Um novo dia se despedia, e a rotina se arrastava como um eco distante. Os pássaros faziam contornos vagos no céu, enquanto o sol se espremia no horizonte, emergindo das águas em um espetáculo de cores e promessas não cumpridas. A árvore rosa ao lado do muro soltava suas pétalas, que dançavam com a brisa do mar, uma beleza que contrastava com o vazio que eu sentia.
Connor permanecia dormindo na poltrona ao lado da cama, alheio à tempestade que se formava dentro de mim. Eu observava a luz do dia emergir lentamente, como se tentasse adiar a realidade que me aguardava. O café quente na xícara me trazia uma certo conforto, mas não era suficiente para desfazer a névoa que me envolvia.
Então, o toque estridente do meu celular rompeu a calmaria. Desci correndo as escadas, o coração acelerado, como se cada degrau fosse um fardo. Ao alcançar o penúltimo, dei um pulo, economizando 2 segundos.
— Carlos? — A pergunta escapuliu, enquanto tentava estabilizar o café na xícara, uma gota solitária se espatifava no chão.
— Você está no Rio? É sério? Estava indo na sua casa. — Sua voz, um misto de surpresa e urgência, ecoava na minha mente.
— Pra quê? — A indiferença na minha resposta parecia uma armadura, mas dentro de mim tudo estava em frangalhos.
— Para conversarmos. Seria possível você me mandar uma mensagem? — Ele disse isso como se a simples ação pudesse desfazer semanas de silêncio.
Olhei pela janela, encarando a gota no piso, eu realmente não queria limpar aquilo.
— Não vou mandar nada. Não quero falar com você. — Afirmava, mas sua risada do outro lado da linha me deixou perplexa.
— Entendo sua chateação, amor, mas precisamos resolver isso. Ignorar não vai ajudar. — A provocação em sua voz era uma lâmina afiada, me cortando por dentro.
— Com quem você está? — A pergunta saiu como um tiro.
— Apenas mande mensagem. — Ele disse, como se isso pudesse justificar tudo.
— Vou olhar suas mensagens. Estou ocupada e ainda chateada. Nos falamos depois, quando estiver mais calma. — Respiro fundo e espero o que ele iria dizer.
— Tudo bem, te amo. — Ele desligou e eu deixei escapar um suspiro que carregava toda a frustração e o ódio que me consumiam.
Odiá-lo parecia tão fácil, mas ao mesmo tempo, era uma luta interna. Ele não deveria ser uma fonte de angústia, mas, eu não conseguia me livrar desse ciclo.
É difícil resumir tudo, mas podemos dizer que tudo isso que está acontecendo, a falta de apoio se torna um grande problema a partir daqui. A confusão deixada por um namoro falso, diante a situação frustrante que se encontrou junto ao irmão, e claro, seu espírito super protetor, o mesmo que tende a fazê-la se submeter a coisas inimagináveis apenas para ajudar e defender Liam a todo custo. Essa mistura de emoções tão em cima uma da outra a deixou em completa exaustão emocional, confusa e talvez ainda mais inconsequente.
Sinceramente, convenhamos que quando o assunto se trata exclusivamente de Liam, não há chances de ser recusado, porém dessa vez, como muitas outras, o arrependimento foi instantâneo.
Não era mais Isabella Martini, filha de alguém, irmã de alguém, muito menos, Isa Martini, ela. Agora era apenas mais uma moça atacada pela mídia, onde cada site tinha uma manchete e comentários de insatisfatórios, sem muito sentido apenas coisas terríveis – E se ela realmente estivesse namorando com Sainz, se realmente se gostassem? Com certeza não seria interessante. Se seu psicológico não fosse forte o suficiente a esse nível ela já estaria completamente enlouquecida, fora de si, e nós sabemos muito bem que ela não tem um psicológico assim tão bom, dito isso, por favor, tragam a terapia até ela, ou a levem.
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At Hing Speed- Carlos Sainz
Fanfiction✸❝Carlos Sainz, um piloto de Fórmula 1 espanhol, vive para a velocidade. Criado apenas para as pistas, Sainz, não é lá a melhor pessoa para se dar um 𝐍𝐚̃𝐨❞ ✸❝ Isa Martini, uma das modelos mais caras de toda a América Latina, conhecida por sua bel...