Capítulo 38

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Priscila Barcella

Caminhei pelas ruas do condomínio, seguindo qualquer som que indicasse uma festa, com o Liam logo atrás de mim. Já havíamos passado por cinco ruas e, embora a noite estivesse fria, eu não me importava; tudo o que eu queria era encontrar a Íris.

Quando finalmente cheguei à última rua do condomínio, minha raiva aumentou ao ver que a última casa estava cheia de carros e com dois paredões de som.

Assim que chegamos à casa, notamos que todos lá estavam bêbados, e com certeza todos eram maiores de idade, entre uns 18 a 20 anos. Entrei com tudo, já procurando a Iris com os olhos, mas não consegui encontrá-la.

O som ensurdecedor das músicas e as vozes embriagadas preenchiam o ambiente, me deixando sufocada. Procurei em cada canto, entre as pessoas que dançavam e bebiam, mas não conseguia ver minha filha em lugar nenhum. Meu coração batia acelerado, a ansiedade me consumia.

Empurrei as pessoas, gritando o nome de Iris, até esbarrar em um jovem que derramou sua bebida na minha roupa, que já estava molhada e agora fedendo a álcool puro.

— Oh, tia, essa festa não é para coroas — disse o jovem, rindo.

— Onde está a minha filha? — gritei, ignorando o comentário do rapaz.

Ele apenas deu de ombros e voltou a dançar, sem se importar com a minha aflição.

— Ei, não sabia que teríamos um show — disse um garoto, atrevido, dando um tapa na minha bunda. Ele estava completamente bêbado, e na hora eu só peguei ele pelo colarinho. O fuzilei com o olhar, e conforme fui tirando o corpo dele do chão, o olhar de medo apareceu em seu rosto. — Era só uma brincadeira, gata.

— Estou aqui procurando minha filha menor de idade que não deveria estar aqui — falei com olhos cheios de fúria. — Me diga onde ela está — continuei, com raiva, pressionando-o contra a parede. Ele me olhou aterrorizado.

— Priscila, se acalma — o Liam falou, me tirando de cima do rapaz. — E você, garoto, me fale onde estão duas garotas, mais ou menos nessa altura, uma tem cabelos pretos lisos nos ombros...

— As turistas? A paraiba e a venezuelana? — ele falou com um sorriso safado, e foi a vez do Liam dar um soco na cara dele.

— Onde elas estão? Fala logo — ameacei, pronta para dar outro murro na cara dele.

— Elas estão lá em cima com o JP e o Pulga. Eles vão se dar bem com aquelas gatas... com todo respeito, mãe, eu te pegaria fácil — disse ele, com um olhar safado que me causou tanto nojo que dei um soco na cara dele para ver se ele ficava esperto.

Já saí correndo e subi as escadas, com o Liam vindo atrás. Chutei a primeira porta que vi, arrombando-a porque estava trancada.

Pegamos dois jovens no flagra na cama. A garota deu um pulo e se cobriu assim que nos viu.

— Seus pais sabem que vocês estão aqui? — perguntei, vendo a garota ficar vermelha.

— Tia, você não viu que estamos ocupados? A porta estava trancada — o garoto falou, e olhei para ele com um olhar mortal.

— Tia é irmã da sua mãe. Onde está o JP e o Pulga? — perguntei sabendo que seria mais fácil para encontrar a minha menina

— Não sei, estávamos ocupados...

— USEM CAMISINHA — gritei e saí correndo do quarto eu já tenho uma adolescente com quer me preocupar.

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Continua...

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