10. jogar dominó?

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apollo point of view
📍chácara fernandes – 18:18pm

— você jura pra mim que não tá' falando isso da boca pra fora?

— te juro, luiza. mó' mancada do seu irmão, mano – falo e ela desvia o olhar, me fazendo perceber que o olho dela encheu de lágrima — chora não, cara. já te falei que não compensa.

— espero que um dia ele mude, amo muito ele, mas isso só vai me afastar – diz, enquanto a lágrima escorre pelo seu rosto, limpo rapidamente e deito do seu lado, encarando o teto — não tenho nem coragem de descer lá pra baixo mais.

— deixa de bobeira luiza, os cara te viu nascer e você nessa – falo e ela ri. mó' risadinha boa de ouvir, mano — papo reto. sabe o que cê' vai fazer agora?

— jogar dominó?

— não, esquece o dominó – falo e vejo ela rir novamente — cê' vai se arrumar, porque a galera combinou de sair pra jantar hoje a noite.

— e olhar pra cara do viadinho do leonardo? – diz de uma forma engraçada e eu não poupo esforços pra rir — não vou nem ferrando, pode esquecer.

— sabe o que é foda? – falo segurando o riso e ela me encara, atenta — é que cê' e ele tem quase a mema' lata.

nem termino de dizer e ela me enche de tapas. porra, sabe nem brincar mano.

[...]

tava' na sala com os caras esperando as meninas e o bask descerem, já que só faltavam eles pra gente ir. o clima tava mais suave do que hoje mais cedo. pelo que eu entendi, o leo ia tentar se desculpar com a luiza ou coisa assim. e convencer ela a ir até que foi fácil, mano, não precisei pedir muito. luiza é coração mole.

e falando nela, desceu as escadas acompanhada de kakau e ana. nossa, ela tava gata pra porra! usando um vestidinho preto colado com as costas abertas e um tênis mó' chave no pé, que se bobear eu pego pra mim. e o bask logo atrás, acabando com a cena de filme que eu tava vendo.

— carai bask, finalmente – kant diz — demora mais que as mina' pra se arrumar, aí é foda.

— aí o cara fica três horas se arrumando pra continuar feio? – bigão diz e eu ri, fazendo um toquinho com ele — assim não da né, pai.

— linda demais, mano – escuto trunks dizer pra luiza, que da mó' abração' apertado nele. eca, quase gorfei — cê' tá' melhor?

— aham.

luiza diz, e pelo visto ela não tá melhor não. dividimos quem ia em cada carro e pra qual lugar íamos, foi a vez das meninas de escolher e a kakau deu ideia de churrascaria. porra, é por isso que ela é minha cunhada. sabe muito.

depois que saímos pra jantar, aparentemente a paz reinou. leo e luiza tiveram uma conversa em algum momento que eu não prestei atenção, porque tava muito ocupada comendo tudo que eu via pela frente naquela churrascaria. e agora tudo voltou ao normal, a garota parecia outra pessoa, sorridente e alegre como se nada tivesse acontecido. e papo reto? achei fofo pra caralho.

quando chegamos em casa, cada um foi pro seu lado e pro próprio quarto. a galera tava meio morgada e guardando energia pra ir pra praia amanhã.

deitei na cama, rolei pra um lado e pro outro, mas não conseguia dormir de jeito nenhum, e o calor tava me incomodando também, aí resolvi ir pegar um ar na varanda lá debaixo.

[...]

𝐌𝐀𝐃𝐑𝐔𝐆𝐀𝐃𝐀, 𝖺𝗉𝗈𝗅𝗅𝗈 𝗆𝖼.Onde histórias criam vida. Descubra agora