que ficar andando assim pela casa?

— se deus deu é pra mostrar, leonardo! – tia liliane diz — você parece que nunca muda, ciúmes da irmã a essa altura do campeonato?

— ciúmes nada, mano. mas ela tem que ter noção também!

— o que cê' tá' falando aí, leonardo? – luiza diz, aparecendo na cozinha, dessa vez usando um short jeans e uma camiseta. que pena — cê' enche o saco, hein.

— nada não, luiza. nada não!

o mesmo responde ainda bolado, fazendo a galera querer rir. ele sempre foi assim, pelo que eu fiquei sabendo, morre de ciúmes e os carai. acho é graça, com uma irmã gostosa dessas, ele vai é passar raiva.

e quando eu achei que o silêncio ia reinar por causa do climão', os cara volta a conversar. esses mano não cala a matraca nem na hora de comer, mano. fiquei quietinho na minha, enquanto falam lorota, eu já tava no segundo prato de feijoada. tia liliane além de fazer filha bonita, ainda representa na cozinha, é uma prefeita memo'.

[...]

𝐌𝐀𝐃𝐑𝐔𝐆𝐀𝐃𝐀, 𝖺𝗉𝗈𝗅𝗅𝗈 𝗆𝖼.Onde histórias criam vida. Descubra agora