Capítulo 20

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Priscila Barcella

O caminho foi tranquilo. A Nina chorou um pouco, mas logo parou quando comecei a conversar com ela. Chegamos ao shopping, e ele a tirou da cadeirinha, pegando também a bolsa dela. Peguei minha bolsa, e fomos andando juntos.

— O que você quer fazer primeiro? — ele perguntou.

Eu simplesmente odiava não ter um plano. Sempre gostei de ter tudo organizado para não perder muito tempo.

— Eles precisam de roupas, e temos que ver tintas e papéis de parede. Você acha que vamos demorar quantos dias para terminar? — perguntei, pensativa.

— Sinceramente, não sei. Mas acho que dois dias. Você vai contratar um pintor?

— Não, pensei em fazermos isso nós mesmos. Mas, se eu ver que não vai dar certo, eu contrato.

— Certo, então vamos primeiro nas roupas? — ele sugeriu. — Acho que é o mais urgente, principalmente porque o frio está chegando e eles não estão acostumados — ele disse, e não argumentei, afinal, estamos em abril.

— Sim, depois os móveis e as tintas, papéis de parede, essas coisas. Tenho uma campanha para fazer na loja de móveis, então prefiro deixar isso por último.

— Certo — ele concordou, e começamos a andar. Logo avistei uma loja de roupas infantis e entrei. O babá entrou logo atrás de mim com a Nina, que estava um pouco agitada e começou a chorar. Mesmo com apenas três meses e alguns dias, ela é muito esperta.

— Vem, meu amorzinho — ela estendeu os braços e sorriu, como se gostasse do jeito que a chamamos. — Vem com a mamãe, meu amor — falei, pegando-a no colo, e ele sorriu todo bobo.

— Senhora, quer que eu ajude...?

— Priscila, por favor. Qual é seu nome mesmo?

— Liam — ele respondeu, sorrindo.

— Então, Liam, você que é um expert em crianças, me ajuda a saber o que eles precisam — falei, olhando um vestido de princesa rosa com glitter. — O que você acha, meu amorzinho? — perguntei à Nina.

— Eu acredito que seja muito grande, mamãe — ele falou, fazendo voz de bebê.

— É para sua irmã — falei, beijando o rostinho dela.

— Sim, a Belinha vai amar, vai ficar fofinha — ele disse, e procurou outras roupas.

— Olha isso — ele falou, me mostrando uma roupinha de mini executiva.

— Ai, que coisa mais linda. Eu tenho uma igualzinha, vou levar. Mas vamos focar nas roupas de inverno, porque crianças perdem roupa tão rápido.

— Vocês gostariam de ajuda? — uma vendedora perguntou.

— Tem alguma roupa neste estilo para bebê? — ele perguntou à vendedora.
Ela foi buscar, e olhamos algumas roupas. Eu estava encantada. Quando criança, sonhava com roupas novas; agora posso dar isso para minhas meninas.

— O que você acha deste macacão? — ele perguntou, mostrando um macacão rosa muito lindo.

— É lindo, mas é de botão. Prefiro os de zíper, principalmente agora que está ficando frio. É mais fácil para trocar.

Conversamos com a vendedora, e ela trouxe várias opções. Tive que me segurar para não levar a loja toda. Depois de comprarmos roupas para as menores, ele me arrastou para outra loja onde compramos roupas para Ítalo e Íris.

— Um tênis que pisca — falei assim que passamos por uma loja de calçados.

— Eu sempre quis um — Liam disse.

O babá Onde histórias criam vida. Descubra agora