| Tailândia
Na manhã seguinte após o Met Gala em New York, Charlotte ligou o seu celular e viu várias mensagens do seu pai, também havia mensagens de Engfa, e uma ligação perdida. Snack percebeu que Charlotte parecia apreensiva com toda a situação, tentou consolar a amiga.
Snack já sabia que Engfa estava de volta a Tailândia, e comentou com Charlotte que não sabia o que fazer. As duas tentaram pensar por alguns instantes, discutiam algumas das ideias.
— É melhor você responder ela, e dizer onde exatamente você está. Se ela ligou, está ciente que você havia sumido desde o Met Gala. Isso significa que o seu pai já foi atrás dela. — disse Snack, olhando para a amiga.
— Eu mandei mensagem pro meu pai, mas não sei se irei mandar pra Engfa. É nítido que está muito bravo com minha atitude. Meu pai deve está decepcionado. Mas isso é culpa dele, eu nunca agir assim antes. — disse Charlotte, suspiro.
— Char, vai por mim. Engfa tem que saber, ou nós duas estaremos em sérias situações de risco quando Engfa ficar brava. Nem queira ver. — disse Snack, rindo nervoso.
Alguns minutos depois, a campainha da casa de Snack tocou. E ela correu para abrir a porta. Charlotte a acompanhou até a sala de estar. Quando as duas olharam quem era, arregalaram os olhos.
— Mami? — disse Snack, parada imóvel.
— P'faaa? — disse Charlotte, engulindo a seco, em silêncio.
Engfa entrou na casa de Snack assim que a mesma abriu a porta, Charlotte a olhava sem saber o que dizer. Snack estava tão tensa que mal conseguia explicar a situação.
— Quem das duas vai falar primeiro? — perguntou Engfa, cruzando os braços, olhando séria.
— Maa-mi, cal-ma... — disse Snack tentando falar.
— A culpa é minha. Não briga com ela, Snack só quis me ajudar. — disse Charlotte, olhando apreensiva para a mulher mais velha.
— Esse é o seu problema Charlotte, você decide fazer algo tão estúpido como o que fez ao sair daquele jeito do evento. E agora mete Snack na sua confusão. Você tem idéia de como o seu pai ficou? Ele temeu pelo o pior. — perguntou Engfa, olhando incrédula para a jovem.
— Porque você está preocupada com o fato dele ter ficado chateado comigo, ao invés de se importar comigo? — perguntou Charlotte, aumentando o tom da voz.
— Porque você só pensa em si, Charlotte. Por acaso, você pensou antes de fazer uma coisa dessas? Deixá-lo no aeroporto, ou melhor no evento importante como aquele. Ter pego o jatinho e vindo para cá, quando o seu pai estava louco de preocupação você receber ligações nem mensagens. Huh? Você está agindo com rebeldia, e isso não vai levar a lugar nenhum. — disse Engfa, olhando as duas jovens na sua frente, suspiro.
— Me desculpa P'fa. Eu só... Eu só queria que ele entendesse como eu me sinto. Mas parece que nem você também entende. Mas eu só me dei conta da bobagem que fiz quando cheguei aqui. — disse Charlotte, com os olhos lacrimejando.
— Volte para Inglaterra e fique com o seu pai, você deve desculpas pelo o seu comportamento. Independente, ele é seu pai. Agradeça por ter um pai. Alguém que se importa com você. — disse Engfa, observando chateada, respiração funda.
— Se importa comigo? Você se esqueceu que ele não está deixando nós ficarmos juntas? — perguntou Charlotte.
— Isso é mais importante do que o seu próprio pai, huh? Pare de pensar em si por um momento, e lembre-se daquela pessoa que fez um discurso sincero e cheio de amor no seu aniversário. — disse Engfa, olhando séria para a jovem.
— O fato de eu está decepcionada com o meu pai, não significa que deixei de amá-lo. As coisas só saíram do controle entre a gente, nossa relação de pai e filha tem sido difícil desde que ele nos afastou. — disse Charlotte, tentando se aproximar da mulher mais velha.
