03. talaricagem

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luiza point of view
📍chácara fernandes – 13:20pm

antes mesmo de sentar na mesa o tavin faz um gesto pra mim, querendo que eu participe da conversa. ele aparentemente tava numa' discussão com o ajota, sobre alguma coisa que eu não tinha identificado ainda.

― luiza, ainda bem que cê' chegou – tavin diz eufórico, me fazendo rir — me ajuda aqui.

— ajuda ele não, iza – ajota falou — esse safado tem a cara de pau de dizer que eu que talariquei ele na época em que ele ia ficar com a mel maia. sendo que eu que trocava ideia com ela a mó' cota.

— para de meter o louco, ajota – o mais novo se defendeu — você só deu ideia nela depois que descobriu que ela tinha me dado uma moral. talarico!

— bate na cara dele tavin! – barreto grita, colocando lenha na fogueira — na cara!

— usa a cadeira, mano! – jotape completa, fazendo a turma rir — 5 minutin' sem perder a amizade.

— esse cara não aceita que a melzinha' queria o corpinho do pai – ajota diz, arrancando risada de todos ali — a luiza pode confirmar, mano, ela tava no dia.

— sem querer te desmerecer, ajotinha – digo, e o pessoal fica em silêncio, esperando eu falar — mas você que talaricou ele mesmo...

nem termino de dizer e a galera começa a gritar, depositando leves tapas na cabeça de aj, que só soube abaixar a cabeça e tentar se defender. ri demais daquela cena.

— madeirada nele, rapaziada – bigão diz, e o grupo faz questão de gritar um "ihhh". esses aí não saíram da quinta série — tudo esses cara vê maldade também...

— pô mas sem maldade, os moleque foram fabricar as bebidas? – neo pergunta — mó' demora, mano. faz cinco horas que tô olhando pra cara do schuler, não tô' aguentando mais.

— ih' neo, engraçado que ontem a noite você disse o contrário – schuler responde — aí na frente dos outros quer meter marra.

— mas papo é reto – trunks diz — deve que o leozin encontrou o fã clube sub 15 dele no caminho, aí não tão' deixando ele vir pra casa.

— ala' iza, os cara falando do seu sangue aí e cê' quieta – bask diz — humilha ele, mano.

— isso é inveja porquê na época da made in oz ele foi o único que nunca teve fã clube — digo zoando o trunks e a galera começa a gritar, botando lenha na fogueira — tô brincando, ianzinho, cê sabe que eu amo você.

— bmo mandou mensagem falando que eles chegaram, pediram pra alguém ir ajudar a pegar as sacolas, porquê tem muita coisa – jotape diz, lendo a mensagem pelo visor do celular — chegou bem na hora, apollão'.

ele diz pra apollo, que tinha acabado de parar do meu lado, agora vestindo uma outra roupa e com os cabelos molhados, indicando que ele tinha acabado de tomar banho.

— porra, vou até ir embora de novo – o garoto de olhos puxados diz e o pessoal ri — só vai eu, seus folgados?

— claro que não né. lógico que a luiza vai com você – barreto diz — né, luiza?

— nossa barretinho, cada dia que passa eu gosto mais de você – respondo irônica e o pessoal ri, entendendo muito bem a intenção de barreto — vamo' lá?

pergunto pro apollo que assente com a cabeça e vai na frente e eu logo atrás em silêncio, indo até a garagem, onde estava o carro de leo.

— que demora, hein – falo — deu tempo do tavin e do ajota lavarem roupa suja sobre a talaricagem da mel maia.

— cê tá me zoando? – alva diz, revoltado — não acredito que eu perdi isso. se eu boto isso no vlog é estouro!

— até eu que tava aqui acabei perdendo a cena, mano – apollo diz, enquanto pegávamos as sacolas no porta malas — mas tá' suave, eles discutem sobre isso todo rolê mesmo.

— pior que é – thiago diz rindo — e no fim todo mundo sabe que ela só deu moral pra eles porque não me conhecia ainda.

— aham, confia que é isso.

bmo diz e eu dou risada, terminando de pegar as coisas e fechando o porta malas, caminhando junto com eles pra dentro de casa.

minha mãe já estava na cozinha fazendo o almoço, e com ela estavam kant, bask e schuler, um na louça, outro picando cebola e o outro com um pano de prato no ombro, fingindo estar fazendo alguma coisa.

— seloco! eu e tia liliane dando aulas no rango – schuler diz, apoiando o braço no ombro da minha mãe, fazendo ela rir com a gracinha. sepá' que minha mãe gosta mais desses garotos do que de mim — me agradeçam mais tarde rapaziada, vou lançar uma feijoadinha responsa'.

— mano, você nem tá' fazendo nada! – bask diz revoltado, com os olhos vermelhos — eu que tô' me fudendo cortando essa cebola.

— é isso memo' tia, bota esses homens pra trabalhar – kakau diz, apoiada na bancada — é reparação histórica.

— né? e outra, cê' tem que aprender mesmo amor – ana diz para bask — treinar pra quando formos morar juntos.

— não cai nessa, mano – kant diz — até hoje minha mina me faz de capacho.

eles ficaram conversando enquanto os meninos botaram as sacolas em cima da bancada. o resto dos meninos veio pra ajudar a colocar as bebidas nos freezer's e outros as comidas na dispensa.

fui lá pra fora na tentativa de fazer um copo pra mim, quando cheguei, trunks e ajota já tavam' lá.

— mas é claro que o ajota já tá' aqui garantindo o copinho dele – digo rindo — vão tomar o que?

—;lógico né, izinha, é minha marca – ajota responde, fazendo um toquinho de mão comigo — vou beber whisky.

— eu também — ian diz — quer que eu faça caipirinha de limão pra você, iza?

— lógico que eu quero, sua caipirinha é a melhor! – falo — olha, vou pra beira da piscina pegar sol. quero voltar pra casa com marquinha.

— jae, linda. eu levo lá pra você.

mandei um beijinho no ar pra ele e saí de lá, indo deitar na espreguiçadeira ao lado da piscina. percebi que o apollo tava observando nossa conversa mas nem me importei, talvez ele fosse pedir um copo também ou coisa assim.

[...]

𝐌𝐀𝐃𝐑𝐔𝐆𝐀𝐃𝐀, 𝖺𝗉𝗈𝗅𝗅𝗈 𝗆𝖼.Onde histórias criam vida. Descubra agora