24. aposta

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apollo point of view
📍boate honey club – 23:00pm

assim que chegamos na boate a fila já estava enorme, mas passamos como "prioridade" por causa do leozin. é, e tem quem diga que o dinheiro não te levanta.

entramos e já tinham algumas pessoas por la, mas em cantos diferentes. subimos pro camarote reservado e era o mais próximo do palco, que a essa hora ainda estava vazio. no ambiente tocavam alguns funks aleatórios por enquanto. eu e os moleques já fizemos o pedido do que íamos beber enquanto as meninas foram ao banheiro ou algo assim.

não demorou muito pra luiza aparecer no meu campo de visão. ela tava' muito linda, linda mesmo mano. minha vontade era de chegar nela e dar o maior beijão', só pra mostrar que eu que tô' no toque dessa nave. ela percebeu que eu tava olhando e sorriu, vindo na minha direção.

— tem o que nesse copo aí?

— whisky, cê quer? – falo e ela assente, entrego meu copo e observo a garota dar um gole e me devolver — vai lá pegar um copo pra você, aproveita que por enquanto o bar tá' vazio, ja já vai lotar.

— já vou lá – sorri, vejo ela abrir a boca pra falar algo mas é interrompida por leo, que chama ela do outro lado do camarote — leonardo me pegou pra cristo hoje, tá' perturbando mais que o normal. já' volto.

— vai lá, qualquer coisa chama.

ela balançou a cabeça concordando e caminhou até onde o irmão estava. só consegui reparar em como o corpo dela tava' bem desenhado e lindo dentro daquela roupa. mas sinceramente, eu ainda preferia ver sem.

— qual foi, japonês – ajota diz, parando do meu lado. junto de jota, bigão, neo e thiago — não quer entrar na aposta com nois' não?

— nois' quem? – bigão fala antes que eu pudesse responder — tá' repreendido, explica isso direito. minha muié' tá' em casa mas se ela sonha com um bagulho desse ela bate aqui.

— fala aí, a kauane é igual – jota diz — mas seloco', nem se eu fosse solteiro entrava nessas brincadeirinha. valendo dinheiro ainda?

— é pra ter mais emoção – ajota diz e ri, voltando a me encarar — e aí, irmão, valendo mil pra quem pegar mais mina.

— tô' suave, aj. já passei dessa fase, agora só fico suavinho com meu copo mesmo – falo e os caras riem, concordando — mas boa sorte, cheio de mina gata pelo que eu vi, vai estourar no norte irmão.

— papo é reto – neo concorda, enquanto olhava pra parte de baixo da boate, que já tava enchendo — mas conheço esse papinho do apollo, é papo de quem quer casar e sossegar.

— o apollo casado? é nada – trunks diz, aparecendo ali. chegou quem não devia — tem que ficar solteiro igual nois', cuzão. hoje em dia nenhuma mina presta.

— é né.

digo com certa ironia e vejo ele concordar, dando um gole do seu copo. sem maldade? já era pra eu ter esquecido essa fita, mas cada vez que ele aparecia soltando esse tipo de papo perto de mim eu me controlo legal pra não dar um bandão na cara dele. cínico pra porra, não tenho paciência mano. e eu tinha certeza absoluta que assim que ele descobrisse que eu to' com a luiza, ia fazer questão de correr atrás dela. e nao e como se isso fosse uma competição pra mim, eu só nao ia parar de ficar com uma mina foda por causa dele.

e falando em mina foda, a bravinha veio na minha direção com um bico enorme estampado em seu rosto. quando eu ia perguntar o que tinha acontecido, fui interrompido por barreto, que perguntou primeiro.

— por que cê' tá' com essa carinha?

— léo tá' roubando minha brisa com esse ciúmes ridiculo dele – diz com a voz embargada, como se fosse chorar. ajota passa o braço por volta do pescoço da garota, abraçando ela de lado — se ele continuar assim, eu vou embora pra são paulo antes mesmo dessa semana acabar.

— não fala isso, lu — kakau tenta confortar a amiga — vai estragar sua semana por causa dele? não vale a pena.

— papo é reto — thiago diz, entregando pra ela um copo com um liquido vermelho dentro, que identifiquei como gin — curte sua noite sem ligar pra isso, daqui a pouco ele vai ficar bêbado também, aí é mais suave.

— tomara, obrigada gente.

diz e da um sorriso fraco. o pessoal que tava' ali se afastou um pouco, distraindo ajota e trunks para que pudessemos conversar a sós. é por isso que eu amo meus parceiro.

— cê' não ta' bem, né?

— ta' tão' na cara assim? — ela pergunta e eu sorrio fraco, balançando a cabeça como confirmação — não tá' mas vai ficar. sei que isso tá' mesmo me irritando e qualquer hora dessas eu vou acabar te beijando na frente dele, não tô' nem aí. 

— calma aí também, princesa — digo com certo desespero pela forma como ela tava' falando, eu sabia que era da boca pra fora, por conta da raiva que sentia pelo irmão naquele momento. vejo ela respirar fundo e voltar pra realidade, abaixando a cabeça pela chateação — não faça nada que vá se arrepender depois, como a kakau disse, não vale a pena.

— é, cê' tem razão — me da um sorriso largo, por um instante, acho que ela esqueceu que estavámos em publico pois  se aproximou como se fosse me dar um selinho, arregalo os olhos pelo susto e vejo ela se afastar, encarando em volta pra ver se alguém tinha visto — puta merda, que cagada que eu ia fazer agora...

— eu sei que eu tô irresistivel e cê' tá' doida pra me beijar, mas se for agora cê vai arrumar um problemão pra tua cabeça, novinha.

— cala a boca, convencido! — diz e ri, tomando mais um gole da sua bebida — mas realmente, cê' tá' um gatinho com essa roupa.

— hoje cê' tá' atacante, né — falo e vejo ela rir alto, me dando um tapa fraco no braço — não tô acostumado com isso não, mas achei chave a nova personalidade.

[...]

𝐌𝐀𝐃𝐑𝐔𝐆𝐀𝐃𝐀, 𝖺𝗉𝗈𝗅𝗅𝗈 𝗆𝖼.Onde histórias criam vida. Descubra agora