— Então volte para Inglaterra. E vamos esquecer disso. Colabore com o seu pai... E também comigo, por favor. Eu estou te pedindo. — disse Engfa, virando o rosto pro lado, evitando olhar para a jovem.
— Gente... Eu não devia estar aqui no meio da conversa, vou deixar vocês conversarem. — disse Snack, correndo para o quarto.
— Não briga com ela depois ok? Isso é culpa minha. Ela torce por nós duas. Então quando eu voltar para Inglaterra, deixa ela em paz com esse assunto. — disse Charlotte, olhando fixamente, suspiro.
— Só volta logo para Inglaterra. Já chega, você não acha? Depois do exposed, depois das entrevistas, depois do seu pai, depois de tudo... Só piorou. Você me perguntou na mensagem, se eu ainda te amava. Você ainda quer saber a resposta? — perguntou Engfa, respirando fundo.
— Que-ro. P'fa...— disse Charlotte ao se aproximar um pouco mais.
— Não. Eu não te amo, mais. — disse Engfa, segurando as lágrimas, desviando o olhar.
— Você está mentindo... Está mentindo pra mim, porque P'fa? P'faaaa porque? — disse Charlotte, chorando aos prantos.
— É a verdade. Não existe mais nós, Charlotte. Então, por favor eu desejo que você viva bastante a sua vida, conheça outras pessoas, e... Seja feliz. É o que eu quero pra você. — disse Engfa, se permitindo a chorar, abaixa a cabeça.
— Meu pai te mandou me falar isso? Certamente. Porque os seus olhos me dizem ao contrário. Olha pra mim. — disse Charlotte, segurando o rosto da mulher mais velha.
Charlotte segurou o rosto da mulher mais velha a fazendo olhar para ela, os olhos de Engfa estavam lacrimejando, as duas haviam chorado, Charlotte via claramente que Engfa a amava. Muito. Mas não entendi o porque havia dito aquelas palavras tão duras. Sem pensar duas vezes, Charlotte beijou Engfa. Segurando ainda em seu rosto.
Charlotte não soltou o rosto de Engfa por nada, quando a mulher mais velha ameaçou de sair do beijo, Charlotte segurou o seu pulso mantendo ainda próxima a ela. Beijando com precisão os seus lábios. Engfa relutou durante o beijo, ficaram assim por alguns minutos até Engfa fazer esforço para parar o beijo de Charlotte.
— Eu te disse, para parar de pensar só em si. Mas você não escuta, não é? Só faz o que tem vontade. Você sente algum prazer em se machucar ou algo assim? — perguntou Engfa, se afastando.
— Você ainda me ama. Eu tive mais certeza ainda disso. — respondeu Charlotte, suspiro.
— E isso vai mudar em que? Me diz. Nada, absolutamente nada. Se você já sabe, pare de agir de forma desobediente. E vá pra Inglaterra. O seu pai te espera. — disse Engfa, suspiro.
— Eu vou voltar, mas quero te pedi uma coisa antes. Por favor... Um abraço, P'fa. — disse Charlotte.
Charlotte ficou em silêncio, olhando a mulher mais velha na sua frente, alguns minutos depois Engfa puxou Charlotte para um abraço, forte e preciso. Charlotte achou que Engfa se negaria, mas ficou surpresa e aliviada por não recusar. Charlotte encostou o seu nariz no pescoço de Engfa, sentindo o seu cheiro. As duas ficaram ali por alguns instantes, até que Charlotte percebeu que Engfa não queria solta-lá. Então ela aproveitou e roubou outro beijo novamente.
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Dᴇᴘᴏɪs ᴅᴇ ᴠᴏᴄᴇ̂ • Eɴɢʟᴏᴛ
FanfictionDuas mulheres cercadas de beleza, riqueza e status impecável. Charlotte Austin, é uma jovem que tem como inspiração no ramo da Moda o seu pai Charles Austin, e outra mulher bem-sucedida e muito conhecida por todos, que até o momento a jovem acredit...