Capítulo 48 - Carma é consequência

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Seungmin

Puxei a coberta da cama sobre nós dois e dei uma conchinha para Hyunjina na sequência do sexo, reparando que sua expressão corporal estava ligeiramente diferente de mais cedo, pois havia uma tranquilidade a mais a reinar sobre ela e eu acreditava que isso se dava por conta da sua tomada de decisão, minha cunhada escolheu seguir adiante com seus desejos e foi até o fim, então agora ela tinha se libertado de vez de seus receios e questionamentos, entregando-se ao que gostaria de viver.

Tudo aquilo era a grande realização de um sonho, poder tê-la em meus braços, sabendo que era o que Jina realmente queria, era extremamente gratificante, mas eu tinha plena consciência de que ao sairmos dali, nossas vidas voltariam aos seus cursos normais e eu não me sentia pronto para deixar aquele conto de fadas para trás.

- Queria que não tivéssemos que voltar - admiti, tocando a parte de trás de seu pescoço com meus lábios e apertando mais o corpo dela contra o meu. - Como vou viver sem isso a partir de hoje?

- Se nós não tivéssemos filhos, seria um cenário completamente diferente, e você vai ter que me perdoar por dizer isso, mas eu não trocaria meus filhos por nada nesse mundo.

- Eu sei disso, e eu também não gostaria de viver uma realidade sem Felícia nela, por mais que ela ainda não tenha nascido. Só queria poder ter o melhor dos dois mundos, mas parece que estou pedindo demais.

- A gente pode ter - disse ela, quebrando a nossa conchinha e virando-se de frente para mim -, mas tem que ser escondido.

- Eu não submeteria você a viver uma vida dupla.

- Você não estaria me submetendo a nada, eu mesma estou sugerindo isso. Por que não poderíamos nos dar esse deleite? Eles se deram, e mesmo que Han me diga centenas de vezes que se arrependeu, eu não acredito. Não acho que algum deles se arrepende do que fez e, sinceramente, eu também não me arrependo agora, pelo contrário, eu gostaria de viver mais.

Coloquei uma mecha do cabelo dela para trás de sua orelha, enquanto raciocinava em cima do que tinha acabado de escutar, e Jina pegou a minha mão com ambas as suas e a beijou carinhosamente.

- Se você não quiser, eu vou entender - continuou -, mas eu realmente gostaria de continuar te encontrando dessa forma, Seungmin. Eu não estava mentindo quando disse que você ilumina os meus dias, é realmente a primeira vez em muito tempo que alguém se importa em me fazer sentir bem. Eu não sei se consigo te fazer sentir o mesmo em relação ao que você vive comigo, mas eu gostaria de seguir tentando.

- Noona, acho que eu nem preciso responder quanto a isso, meus dias sempre ficam melhores quando estamos juntos.

- Então você aceita continuar me vendo?

- Você quer tornar isso um compromisso frequente?

Hyunjina assentiu com a cabeça.

- Uma dose de ti por semana, já seria ótimo - brincou ela.

Eu imaginava que ela iria me propor que nos encontrássemos uma ou duas vezes ao mês, mas uma vez por semana era ainda melhor.

- Uma dose semanal de Hyunjina é o melhor antidepressivo que eu posso imaginar - respondi.

Minha cunhada sorriu e eu a envolvi em um beijo, aplicando todo meu sentimento nele, pois era bem possível que fosse ser um dos últimos do dia. Porém, com nossas promessas de nos vermos novamente, eu já não lamentava a despedida, pois sabia que teria muito mais me esperando na semana seguinte.

Quando voltei para casa, eu estava de tão bom humor, que resolvi levar Lee Na para jantar, e até mesmo a companhia dela acabou sendo extremamente agradável, porque nada poderia abalar o meu ânimo depois daquela tarde.

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