Capítulo 7

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{2350} palavras


Priscila Barcella

Depois de apresentar a campanha das fraldas BABYPOM, Max fez questão de me levar para conhecer o colégio. É uma instituição conceituada e muito bonita, com uma grade curricular que era o meu sonho na época da escola. No entanto, quando vi o valor que ficaria para os três, quase caí para trás. Mesmo assim, aceitei porque Max conseguiu uma bolsa de 50%, o que me permitiu matricular os três na mesma escola. Trata-se de um colégio tradicional britânico, e espero que um ambiente assim proporcione os limites e a educação de que eles precisam. Logo após sairmos da escola, Max se ofereceu para me ajudar, o que achei muito estranho.

Ele estava muito solícito e passava bastante tempo olhando para a Nina, mas não vou julgar, afinal, ela é muito linda, parecendo até uma boneca de tão perfeita. Às vezes, até eu fico admirando.

— Então, quer me entregar a Nina? Eu posso ficar com a menininha mais linda do mundo — ele falou de forma boba — E você pode ir comprar os materiais escolares para eles.

— Você já percebeu que toda vez que encosta nela, ela chora, e não queremos isso. Posso pedir para a Joyce comprar os materiais escolares.

— Você não pode fazer isso sozinha? — ele sussurrou, cruzando os braços.

— Oi!? — perguntei como se não tivesse ouvido.

— O que você ouviu. O que custa você ir comprar as coisas das crianças...

— Eu preciso voltar ao trabalho, infelizmente não tenho tempo disponível.

— Eu sou seu chefe...

— E por esse motivo, preciso voltar ao trabalho e não ficar por aí procurando materiais. Vamos voltar para a empresa...

— E a bebê? - ele perguntou.

— Ela vai comigo. Você não percebeu que estou sem babá e daqui a pouco é hora da mamada dela de novo, e ela não usa mamadeira... — falei, e a expressão chocada dele era evidente.

— Você não quis dar...?

— Ela não gosta, meu amorzinho, assim como eu não gosto de mamadeira, chupetas, nada disso.

— Então vamos voltar para o escritório? — ele perguntou, e fiz que não com a cabeça. — Você não acha melhor trabalhar em casa? Na empresa, não há conforto para a menina. — ele falou, ficando bem próximo a mim, e a Nina reclamou.

— Viu que ela não está gostando disso. Mas você não está totalmente errado, é melhor trabalhar em casa. Preciso ver se consigo outra babá e colocar meus pestinhas de castigo. Estou prestes a perder toda a minha paciência e dar uma surra neles...

— A Priscila arretada voltou, mas bater não vai adiantar de nada. Eles devem estar querendo chamar sua atenção — ele falou, encostando-se no carro.

— Estou sendo tolerante, mas preciso dar um bom castigo para ver se eles param com essas travessuras.

— Que travessuras? — ele perguntou, e na frente da escola havia uma praça. Fomos até lá e sentei em um banco perto de um parquinho, onde algumas mulheres uniformizadas, provavelmente babás, brincavam com as crianças.

— As de sempre: talco no secador, tinta em cima da porta, tachinha na cadeira, bolsa de pum, essas coisas comuns — falei, e ele me olhou chocado.

— Como assim, as de sempre? — ele perguntou, incrédulo.

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