25. aproximação repentina

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luiza point of view
📍boate honey club – 01:01pm

eu tava' realmente muito irritada com a falta de noção do leonardo. não sei o que passa pela cabeça dele de achar que pode mandar em mim dessa forma. eu só não joguei tudo pro ar ainda porquê escutei meus amigos.

pra me distrair, eu já estava no segundo copo de gin. já sentia meu corpo mais relaxado e daqui um tempo ia estar pulando e gritando igual uma louca com o show dos meninos. não é segredo pra ninguém que eu sou fã pra caralho do kayblack. apaixonada nesse homem, meu deus. 

mais lindo que ele, só o japonês na minha frente. que vestia uma calça larga preta, moletom branco, um boné e um tênis da mesma cor. não sei se era o efeito da bebida mas ele tava' mais atrente que o normal. tá', até que essa noite não estava tão' ruim assim. ele pareceu olhar em volta procurando alguém, arrisco dizer que era eu, pois quando me viu sentada na espécie de sofázinho' existente ali, deu um gole do seu copo e uma encarada que eu senti minha alma sair do corpo e voltar. não faz isso comigo, rogério caui.

as meninas ao meu lado perceberam no mesmo instante, pois começaram a falar gracinha no meu ouvido. ri achando graça da situação. não tenho paz com essas garotas.

— nossa amiga, encarando assim — ana diz — parece que vai arrancar até pedaço.

— juro, a tensão sexual que ficou, até me arrepiei — foi a vez de kakau, que fez questão de exagerar na fala dela. identifiquei na hora que ela já 'tava balançada pela bebida, só pela forma que ela falava — isso que por enquanto eles nem passaram de beijo, imagina quando fizerem algo a mais.

— meu deus, que exagero — ri, bebendo mais do meu copo — mas se eu dissesse que não temos uma quimica absurda, eu estaria mentindo, irmãs. ele é demais.

— pior que ele é muito firmeza mesmo — ana diz, dando um gole da sua bebida — um dos amigos do jorge que eu mais me dou bem. e pelo que eu fiquei sabendo, ele tá' te curtindo pra caramba, amiga.

— que bom — ri — só fico pensando em como vai ser quando formos embora daqui. sei lá se ele vai querer continuar esse lance nosso, ainda mais sendo escondido do leo, sei lá.

eu ia falar mais coisa, mas sinto a presença dele perto de mim. olhei um pouco pra cima, encarando ele.

— bora lá' com o thiago pegar mais bebida.

diz pra mim, tentando disfarçar. não consegui segurar o riso, então abaixei a cabeça. fiz um gesto com a cabeça para as meninas que sacaram na hora também, e apenas concordaram. levantei do sofá e acompanhei os dois.

descemos do camarote e o thiago realmente foi no bar, mas apollo parou no meio do caminho e me levou pra um lugar mais reservado que havia lá.

— senti a encarada que cê' deu no fundo da alma.

— essa era a minha intenção, princesa – diz e eu ri. numa atitude involuntária, mordi meu lábio inferior — vou dormir contigo de novo essa noite.

é a última coisa que ele diz antes de me beijar. esse beijo foi diferente do que os outros que já tínhamos dado, eu senti mais desejo. aos poucos foi se intensificando, o sabor era de energético e trident de melancia. eu sentia que ele queria cada vez mais, mas, infelizmente não seria possível pelo local onde estávamos. paramos o beijo por falta de ar de ambos lados. ele me da um sorrisinho de lado que me fez pensar nas coisas mais perversas do mundo naquele momento. puta que pariu, apollo.

— nem quero subir pro camarote mais, namoral – diz e eu ri, com o corpo ainda colado na parede, assim como ele tinha me colocado — quer ficar por aqui não?

— quem dera – ri passando meus braços pela cintura do garoto, que me deu um selinho — mas o thiago já deve estar subindo, e o show vai começar. vamo'?

ele só balançou a cabeça e entrelaçou nossos dedos, subindo as escadas do camarote novamente. antes de entrar, ele larga e diz que vai ao banheiro. então resolvo entrar sozinha mesmo, seria até melhor pra "despistar" o pessoal.

que graças a deus estavam super entretidos no palcos esperando o kayblack entrar. tive que me espremer um pouco pra caber na grande, já que estavam todos lá querendo ter a visão completa do palco. fiquei entre kakau e ajota. e sinceramente, não sei qual dos dois estava mais bêbado.

me apressei em beber mais do meu copo, queria voltar pra casa levinha hoje.

de repente, o palco foi invadido pelo cantor, que iniciou o show cantando "vestido da fendi". nem preciso dizer que eu devo ter contado mais alto que ele, né.

— fala, que você pensa em mim quando esta a sós, mas, fala, na minha cara que sente tesão na minha voz!

cantávamos todos juntos, a galera tava realmente muito animada. podia ser a mistura de whisky, energético e bala? podia, mas eu preferia acreditar que era o efeito do show mesmo. e por falar em bebida, quando olhei pra trás, pude ver trunks e apollo conversando sobre algo, que mesmo se eu tivesse perto ainda teria dificuldades de entender sobre o que era, já que a poluição sonora tava constante. trunks com uma garrafa de bebida na mão, pareceu oferecer pra apollo. ele relutou um pouco, mas após um pouco de insistência de trunks, levanta a cabeça pra tomar a bebida no gargalo. esse garoto tá' pras' foda, hein.

voltei a prestar atenção no show, cantando a música que já tava no finalzinho. era impossível não olhar pra trás, eu tava' muito desconfiada dessa aproximação repentina do trunks. quando olhei novamente, trunks tinha acabado de colocar uma bala no copo do garoto ao seu lado. desde quando o apollo usa balinha?

— amiga, vamo' comigo fazer xixi?

— bora lá.

respondo ana que sai andando na frente e me puxando. o banheiro era bem próximo dali, mas estava uma fila enorme. é hoje que só saímos daqui quando o show acabar.

𝐌𝐀𝐃𝐑𝐔𝐆𝐀𝐃𝐀, 𝖺𝗉𝗈𝗅𝗅𝗈 𝗆𝖼.Onde histórias criam vida. Descubra agora