04. barreto fofoqueiro

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luiza point of view
📍chácara fernandes – 13:50pm

tirei meu meu shorts e a tshirt que eu usava e deitei sobre a enorme cadeira de madeira. rapidamente senti minha pele queimar pelo sol extremamente quente a esse horário da tarde.

depois de um tempinho ali, com os olhos fechados, senti uma sombra bloquear a passagem do sol a minha frente, me fazendo imaginar que fosse o trunks com a minha bebida.

— trouxe minha caipirinha, ian?

— a caipirinha tá' aqui, só não sou o ian – apollo diz, me fazendo abrir os olhos e perceber que não era o trunks, ri me sentando na espreguiçadeira — ele me pediu pra trazer.

— suave, apollinho. obrigada! – peguei o copo da mão do garoto — não vai beber nada?

—daqui a pouco eu começo, tô' tentando poupar meu fígado – ele faz uma careta engraçada — pô, vai ser praticamente a semana toda bebendo. minha vida focado na academia vai pro ralo.

— faz parte – ri — eu também treino, tô' super focada, mas tirei essa semana pra aproveitar um pouquinho. cê deveria fazer o mesmo, o evento do ano já passou, agora é hora de relaxar.

— é, luizinha. se pá' cê tem razão.

dei um sorriso simpático pra ele, que sorriu de volta e voltou pra dentro de casa, me deixando sozinha.

não importa quanto tempo passe, eu sempre vou ter uma quedinha' por esse mano. parece que cada vez que a gente se vê ele tá' mais gato, puta merda!

saio dos meus pensamentos quando thiago e tavin pulam na piscina, respingando aquela água gelada em mim.

— presta atenção, luizinha – thiago diz, vindo pra borda da piscina, mais perto de mim — tá' quase babando aí.

— papo reto, pelo menos disfarça que cê' tá' doida pelo mano – foi a vez de tavin, me fazendo mostrar o dedo do meio para os dois a minha frente — se ele não quiser eu quero, vida.

— ela gosta de homem, tavin, criancinha nem passa perto.

— por isso que cê' nunca ficou com ela, né thiago?

— tem como os dois pararem de gracinha? – falo, e o thiago joga água em mim — não tô' doida por ninguém não.

— ótimo, então eu ainda tenho chance.

tavin diz e em seguida é afogada pelo amigo, me fazendo rir.

um tempinho depois o resto do pessoal veio pra piscina também. ana e kakau deitaram nas espreguiçadeiras ao meu lado, me fazendo companhia. entramos em algum assunto aleatório e ficamos conversando, enquanto os meninos conversavam entre eles.

— festa do pijama hoje, né amigas? – barreto diz de um jeito engraçado, quase me derrubando da cadeira e deitando do meu lado — qual a fofoca?

— não te conto mais fofoca não, barreto! – kakau responde — você sempre abre essa sua boca de sacola pra todo mundo.

— verdade! toda vez que eu conto me arrependo amargamente – ana diz — é certeiro que no outro dia geral já tá' sabendo.

— ai gente, assim vocês me ofendem – ele diz, botando a mão sobre o peito, como se tivesse ofendido — é que eu esqueço que não é pra contar, as vezes escapa sem querer.

— ai meu deus, tadinho do meu amigo – digo abraçando ele, que faz drama — mas não tamo' fofocando dessa vez. a kau tava comentando que queria fazer uma festa surpresa pro jota, já que o aniversário dele tá' chegando.

— pô, seria foda. ele ia amar – barreto diz. uma das únicas vezes que eu vi esse cara falar sério — organizem aí e depois a gente fala pro pessoal.

— vê se não abre essa matraca! – kakau diz.

— juro de dedinho, feiosa.

ele responde e ela ri. escuto minha mãe avisar que o almoço tá' pronto e rapidamente vejo o pessoal indo pra cozinha, fazer seu prato. avisei as meninas que ia depois e fiquei sozinha na área da piscina, enrolando um pouquinho.

assim que fui levantar pra ir comer também, noto que as roupas que deixei do meu lado não estavam lá. onde eu enfiei essas roupas?

eu poderia dar a volta na casa e subir pro meu quarto pela parte da frente? poderia, mas eu não tava afim. fui pela cozinha mesmo, tentei passar rapidinho mas foi em vão. a essa altura, o pessoal já tava todos sentados na enorme mesa de madeira e assim que entrei na cozinha, pude ouvir uns cochichos e assobios dos meus amigos. ri envergonhada e subi a escada rapidamente, indo até o meu quarto colocar pelo menos um shorts.

[...]

𝐌𝐀𝐃𝐑𝐔𝐆𝐀𝐃𝐀, 𝖺𝗉𝗈𝗅𝗅𝗈 𝗆𝖼.Onde histórias criam vida. Descubra agora