{728} palavrasPriscila Barcella
Josefa veio rapidamente e pôde ver Ana tentando entender do que se tratava a conversa.
Eu estava tentando me recompor a Iris precisa aprender que o mundo não gira as vontades deles.
— Sim, senhora — ela respondeu, vindo até a sala e ficando de boca aberta ao ver o estado em que tudo estava. — Não se preocupe, senhora. Vou pedir para limparem.
— Não, eu só te chamei para você entregar o material de limpeza para eles. Quero a casa brilhando, quero os três com shorts, com os joelhos no chão, escovando com uma escova. Não é só a sala, quero que limpem cada cantinho que sujaram, cada manchinha — falei olhando para os três. — Depois, separe para mim alguns livros relacionados à série da Íris. Ela fará a leitura e, em seguida, quero uma redação com no mínimo 15 páginas escritas à mão. Por fim, quero uma dissertação sobre como devo tratar os superiores. E você, Italo, quero que escreva 500 vezes: "Eu não vou maltratar o meu babá".
— As crianças vão limpar? — perguntou Josefa.
— Quem sujou? E Aparti de hoje vai ser assim toda pegadinha toda bagunça que eles fizerem eles tem que limpar. Então, podem começar. Hoje, nesta casa, vocês só vão comer quando terminarem de limpar. Depois, cumpram o restante do castigo. Quero ver esses joelhos e mãos para que entendam que só cheguei onde cheguei estudando e limpando muita sujeira, vocês vão saber como é doloroso o trabalho das meninas da limpeza por causa das travessuras de vocês . Não vou tolerar que moleques sem educação perturbem a minha paz e maltratem outras pessoas.
— Você — Íris abriu a boca.
— Se você me responder mais uma vez, farei exatamente o que faziam comigo e com a sua mãe. Ela já te contou como éramos punidas. — Quando disse isso, ela engoliu em seco.
— E eu? — Isabela perguntou e olhei em direção ao babá e ele fez que não com a cabeça.
— Algo me diz que você não estava no meio de toda essa confusão. Quando terminar de limpar, pode ir com Josefa e Nina ao parquinho. Agora, é melhor vocês começarem se quiserem comer...
— Você não pode nos deixar passar fome — o menino falou.
— Vocês não vão morrer por não almoçarem. Eu já fiquei mais de um dia sem comer nada e não morrer. Se terminarem, poderão comer. Simples assim. Agora, pensem antes de fazer essas travessuras. — Falei e comecei a subir os degraus.
— Senhora, acho melhor não subir — o babá falou, mas eu estava contendo a vontade de dar uma surra nessas criaturas. Ignorei e subi mais um degrau, escorregando com Nina no colo.
Antes do meu corpo tocar o chão, apertei mais Nina contra mim para protegê-la, o que a fez chorar. Senti dois braços me segurando e virei o rosto, vendo um par de olhos cor de mel que fez meu corpo ter pequenos choques, algo especial naquele olhar.
— Era sobre isso que eu queria falar. Eles colocaram algo no piso — disse, me colocando em pé. Ao pisar, senti uma dor e me apoiei nele, que me pegou no colo e me levou ao sofá. — Cuidado.
Estava com tanta raiva que a dor no tornozelo era insignificante.
— Obrigada! — agradeci a ele, mesmo agora suja, eu tinha que agradecer porque ele evitou uma queda pior.
E pode ter certeza que eu nunca os perdoaria se tivesse acontecido alguma coisa com a Nina.
Ele tirou meu salto, puxou meu pé com força, e mordi os lábios para conter o grito.
— A senhora quer que eu chame um médico? — perguntou Josefa.
— Não, obrigada. Mas uma bolsa de gelo seria bem-vinda. — pedi, me ajeitando, enquanto o babá pegava Nina, que chorava.
— Está doendo? — Isabela perguntou, e me surpreendi com a preocupação em seus olhos. Ela sentou ao meu lado, um pouco receosa, e segurou minha mão, que logo retirei.
— Um pouco. — falei e ia me levantar para ver a Nina, estou preocupada com ela, mas doeu quando pisei no chão e a Isabela me ajudou a sentar. — Você pode me entregar minha bebê? Quero ver se ela está bem — pedi ao babá, que me entregou a Nina. Comecei a desabotoar a camisa, e ele ficou sem graça. Sei que não será fácil ter paz neste lugar.
E depois de ver que ela estava bem dei o seio para ela para tentar a acalmar do susto.
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Continua...
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O babá
RomanceApós a trágica morte de sua irmã e cunhado em um acidente, Priscila, uma renomada empresária conhecida por sua dedicação implacável à carreira, se vê inesperadamente responsável pelos seus quatro sobrinhos órfãos. Acostumada a lidar com os desafios...