35. garotas fúteis

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apollo point of view
📍chácara fernandes – 16:00pm

quando eu vi a alice descer, com uma roupa diferente, reconheci na hora o biquíni da luiza. ela deve ter emprestado pra garota ou coisa assim. e mano, a japa era realmente muito gata, de biquíni ainda, nem se fala, mas porra, ainda sim não conseguia superar a luiza. não era nem comparando as duas, isso nem teria como, ninguém chega aos pés da luiza.

e isso que me deixa mais puto. porra, eu podia pegar qualquer uma dessa festa, mas quem disse que isso bastava pra mim? eu quero é que essas mina se foda, só ela entrava na minha mente daquele jeito. e eu preferia ficar sozinho do que tentar colocar outra no lugar dela. isso que é foda, mano.

chegou até a ser engraçado quando ela veio me perguntar se ainda tinha pão, eu tinha guardado justamente pra ela. em algum momento, alguém me disse que ela gostava muito e eu guardei a informação, porque quando vi que tava' acabando e ela não tinha comido ainda, fiz questão de guardar pra ela. mano, por esse e outros bagulho que me faz pensar, que eu nunca curti tanto ficar com uma mina como eu curti com ela. surreal memo'. mas é o que é, cada um pro seu lado.

— luiza, vem cá.

gritei pra garota, que riu quando me viu balançando a camisa, tentando chamar sua atenção. ela disse alguma coisa pras garotas que estavam perto dela e levantou, vindo na minha direção.

— pega logo, hein, antes que eu pegue pra mim – falo colocando no pratinho de plástico e entregando pra ela — de nada, sei que sou foda.

— sim, senhor ego. cê' é foda mesmo – diz sarcástica e eu faço careta — obrigada de novo.

— magina', pode agradecer me dando um beijo na boca.

— vai começar, rogerio? – diz e eu ri, achando graça. talvez o álcool já tenha batido — seu nome tá' reinando na rodinha ali, viu.

— sempre reinou, linda – falo e vejo ela semicerrar os olhos. o seu lábio inferior foi mordido e isso me despertou uma vontade surreal de beijar ela — tem que se acostumar e nem pode reclamar, cê' me jogou no lixo e as amiguinha' reciclou.

— eca, é por isso que eu te odeio – diz começando a comer — nossa, isso tá' bom demais.

— lógico que tá', eu que fiz. me dá um pedaço aí – falo e abro a boca. achava que ela ia negar, mas não, levou um pedaço até minha boca — me senti um neném agora.

— mas cê é – ela diz e eu ri. tava' até estranhando, pra quem não me quer mais, ela tá' muito simpática. quer o balde de volta e não tá' sabendo pedir — enfim, vou voltar pra lá... tchau.

— a mas não vai não – falo e ela ri, se virando pra mim de novo — conta aí, o que tão' falando de mim?

— não quero explanar as garotas, mas eu diria que cê' tá' sendo bem disputado – diz fazendo careta. ela também já tava balançada pelo álcool, dava pra ver — a japa te quer e a laís parece querer também, então faça sua escolha e seja feliz.

— hum, podepá'! vou ver isso direitinho depois – falo e vejo ela semicerrar os olhos pra mim — ué, que foi? cê' me chuta e eu não posso beijar mais ninguém?

— eu nem falei nada, rogerio. se toca – deu de ombros, tentando disfarçar a irritação — aliás, eu queria te pedir uma ajudinha...

— á vontade.

— cê' podia arrumar o bmo pra mim, né? – diz e eu estalo a língua, irritado. não tô' acreditando que eu tinha escutado isso — ué, não posso mais beijar ninguém?

— se liga, luiza!

— pra sua sorte, eu tô' brincando – brinca com o canudo da sua taça — só tenho vontade de beijar você mesmo...

ela diz sem querer e eu encaro ela, que fecha os olhos como se tivesse se arrependido do que tinha acabado de falar. mas já era tarde demais, luizinha. isso veio em ótima hora.

— repete isso aí – falo com um sorriso vitorioso no rosto e ela rola os olhos — agora eu já sei mesmo, não precisa se fazer de difícil.

— não tô' me fazendo, eu não quis dizer isso – fala, se preparando pra sair de lá — curte seu dia aí e aproveita pra pegar a japa, porquê eu cê' não pega nunca mais.

diz por fim e sai, me deixando com cara de tacho. que garota maluca! mas eu duvido que não fico com ela de novo, se eu não conseguir, posso mudar meu nome.

[...]

finalmente saí da churrasqueira, já tava' cansado de ficar lá. aproveitei que tinha uns manos na piscina e aproveitei pra pular também, indo pra onde eles estavam. coincidentemente, pra perto das meninas.

— que bom que cê' chegou, apollo – japa diz, enquanto arrumava a parte de cima do biquíni que usava — a gente tá' falando sobre a bda 8 anos.

— foi chave, né? – falo e vejo as garotas concordarem — todas foram?

— aham, o leozin salvou no ingresso – emily diz e ri — foi foda demais mesmo, saí de lá sem voz.

— todas nós – laís diz, rindo também. percebi de longe a luiza fazer careta e segurei a risada — nem preciso dizer que tava' torcendo pro trio do apollo desde que saiu o flayer, né?não tinha como, o título já era de vocês!

— era mesmo! e ainda ganhou fatality da noite e foi o mvp – japa volta a dizer — nossa, apollo, cê' é demais.

— valeu aí.

falo e dou um sorriso fraco, querendo cortar aquela conversa. sabe quando tu sente que é só babação' de ovo e nada do que essas mina diz é sincero? era exatamente isso que eu tava' sentindo.

fiquei na minha, bebendo meu copo e escutando a música que tocava. tava' vendo e achando a maior graça o tavin dando ideia na vitoria, bmo na bruna e thiago na emily. não que precisaria de muito pra levar elas no papo, né? mas enfim.

[...]

𝐌𝐀𝐃𝐑𝐔𝐆𝐀𝐃𝐀, 𝖺𝗉𝗈𝗅𝗅𝗈 𝗆𝖼.Onde histórias criam vida. Descubra agora