Capítulo 42 - Um pouco de química

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Seungmin

- Você já está se sentindo mais tranquila para voltar? - perguntei para Lee Na, após termos ocupado o estacionamento da lanchonete por um tempo mais longo do que realmente era permitido pelo local.

- Sim, podemos voltar.

Comecei a manobrar o carro para sairmos dali, e como ela resolveu permanecer silenciosa durante o trajeto, liguei o rádio para ao menos ter uma música tocando de fundo enquanto retornávamos.

Assim que adentramos o bairro, faltando umas quatro quadras para chegarmos, Lee Na tocou sobre a mão que eu mantinha no volante, chamando minha atenção para si.

- Pode parar aqui um pouco? - perguntou-me, assim que olhei para ela.

Reduzi a velocidade e pisei no freio com cuidado, estacionando naquela rua vazia como minha esposa pedira.

- Você está com enjoo da viagem? Ou só ainda não se sente bem para voltar? - questionei, supondo que talvez seus sentimentos estivessem voltando a aflorar agora que estávamos tão perto da casa.

- Eu só pensei que... você não quer ir para o banco de trás comigo?

- O quê?

- Transar no banco de trás - explicou, abrindo um sorriso sugestivo.

Eu fechei os olhos e ri da sugestão dela.

- Aqui!? - perguntei, perplexo.

- Não tem ninguém na rua à essa hora, vamos? Vai ser emocionante!

- Você é maluca...

- Achei que em parte esse fosse o motivo de você ter se atraído por mim.

- Tá bom então.

- Tá bom? - questionou-me de volta, meio confusa se tinha entendido certo.

- É, vamos.

Lee Na ergueu uma só sobrancelha para mim.

- Quem é você? - indagou ironicamente.

- Como assim?

- O sr. certinho que eu conheço argumentaria mil razões pelas quais fazer isso seria extremamente arriscado.

- É que eu já estou com asco de te ver vestida nisso aí - debochei, implicando outra vez com o pijama lilás que ela estava usando.

- Vem tirar então... - provocou-me, soltando o cinto de segurança e saindo do carro para poder entrar no banco do passageiro pela porta de trás.

Logo que ela se sentou ali, eu retraí as poltronas do motorista e do copiloto mais para a frente e saí para ir ao encontro dela, e logo que ocupei o lugar ao seu lado, Lee Na tomou meu rosto em suas mãos e me beijou intensamente.

- Eu quero deitar aqui - informou.

- O Porsche é um carro compacto, não acho que vamos conseguir espaço suficiente para isso.

- Eu deito, você se ajoelha entre as minhas pernas, curvado sobre o meu corpo, e eu circulo o seu quadril com elas.

- Você é realmente uma maluca pragmática...

Lee Na riu, achando graça da empreitada que havia proposto.

Na sequência disso, tentamos desajeitadamente nos dispor do jeito que ela estava imaginando no banco de trás do carro, sem despir nenhuma parte das nossas roupas porque não sabíamos ainda se aquilo daria certo.

Apoiei minhas mãos sobre o estofado de couro, uma de cada lado do seu rosto, ligeiramente inclinado sobre ela, e quando a mirei de cima, minha esposa aproveitou a pouca distância entre nossos rostos e me puxou para outro beijo.

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